Laurann Dohner - Redeeming Zorus (Cyborg Seduction #6)



Ficha técnica: Redeeming Zorus
Autora: Laurann Dohner
Editora Ellora's Cave
Lançamento original: 20/abril/2011
Lançamento BR: ainda não
129 páginas

"O irmão de Charlie colocou-a na situação sem saída de ter que resgatar um cyborg das instalações do Governo. É perigoso, ela vai se tornar um fora da lei na Terra, mas é a única maneira de salvar a vida de seu irmão. O cyborg preso é rude, vaidoso e, provavelmente, o maior idiota que ela já teve a infelicidade de encontrar. Suas únicas qualidades redentoras são o rosto bonito e  o corpo sexy e musculoso. Apenas wow! Ainda assim, ela mal pode esperar para se livrar dele.

Todos os cyborgs odeiam os seres humanos, mas Zorus é consumido por esse sentimento. Acorrentado, escravizado e enfrentando a morte na Terra, mais uma vez, ele jura vingança. Para seu espanto, uma fêmea humana vem em seu socorro. Ela é rude, bombástico e mandona. E muito corajosa. Ela deixa-o perplexo quase tanto quanto ela o deixa excitado.

Zorus não pode negar que ele está fascinado por ela. Eles estão prestes a travar vontades e acender uma tempestade de desejo que desafia todas as regras nas quais ele se guia."


ROMANCE FANTASIA. ERÓTICO.

E finalmente chegou a vez do Conselheiro chato, o inimigo número 1 dos humanos, Zorus.
Por outro lado, aquela máxima de que precisamos ouvir os dois lados da história é verdadeira.
O cara passou por maus bocados nas mãos dos humanos; coisa meio Hitler-Mengele; brabo mesmo. Ele tinha todos os motivos para não confiar nos humanos e ainda tratá-los com a mesma consideração (NENHUMA!!) que havia sido tratado.

Começando pela maneira com a qual Charlie entrou em contato com Zorus.
O irmão dela, Russel, vivia metido em confusão e devendo dinheiro em tudo quanto era lado. Apesar de ele ser mais velho que ela, ela era a responsável, principalmente depois que eles ficaram sozinhos no mundo, com a morte dos pais.

Eles viveram à parte da sociedade, e não teriam chances na vida. Como ela era inteligente, conseguiu com que algumas pessoas a ajudassem pela vida. Ela estudou e conseguiu um bom emprego.

O irmão a contactou dizendo estar com problemas sérios e seria morto se ela não topasse ajudá-lo, resgatando um cyborg na empresa em que ela trabalhava. 
Isso seria um risco altíssimo. Ela seria considerada traidora, teriam que fugir da Terra para nunca mais voltar. Russel garantiu que o dinheiro que receberia daria para os dois fugirem para Saturno.

Sem ter como deixar de ajudar o irmão, mesmo jurando que seria a última vez, Charlie planejou a libertação de Zorus.
Encontrá-lo não foi difícil, mas fazê-lo fazer exatamente o que ela queria para que a fuga desse certo deu muito mais trabalho.
Razão simples: Charlie era uma humana. E se eles queriam-no morto, como confiar nela agora? Poderia ser um teste...
Aos trancos e barrancos ela o leva até o local combinado do encontro, na nave do Capitão Varel.
Lá já encontrava-se seu irmão, mas Charlie teve uma ingrata surpresa. Não só seu irmão não dividiria com ela o dinheiro para a entrega de Zorus, como ele a tinha vendido ao ex-namorado, agora casado, Gerald.
Gerald havia dilacerado o coração de Charlie quando a trocou por uma mulher rica. Mas na verdade ele não queria abrir mão dela e vivia insistindo para que ela se tornasse sua amante. Com todas as negativas, Gerald pagou bem a Russel para que a mesma nave do Capitão Varel a levasse ao local onde Gerald a manteria cativa.

