ENTREVISTA: MADELINE HUNTER



Com a vinda de obras de grandes autoras de ROMANCES HISTÓRICOS para o Brasil, nada mais natural do que ficarmos curiosas sobre quem são essas mulheres que fazem a cabeça de milhões de leitores (no masculino sim, porque lá fora muitos homens também leem romances de época) pelo mundo.

Muitas delas já são conhecidas por nós por causa da internet. Graças às compras online, e para aquelas que conseguem ler em inglês, temos acesso aos mais variados tipos de romances históricos que o mercado editorial nos coloca à disposição.

Madeline Hunter talvez não seja tão conhecida do grande público brasileiro, mas graças à Editora Arqueiro isso agora é coisa do passado.
Desde o mês de abril, o primeiro volume da série "Os Rothwells" está disponível à venda.



Sabendo disso, o blog que vos fala e o grupo de fãs brasileiras, no Facebook, conseguiram uma entrevista com a autora, que já foi compartilhada na pág da rede social, e agora está disponível aqui para vocês:

Sobre o trabalho:

BQL- Começando bem do início de sua carreira, por que você escolheu ROMANCE HISTÓRICO como seu gênero de escrita? O curso de História da Arte influenciou sua decisão?

MH - Acho que ser uma historiadora da arte ajudou na minha escolha, visto que eu tanto gosto de história, quanto conheço bastante do assunto. Mas escolhi escrever sobre isso porque eu mesma gosto de ler romances históricos e ficção histórica. Como eu escrevo primeiramente para mim mesma , eis o porquê de minha decisão.

BQL- Você disse em seu site ter escrito seu primeiro livro em 1996, mas este só foi lançado quatro anos depois, o que a manteve no foco? O que a ajudou a acreditar que conseguiria realizar seu sonho em ser escritora?

MH- Oh...Eu realmente gostaria de saber o que me manteve acreditando, assim eu poderia engarrafar o segredo e vendê-lo!
Eu tive muito incentivo que me ajudou e encontrei um agente rapidamente. E eu tive um feedback positivo, às vezes até mesmo dos editores que me rejeitavam. Mas principalmente eu trabalhei a minha mente para não desistir. Entretanto, não vou fingir que houve momentos em que me senti tentada a fazer isso.


BQL- Como é o seu processo de escrita?

MH- Eu coloco o meu traseiro na cadeira, releio o último capítulo escrito e, então, começo. Uma vez começado, o resto acontece naturalmente. Sou uma escritora intuitiva. Não planejo o que será escrito. Deixo a história e os personagens evoluírem.

BQL- Quanto tempo você leva para terminar um livro?

MH- Atualmente levo cerca de 6 meses.

BQL- Como autora, qual o seu maior desafio?

MH- Seria o de começar as coisas. Como a maioria das pessoas eu tenho a tendência de procrastinar e evitar determinados trabalhos.

BQL- Qual é o comentário negativo sobre o gênero ROMANCE que mais te incomoda?

MH- Incomoda-me muito quando alguém que nunca leu um livro desse, ou leu apenas uma parte do livro, e chama-o de lixo. Isso é insultante para os escritores E leitores. É claro que este é exatamente o objetivo dos críticos. Normalmente este é o modo da pessoa se mostrar superior e intelectual.

BQL- Você teria alguma heroína de seus livros de sua preferência?

MH- Oh...Isso seria muito difícil de responder porque eu admiro todas as minhas heroínas e me identifico com muitas delas.




BQL- Você costuma sugerir idéias para as capas de seus livros?

MH- Posso dar sugestões, mas não tenho controle sobre as capas. Sou abençoada por ter editores que fazem um trabalho muito bom.Eu só não gostei de poucas, e ainda assim não são nenhuma das mais modernas.

BQL- Você acha que o gênero Romance Histórico pode dar às mulheres uma impressão errada sobre relacionamentos verdadeiros?

MH- Eu acho que os leitores de Romances Históricos são muito inteligentes – pelo menos aqueles que conheço pessoalmente – e sabem que nos livros há fantasias e desenvolvimento de enredo para disfarçar as partes mais difíceis num relacionamento. Então, com poucas exceções, não acho que eles dão uma idéia errada às mulheres. Por outro lado, se uma mulher só conheceu na vida maus relacionamentos, ela tem a chance de aprender que nem todo relacionamento é propriamente ruim. 


BQL-  O que você acha do gênero ERÓTICO? Com todo o sucesso da literatura chamada “porn mommy”. Você se sentiu de alguma maneira obrigada a  mudar suas cenas de amor para algo mais apelativo?

MH- Em nenhum momento me foi pedido que mudasse minha maneira de descrever as cenas de amor. Eu acho que o ROMANCE ERÓTICO e ERÓTICA vão continuar a vender bem por um bom tempo, e em seguida diminuirão até que haja muitos autores conhecidos e, assim, o gênero em si não será mais tão comentado.

BQL-  Já pensou em escrever um ROMANCE CONTEMPORÂNEO?

MH- Até o momento não, mas nunca se sabe. Nunca diga nunca.

Perguntas Pessoais:

BQL- Você tem algum hobby?

MH- Muito poucos. Ler e escrever eram meus hobbies até que viraram minha vocação. Eu adoro comprar antiguidades e amo jóias artesanais, e talvez até me aventure em afazer algumas num futuro próximo.

BQL- Como você lida com a fama?

MH- Eu a evito. Para ser sincera, eu não entendo porque algumas pessoas têm fascínio por ela. Eu sei que sou diferente a esse respeito. Quando alguém me encontra, eu espero ser simpática e agradável, especialmente com os leitores. Eu adoro encontrá-los, mas prefiro quando nos encontramos como iguais e batemos um bom papo.

BQL-  Já pensou em conhecer o Brasil? E escrever um livro com um personagem brasileiro?

MH- Eu viajo muito e gostaria muito de conhecer o Brasil e os outros países da América do Sul. No momento não há planos quanto a isso, mas vou começar a investigar sobre isso.
Quanto ao personagem brasileiro também não planejei nada ainda, mas gostaria de, caso venha a fazê-lo, saber que fiz da maneira certa. Então eu gostaria de primeiro conhecer os brasileiros para depois fazer isso.

BQL-  Gostaria de aproveitar a oportunidade e enviar uma mensagem aos seus fãs brasileiros?

MH- Gostaria apenas de dizer que eu realmente aprecio quando um leitor dá a chance  a um de meus livros de serem lidos, e sou muito grata quando este mesmo leitor se torna um fã. Obrigada a todos vocês e espero conhecê-los em breve.


 Agrademos à autora por nos ter concedido esta entrevista e esperamos vê-la em breve no Brasil, numa concorrida tarde de autógrafos. Quem sabe na Bienal de 2015, hein, Ed. Arqueiro?

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Próxima entrevista:  MAYA BANKS

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