Ficha técnica: O Rei (The King)
Autora: J R Ward
Editora Universo dos Livros
Lançamento original: abril/2014
Lançamento BR: agosto/2014
680 páginas
"Depois
de recusar seu trono por séculos, Wrath, filho de Wrath, finalmente assumiu
o manto
de seu pai – com a ajuda de sua amada companheira. Mas a coroa pesa fortemente em
sua cabeça. Enquanto a guerra com os Redutores continua, e a ameaça vinda
do Bando
de Bastardos está chegando perto de acontecer, ele é forçado a fazer escolhas
que põe tudo
e todos em risco.
Beth
Randall pensou que sabia no que estava se metendo quando ela se relacionou com
o último
vampiro puro-sangue no planeta: não seria nada fácil. Mas quando ela decide
que quer
ter um filho, percebe que não estava preparada para a resposta de Wrath – ou a distância
que essa decisão criaria entre eles.
A
questão é: o amor verdadeiro vencerá?"
LITERATURA FANTÁSTICA.
LANÇAMENTO. NEW ADULT.
Como
fã da série há anos - bem antes da Universo dos Livros trazer a série
para o
Brasil -, eu me vejo no direito de falar bem e de falar mal.
O
Rei Wrath é um dos personagens mais fortes da saga. Ok, óbvio isso porque
afinal ele
é O REI. Duhhhhhhh!! Mas não é só por isso.
O
primeiro livro, AMANTE SOMBRIO, traz a história dele quando conheceu a humana
- que
depois viria a se tornar meio vampiro - Beth, filha de Darius. Wrath ainda não
era o
rei de fato, mas um dos guerreiros da Irmandade da Adaga Negra. Ele se
recusava a aceitar o seu destino. Somente muito tempo à frente ele faz um trato
com a Virgem Escriba (que anda sumidinha...Por onde será que anda essa
senhora? Ela e Ômega decidiram ir pra Bora Bora em férias juntos...) e ocupa o
trono, tendo Beth como sua rainha.
E
nesse meio tempo tivemos as várias histórias: A Fera de Rhage sendo domada;
Zsadist deixando o lado negro da força; Vishous dando um créu em Gasparzinho;
Rhevenge e seu rabinho extra (as fortes entenderão); Phury bancando o maluco
beleza ao lado de Raul Seixas; Tohr perdendo e ganhando (tanto peso, quanto
mulher); JM lavando louça enquanto a Xhex relaxa tomando uma cerveja; Butch
virando top model internacional e Qhuinn e Blay fazendo aula de tricô.
Com
toda essa confusão, com a chegada de tantas fêmeas, começa o ciclo. Quando a
mulherada entra em seu período fértil e isso abala as estruturas de todos os
machos da redondeza. Primeiro veio Bella; depois Layla, e agora a rainha cismou
que também quer ter um baby.
Acontece
que Wrath não quer porque a quantidade de companheiras que morre ao longo da
gravidez e parto é maior do que a alegria de ter um herdeiro; e é basicamente
sobre isso que este livro se trata.
Bebê
ou não bebê, eis a questão!
Enquanto
esse problema doméstico afeta os ânimos de muitos dentro da mansão, a Glymera e
os guerreiros bastardos avançam com mais um plano para derrubar Wrath. Já que o
assassinato do rei foi frustrado - no livro anterior, graças a Qhuinn, que
virou o herói da vez -, eles iriam derrubar o rei usando a Antiga Lei contra
ele.
E
o pior: CONSEGUEM!!
Mas
aí, você diz: mas como se ele era o rei de fato e de direito, sendo o último
puro sangue da raça? Simples, usando o ponto fraco de todo vampiro acasalado...
Como
acontece desde o livro de Zsadist, este aqui já começa com uma passagem do
passado, de quando Wrath - o pai, não o atual - é apresentado à sua
companheira. A partir dali, ele também decreta que só haverá ela, mesmo os
vampiros tendo direito de possuírem mais de uma companheira. Todas as
recordações fazem um paralelo com a atual situação de Wrath.
Também
desde o livro anterior foi apresentado um novo casal, Assail, que é o novo
chefe do tráfico, no lugar de Rhevenge, e Sola, uma espiã/ladra, cuja avó é
brasileira, que foi sequestrada e passa boa parte do livro tentando fugir e/ou
sendo resgatada por Assail, que já está caidinho por ela.
NOTA:
Assail, eu acho até legal, mas essa Sola "Morta" é uma chata. Os
capítulos deles alternavam com o que a gente quer realmente saber, ou seja, a
situação do rei com Beth. Por isso, às vezes ler esses capítulos era osso duro
de roer.
Além
disso, tem a situação Layla/Xcor. Bom, a gente não pode esquecer que Layla quase
perdeu o bebê no livro anterior, mas conseguiu segurar. Agora, apesar de passar
boa parte do dia dentro de casa assistindo tv e comendo, volta e meia ela ainda
se pega pensando no guerreiro do lábio leporino.
Eu
sei que muitas de vocês detestam Xcor, mas vou confessar uma coisa: por mais
que ele queira derrubar Wrath, não consigo ter raiva dele. Morro de pena pelo
histórico de vida, e tem uma cena dele neste livro, quando ele vai fazer
compras...Gente, é de doer o coração!!!
