Ficha técnica: Alma? (Soulless)
Autora: Gail Carriger
Editora Valentina
Lançamento original: 2009
Lançamento BR: 2013
307 páginas
URBAN FANTASY. STEAMPUNK.
"Alexia Tarabotti enfrenta uma série de atribulações sociais, quiproquós e saias justas (embora compridíssimas) em plena sociedade vitoriana. Em primeiro lugar, ela não tem alma. Em segundo, é solteirona e filha de italiano. Em terceiro, acaba sendo atacada sem a menor educação por um vampiro, o que foge a todas as regras de etiqueta.
E agora? Pelo visto, tudo vai de mal a pior, pois a srta. Tarabotti mata sem querer o vampiro ― ocasião em que a Rainha Vitória envia o assustador Lorde Maccon (temperamental, bagunceiro, lindo de morrer e lobisomem) para investigar o ocorrido.
Com vampiros inesperados aparecendo e os esperados desaparecendo, todos parecem achar que a srta. Tarabotti é a responsável. Será que ela conseguirá descobrir o que realmente está acontecendo na alta sociedade londrina? Será que seu dom de sem alma para anular poderes sobrenaturais acabará se revelando útil ou apenas constrangedor? No fim das contas, quem é o verdadeiro inimigo, e... será que vai ter torta de melado?"
Antes de começar a falar propriamente no enredo do livro, tenho que fazer algumas considerações sobre o tipo dele.
Este livro é classificado como sendo "steampunk". Confesso que apesar de ler muito e todos os estilos literários, ainda não havia ouvido falar nesse nome. Então, fui pesquisar na internet:
Segundo o Wikipedia:
Steampunk é um subgênero da ficção científica, ou ficção especulativa, que ganhou fama no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Trata-se de obras ambientadas no passado, ou num universo semelhante a uma época anterior da história humana, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real, mas foram obtidos por meio da ciência já disponível naquela época - como, por exemplo, computadores de madeira e aviões movidos a vapor. É um estilo normalmente associado ao futurista cyberpunk e, assim como este, tem uma base de fãs semelhante, mas distinta.
O gênero steampunk pode ser explicado de maneira muito simples, comparando-o a literatura que lhe deu origem. Baseado num universo de ficção cientifica criado por autores consagrados como Júlio Verne no fim do século XIX, ele mostra uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos improváveis), com automóveis, aviões e até mesmo robôs movidos a vapor já naquela época.
Vivendo e aprendendo... Já tinha lido outros livros desse gênero, mas ainda não tinha dado o nome ao santo.
Acontece que este livro é bem maluquete mesmo; definição melhor para o "steampunk".
Sua história se passa na época da Rainha Vitória. Os seres sobrenaturais finalmente haviam sido aceitos (sempre com ressalvas) pelos humanos e circulavam livremente pela sociedade.
Havia até mesmo um departamento que se portava diretamente à Rainha, o DAS (Departamento de Assuntos Sobrenaturais) no qual todas as criaturas não humanas tinham uma ficha com suas credenciais. Cada novo vampiro, fantasma ou lobisomem que surgisse na cidade de Londres deveria ser notificado e fichado. O chefe desse departamento era um lobisomem, o Conde Conall Maccon.
Nossa heroína entra na categoria de ser sobrenatural, teimosa e comilona.
A srta. Alexia Tarabotti era uma humana, filha de mãe inglesa e pai italiano. Desse casamento inconsequente de sua mãe, deu uma menina de cabelos negros, pele morena, inteligente, temperamental, teimosa, com um nariz um pouco grande, além de seios e quadris, para os padrões de beleza ingleses... e sem alma. Por causa dessa sua particularidade, ela tinha a capacidade de neutralizar os outros seres. Ou seja, ao tocá-la, um vampiro perdia as presas e o lobisomem voltava a se tornar homem. Mas isso não era uma informação da qual ela compartilhava por aí. Ninguém de sua família sabia. Apenas o seu pai, já falecido, que também possuía esse dom.
Nossa mocinha, não tão indefesa assim graças à companhia de sua inseparável sombrinha com ponteira de prata, se vê envolvida num assassinato ao quase ser mordida por um vampiro faminto demais. Para descobrir quem era o tal vampiro, por que ele estava naquele lastimável estado de fome e quem estava fazendo desaparecer uma série de vampiros e lobisomens errantes, Alexia passa a ajudar a equipe do DAS nas investigações.
Gente, tem muita maluquice junto, mas, ao mesmo tempo, é tão divertido.
A começar pela protagonista que não é uma mocinha mosca morta. Depois, o seu interesse um tanto romântico (eu disse que ela já era considerada uma solteirona em seus 26 anos de vida?) por um certo lobisomem lindo. E ainda tem o seu melhor amigo, um vampiro que se veste totalmente escalafobético, em cores berrantes, e nunca a chama pelo nome, mas lhe dá os mais variados apelidos.
No início da leitura fiquei um tanto perdida sem saber se estava gostando ou não da leitura. Mas não conseguia deixar o livro de lado. Quando o bate boca entre ela e o lobisomão começou, e você nota que começa a rolar um clima, ahahahahah, não tive como largar mesmo!!
Espero sinceramente que a editora lance os outros 4 livros:
As capas são bem legais. E em cada volume um novo objeto recebe o foco. No primeiro é sua sombrinha; no segundo é o dirigível (ela morre de vontade de andar num desse), e por aí vai. Quanto à modelo das capas, apesar de eu gostar das roupas, não achei a modelo bonita. Alexia pode não ter o padrão de beleza exigido da época, mas na minha cabeça ela é mais bonita que na foto...
Quanto ao galã do livro, Conde Maccon, encontrei na internet uns esboços de como o imaginam (tem mangá deles!!!! ahahahahahaha):
Bom, como deu para perceber, fiquei bem entusiasmada pela série. E isso porque comprei o livro sem nenhuma pretensão. Apenas porque vi uma amiga (a cronista do blog Alquimia dos Romances, Rosi Uehara) falando várias vezes que queria lê-lo. Valeu a indicação, Rosi!!
Abaixo capa original e do mangá:
SOBRE A AUTORA
A autora é um caso a parte. Sua biografia oficial, exposta em seu website diz que ela começou a escrever para suportar as agruras de ser criada na obscuridade por uma britânica expatriada e um rabugento incorrigível. Fugiu da pacata vida interiorana e, quando deu por si, tinha adquirido vários diplomas de nível superior. Então, viajou pelas cidades históricas da Europa, sobrevivendo apenas dos biscoitos que levava escondidos na bolsa. Agora vive nas Colônias, cercada por um harém de amantes armênios, só toma chá importado de Londres e cria gatos que urinam exclusivamente em vasos sanitários. Gosta de chapéus pequeninos e de frutas tropicais...
Ela tem um estilo bem único de aparecer em público...
Q resenha divertida e interessante. Agora fiquei mais animada ainda p ler. Sem contar a nota sobre a autora louca, q poderia muito bem ser minha amiga :) :)
ResponderExcluirBjssss
Adorei a resenha Vênia e compartilho o sentimento de empolgação ao ler esse livro e não vejo a hora dos outros serem lançados... estava procurando imagens sobre a autora na internet e acabei no seu blog.. adorei o post...
ResponderExcluirA autora conquista de forma instantânea não é???
Bjsss
Bianca
http://www.apaixonadasporlivros.com.br/
PS: Vou roubartilhar alguma imagens,mas pode deixar que vou linkar sua resenha!!!