Maratona Lua Cheia: Benjamin Percy - Lua Vermelha



Encerrando a maratona com um livro que nos faz pensar...




Ficha técnica: Lua Vermelha (Red Moon)
Autor: Benjamin Percy
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2013
Lançamento BR: 2013
432 páginas


"Eles vivem entre nós. 
São os seus vizinhos, a sua mãe, o seu namorado. 
Eles mudam do dia para a noite. 

Como toda adolescente, Claire Forrester se acha meio deslocada. Quando agentes do governo invadem sua casa e matam seus pais, ela percebe o quanto é diferente. Claire pode se transformar em uma criatura semelhante a um lobo. Ela é uma licana. 

Patrick Gamble entra em um avião e, horas depois, desembarca como o único sobrevivente de um ataque terrorista promovido pelos licanos. Da noite para o dia, ele vira um herói nacional: o Menino-Milagre. 

O governador Chase Williams jura que, se for eleito presidente, protegerá o país da ameaça que aterroriza a população. Em meio ao acirramento dos conflitos entre humanos e licanos, seu discurso intensifica a discriminação. No entanto, ele vai se tornar exatamente aquilo que prometeu destruir. 

Cada um a seu modo, os três estão envolvidos em uma guerra que tem sido controlada com leis, violência e drogas. Mas uma rebelião está prestes a estourar, provocando mortes e destruição e entrelaçando seus destinos para sempre. Com a chegada da noite da lua vermelha, o mundo se tornará irreconhecível. A batalha pela sobrevivência da humanidade irá começar."

ROMANCE CONTEMPORÂNEO. SOBRENATURAL. SUSPENSE. DRAMA. 

Há um abismo de diferença entre um livro sobrenatural escrito por um homem e por uma mulher. Ambos têm seus méritos, suas particularidades.
Enquanto em geral os livros femininos nos mostram as características e mudanças emocionais dos personagens ao longo da história (geralmente recheados com romances), os livros masculinos exploram o impacto que esses seres, suas buscas, angústias, prazeres, têm sobre os outros seres (humanos).

É exatamente isso que se percebe ao ler Lua Vermelha. 

Licanos e humanos vivem num estado de separação mas sem conflitos. Até que uma série de ataques licanos aos humanos começa a ocorrer.
Em busca da segurança nacional, o governador Chase Williams, de olho na Casa Branca, promete combater esse "mal" caçando todos os licanos e prendendo aqueles que se rebelarem e mantendo em constante vigilância monitorada àqueles que colaborarem. Por causa dessa sua atitude ele é atacado e transformado em um deles.

Claire e sua família viviam pacificamente como licanos, mas quando a onda de ataques começa, seus pais são executados na sua frente e sua única chance de sobreviver é fugindo. Mas ela leva consigo uma carta deixada por seu pai. A carta está escrita em código e essa mensagem pode mudar o que vem pela frente.

Patrick é humano e nunca se preocupou com essa questão dos licanos. Mas ao fazer uma viagem de avião, onde passaria a morar com sua mãe, ele tornou-se o único sobrevivente do ataque de licano ocorrido dentro da aeronave. Tornou-se um herói sem nem saber porquê. Mas mais que isso, mudou sua vida radicalmente e o fez estar mais ligado a essas criaturas do que poderia supor.

A princípio parece apenas um livro do qual vidas separadas acabam por se cruzarem pelo ponto em comum, os licanos. E sim, isso ocorre. Mas além disso, nos mostra os lados fragilidade/perversidade que existem dentro de cada ser humano.

Oh, sim! Do ser humano, não do licano.
Sem justificar a violência cometida pelos licanos, há toda uma justificativa para os licanos começarem a agir como terrroristas, e a guerra parece estar só começando.

Uma narrativa intensa, dramática, que faz o leitor pensar e enxergar-se bem mais como o animal do que como o ser lógico da história.

Sobre o autor


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