E
já que a mansão virou pensão, não podemos esquecer os irmãos Sombras, iAm e
Trez. Esses sim ainda vão dar um bom caldo, até porque o próximo livro é sobre
eles.
Não
esquecendo que a história de Trez é complexa: ele foi vendido à rainha de seu
povo para ser escravo sexual da princesa, por seus pais, mas fugiu de seu
destino com seu irmão. Criaram uma nova identidade e foram viver entre os
humanos como leão de chácara/guarda-costas do antigo clube de Rhevenge.
Agora
eles são donos do próprio clube, mas o tempo de Trez para cumprir seu destino
está chegando ao fim. E agora, ele se encontra apaixonado por uma outra
Escolhida, a que atualmente alimenta os Irmãos (já que Layla está grávida e não pode mais fazê-lo), a Selena.
Mas
como desgraça pouca é bobagem, além de Trez ter essa espada apontada em sua
cabeça, Selena se descobre portadora de uma doença meio estranha.
A
pergunta que não quer calar: tia Ward vai matar a Escolhida? Porque essa mulher
adora matar uma fêmea, né? Ainda estou com a morte de Welsie entalada na
garganta!!!
Mas pra
não perdermos tempo, vamos pontuar algumas das passagens do livro...
- A capa é bonita. Adoro a ideia
do trono e do vermelho, que é a cor do rei. Entretanto, depois de tantos
livros trazendo a descrição de Wrath, com seus cabelos já nos quadris, as
tatuagens, os óculos, a própria Ward aprovar aquela capa sem esses
detalhes...Bem, senti falta #prontofalei;
- A série se chama Irmandade da
Adaga Negra. Isso significa que os Irmãos deveriam aparecer, certo? Mas
acho que esqueceram de avisar à autora, porque neste livro não tem cena de
luta (cadê os carinhas fedendo a talco?). Os Irmãos aparecem em cenas
bucólicas, praticamente caseiras. Tudo muito estranho;
- Em relação às companheiras é a
mesma coisa. Tem umas que são somente mencionadas;
- Como eu disse, já que o grande
drama é se Beth deve engravidar ou não, depois de 3 anos juntos, Wrath e
Beth começam a brigar. E a mulher é boa de briga, gente! Finalmente alguém
manda o grandalhão calar a boca!
- O outro casal alternativo, Assail
e Sola, ainda estou me perguntando qual a importância deles nisso tudo
(?????) Por outro lado, na minha opinião, a melhor cena de pegação foi a
deles, dentro do chuveiro. O
bicho ali ferveu boniiiiiiiito;
- JM voltou a ter surtos quando
olha para a irmã, Beth. E ninguém descobre por quê. E, segundo a autora,
nunca será revelado que na verdade ele é a reencarnação de Darius (isso
NÃO é spoiler! Já foi dito em livros anteriores e no Guia da
Irmandade);
- A autora tem uma implicância
mórbida com Miley Cyrus;
- Payne vira uma filha da mãe de
uma fofoqueira;
- Dos bastardos, até a metade do
livro só Xcor aparece;
- Layla e Xcor.... cenas dos
próximos capítulos;
- Na falta dos fedidos a talco, o
grande antagonista da vez é a Glymera;
- Boo é o gato de Beth, mas ele é
realmente só um gato?
Destaques do livro:
- Com toda essa confusão para
derrubar Wrath, Saxton tem um papel importantíssimo na revelação do caso.
Ele merecia arrumar um companheiro legal, já que perdeu Blay, o grande
amor da sua vida, para o seu primo Qhuinn;
- Na verdade Beth é a salvadora
da pátria;
- E melhor cena ever-ever-ever
vai para: LASSITER!!!
Esse anjo maluco consegue roubar a cena completamente do livro. Melhor cena, de fazer você chorar de rir.
Enfim...
Como fãzoca da série, eu
diria que gostei por simplesmente ser da Adaga Negra. A cada nova
divulgação da autora para o livro do ano seguinte eu já fico na ansiedade de
como ele será.
Por outro lado,
honestamente falando, acho que a Ward criou tanta coisa, são tantos
personagens, que ela se perdeu um pouco com certos detalhes.
Em vários momentos tive vontade de jogar o laptop na parede.
Fiquei indignada com o
fato daquele campo INVIOLÁVEL em volta da mansão, que
faz com que sua localização não seja encontrada por NINGUÉM, ter sido ignorado numa
cena entre Layla e Xcor. Além disso, e aquele bando de câmeras que Vishous
espalhou pela propriedade que ninguém pode espirrar sem ser visto e, de repente,
o inimigo está ali no quintal deles e ninguém vê?
O pouco aparecimento dos
Irmãos foi chato.
E mesmo sabendo que a
autora assinou com sua editora para mais três livros, o final deste livro dá
impressão que é o fim da série.
Bom, ela criou um
divisor de águas ao mudar o titulo. Agora não tem mais "amante".
Temos O Rei, e depois teremos Os Sombras. Vamos ver o que ela ainda pretende
fazer.
E se você quer saber se
Beth consegue engravidar; se ela tem ou não o bebê (ela morre?), se Wrath
continua rei ou se a Glymera consegue tirá-lo do trono, só lendo.
Uma coisa garanto, tem
uma surpresa que te pega de jeito no final.
4 estrelas.
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