Ficha
técnica: Lilac
Autora:
Deise C. Müller
Editora
Novo Século (Novos Talentos da Literatura Brasileira)
Lançamento
original: 2012
390 páginas
"Megan Harris tinha uma vida normal: um namorado que a
adorava, sua faculdade de Medicina e uma irmã gêmea, Laurenn, que dividia tudo
com ela. Apesar de gêmeas, elas nunca tiveram aquela conexão tão famosa entre
os gêmeos. Até que finalmente tiveram uma. E não foi nada interessante. A
primeira vez em que tiveram a conexão foi para Megan sentir sua irmã sendo
assassinada.
Um ano após essa tragédia, com a vida totalmente
mudada e sentindo-se infeliz, Megan tem mais uma surpresa: sua vida não era o
que imaginava. As aulas de feitiçaria que ela e sua irmã recusaram-se ter na
infância e adolescência era mais importantes do que ela queria supor. E agora,
em seu vigésimo quarto aniversário, ela vê-se envolvida num mundo de magia,
seres sobrenaturais, mortes e muito tesão.
Craft Domovoi é a pessoa responsável em introduzir
Megan nesse mundo mágico. Ela ainda não sabe, mas suas tatuagens a denunciaram
como mais do que apenas uma adolescente/mulher rebelde e gótica. Megan terá de
aprender a fazer magia a partir do nada e controlá-la. Sua vida depende disso.
E mais do que uma feiticeira que não conhece suas origens, Megan torna-se para
Craft alguém muito especial. E ele fará de tudo para mantê-la junto a ele e seu
clã.”
Primeiramente
devo dizer que não é que eu seja preconceituosa com autores nacionais, mas já
tive minha cota de livros mal escritos, tentando apoiar a literatura nacional.
Gosto de livros bens escritos, com conteúdo, que entretenham, façam rir, sejam
informativos. Se forem românticos e tiverem uma veia “hot”, melhor ainda. Para
mim tanto faz vir de qualquer país, ou ser de uma editora grande e famosa ou
pequena, tentando se erguer.
O que me
irrita é que, na maioria das vezes, autor nacional acha que literatura nacional
é sinônimo de livro falando sobre favela, marginal, tráfico e temas afins.
Pôxa! Se eu
quisesse ler/ver algo desse tipo, minha tv estaria ligada 24h por dia, o que eu
não faço. Livro é uma espécie de escapismo. Quero sim ler sobre vida normal,
mas com mais paixão; quero conhecer lugares que nunca fui; quero fazer coisas que
nunca fiz. Exatamente por isso, Deise C. Müller surpreendeu.
Ela é brasileira,
mas seu livro é internacional. Sua visão de um livro de literatura fantástica
não foi estreita. Ao invés de vampiros (apesar de serem maravilhosos, vamos
combinar que o mercado editorial já tem vampiros demais), ela nos apresentou o
maravilhoso mundo dos feiticeiros. Ela organizou os clãs, descreveu seus
líderes, seus poderes, suas fontes. Ela deu vida a algo novo...
Devo dizer que
este livro me surpreendeu do início ao fim.
A história é
deliciosa. Megan não conhecia nada sobre a sua verdadeira origem. Sua vida
tinha sido normal até a morte de sua irmã. Por conta disso, seu pai não falava
mais com ela, ela entrou em depressão, perdeu a vontade de estudar, e ainda foi
abandonada pelo namorava, que deveria ter-lhe apoiado sempre.
Mas como
desgraça não dura para sempre (amém!!), graças à sua prima doida, Jodie, ela se
viu sem jeito de passar mais um aniversário trancada em casa. Foram a um night
club e lá ela teve a melhor transa de sua vida (sim, o livro já começa tendo uma
cena para lá de quente). Nesta mesma noite, sua vida dá uma guinada de 180°.
Em sua vida
surge um amigo/salvador TDB com letras garrafais.
Craft era
lindo, com toda sua altura, postura, cabelos caindo nos ombros e sorriso de um
anjo. Mas quando ele se oferece a ajudá-la numa empreitada não muito agradável,
mais informações surgem na vida dela. Megan finalmente entendeu o sentido de
“estar em casa”.
Perigos
surgem. Ao ser apresentada à uma nova forma de viver, Megan tem de reaprender a
confiar em si mesma. E finalmente, a magia que sempre fez parte de sua vida,
mas que foi negada por ela por achar algo sem importância, toma proporções
jamais imaginadas.
Cenas
engraçadas, aventura, dinamismo, romance, sensualidade, desejos... Tudo isso
embalado num mundo onde o tempo mostrará quem é o vilão, quem é o mocinho. E
Megan e Craft terão de lutar duro se quiserem ficar juntos, vencendo seus medos
passados, para um futuro de amor mágico, real e verdadeiro...
Dou 5 estrelas
com louvor ao livro. E mal posso esperar para a sua continuação, que, segundo
fiquei sabendo, será lançado um conto entre abril e junho e o livro 2, SILVER,
logo em seguida, em julho. É ler e se deliciar.
“Eu vou te achar, Megan. E demônio ou feiticeira, a
menos que você me mate, você vai ser minha.”
* Ao som de "I'm with you", com Avril Lavigne
http://www.youtube.com/watch?v=dGR65RWwzg8
Vânia, fiquei sem palavras com sua resenha. Acredite, isso é inédito rs, geralmente falo pelos cotovelos!
ResponderExcluirMuito obrigada pelo carinho. Você não faz ideia de como fico feliz por Lilac ter te agradado tanto. A literatura nacional realmente está mudando e me sinto orgulhosa por fazer parte da nova geração que tem feito nossos leitores sentir orgulho de seus próprios escritores!
Sua resenha foi incrível, uma das mais lindas e bem feitas que já recebi. Parabéns pelo trabalho incrível! Continue com ele, pois precisamos de vocês, blogueiros, que são os anjos da guarda dos autores nacionais.
Sem vocês nada acontece, simples assim!
Adorei o modelo que usou como Craft!!!!
Espero que goste do conto Lua Negra, da antologia Em Contos de Amor, e nos vemos em Silver!
Um beijo enorme!
www.facebook.com/serielilac
Não gosto de ler resenhas antes de ler o livro!
ResponderExcluirPor isso só agora eu li essa, pois li o livro e achei o máximo!!
A resenha está completa !!
Parabéns a blogueira e a autora !! :)