Ficha técnica: Sete Dias sem Fim (This is Where I Leave You)
Autora: Jonathan Tropper
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2009
Lançamento BR: 2013 Relançamento: 2014 (capa do cartaz do filme)
304 páginas
"Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer. Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica.
Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura. Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor.
Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o livro mais bem-sucedido de Jonathan Tropper. Uma história hilária e emocionante sobre amor, casamento, divórcio, família e os laços que nos unem – quer gostemos ou não."
Deveria ser um livro triste, afinal de contas o pai de Judd morreu. Mas não é. De verdade, nada em relação a esta família consegue permanecer na tristeza, porque as bizarrices deles são tão maiores que qualquer coisa que o único jeito a enfrentar qualquer dilema é rindo.
São quatro os filhos: Paul, Judd, Wendy e Phillip. Todos adultos e, claro, com seus problemas de adultos.
Toda a história é narrada na primeira pessoa pela voz de Judd.
Ele está num momento péssimo na vida antes mesmo de receber a notícia da morte do pai. Judd descobriu - da pior maneira possível - que sua esposa o traía com o chefe dele. Agora ele mora num porão na casa de um casal de idosos que não para de ir ao banheiro e dar descarga.
Na ocasião da morte de seu pai, eles ficam sabendo que apesar de ter sido ateu a vida inteira, o pai decidiu no fim da vida voltar-se a Deus e deixou como desejo que a família cumprisse o ritual do Shivá. Prantear o morto por sete dias.
Bom, talvez prantear plenamente não seja o que acontece, mas ao longo desses dias, eles terão de conviver na mesma casa e receber visitas de parentes e amigos.
Essa é a parte chata, ter que ficar repetindo a mesma história todo o tempo, receber pêsames de pessoas que não vê há séculos e, no caso de Judd, ainda se submeter a uma bateria de perguntas do tipo: "onde diabos está a esposa dele?"
O lado bom? Muita comida.
A princípio os problemas de Judd recebem o foco, mas todos os filhos têm problemas. Problemas externos, problemas entre eles, problemas com outros.
Mas talvez uma das personagens mais marcantes seja a mãe.
A mãe, psicóloga famosa depois de ter lançado há anos um livro chamado "Do berço a tudo: um guia para a criação dos filhos", usou os filhos como laboratório. Mas não satisfeita com isso, ela tornou púbico todas as fases que seus filhos passaram. COM SEUS VERDADEIROS NOMES. Pode imaginar a saia justa de cada filho ao ir para a escola e ver os colegas sacaneando pelo que leram?
Muitas das cenas mais engraçadas do livro são protagonizadas por ela - preste atenção nela!!!
Ah! Inclusive no livro ela é descrita como tão bem conservada quanto Jane Fonda. E não é que a própria vive o papel?
Este é um livro narrado por um homem e escrito por um. Isso quer dizer que seu final é imprevisível - e por isso mesmo, divertido.
Eu ri demais lendo o livro e recomendo não só a leitura, mas confesso que estou curiosíssima para ver o filme.
Um stand alone para divertir e mostrar que toda família tem sua loucura própria (e quem sabe você descobre que a sua não é tão doida assim...)
5 ESTRELAS!!
Abaixo a capa quando lançado em 2013.
Sobre o autor
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