Mesmo odiando os humanos, Zorus admitia que Charlie era diferente. Não só era corajosa e inteligente, mas também não tinha aversão pelos cyborgs como os outros humanos. Ela podia estar ajudando o irmão pelo dinheiro, mas seus princípios não eram contra os cyborgs.

Para ajudá-la a se livrar do futuro amante, Zorus oferece ao capitão o dobro do combinado no resgate dele para também levar a mulher com ele. E assim, Charlie tornou-se propriedade de Zorus.

Sobre o pagamento do transporte de Zorus, uma observação: Garden não tem sistema financeiro. Lá, todos os habitantes trabalham em alguma coisa para ajudarem a manter a sociedade. Mas quando os cyborgs viajam para conseguir certas matérias primas, como o caso do minério, pobre no planeta, nem sempre eles conseguem através do saque em outros naves. Eles estão bem familiarizados com os sistema financeiro ao redor do universo.. Assim, eles tinham dinheiro para pagar pela nave que iria transportá-los até o ponto de encontro com Flint.
Além disso, dependendo do trabalho feito em Garden, a pessoa tinha um certo prestígio. Como Zorus era um dos Conselheiros, ele morava em um dos prédios mais importantes da cidade, na cobertura, com uma vista privilegiada (na verdade, ter uma vista bonita de suas casas parece ser um requisito importante para todos os cyborgs mais antigos, aqueles que tinham sido prisioneiros na Terra).

Quando a nave de Varel encontra a de Flint (e há aquela cena descrita na resenha do livro anterior), todos ficam assustados ao ver que Zorus não abre mão de levar a humana consigo.
Sabendo do histórico de ódio que ele tem pelos humanos, os outros cyborgs tentam impedi-lo achando que ele quer maltratar a humana, o que seria proibido em suas leis. Mas Charlie intrigava Zorus.
Ele tivera um filho no passado, Darius, que já se encontrava adulto, e depois foi esterilizado pelos humanos. Já que não podia mais doar material para procriação, sua união familiar havia sido cancelada algum tempo depois. Ele não tinha nenhuma vontade - ou razão - para entrar numa nova união. Seu trabalho lhe dava o status necessário para trocar favores sexuais com outras cyborgs fêmeas quando era o caso.  

Charlie tenta resistir a princípio. Ela quer ir atrás do irmão, mas Zorus é categórico e mostra a ela que mesmo com dinheiro em Saturno, ela seria facilmente encontrada pelo Governo da Terra, e levada presa.
Sem ter para onde ir, Charlie se resigna a se tornar companheira de Zorus.

Ok, o cara era orgulhoso, vaidoso, mandão, mas era boa pinta, com seus cabelos negros caídos nos ombros e seus olhos castanhos escuros.
Ao levá-la para sua cobertura, ele mesmo se sente estranho ao perceber que apesar de todo ódio aos humanos, ele não conseguia sentir o mesmo por ela. Seria ela o caminho à redenção para ele?

Num primeiro momento parecia apenas que ele ia ajudá-la em gratidão à coragem dela por tê-lo salvado. Mas depois, quando estão em convivência, surge a atração, e Zorus decide que vai mantê-la numa união familiar.

Mas com toda a imagem que todos têm dele, inclusive seu filho Darius, manter este relacionamento tornou-se uma prova para Zorus.
Primeiro, seu filho chegou na cobertura do pai e ao encontrar Charlie sozinha, vendo-a ser humana, acha que o pai a trouxe como vingança, e Darius estava prestes a violentá-la quando Zorus chega e impede.
Vendo o quão fascinado pela humana o pai estava - e tendo sido criado para odiá-los -, ele leva ao Conselho a questão da sanidade do pai. Na certa a humana o havia drogado e o tinha sob controle.
Mesmo quando o Conselho fica a favor de Zorus, Darius não se dá por satisfeito e leva Charlie até Krell; um cyborg todo marcado por cicatrizes causadas antes da fuga da Terra.
Krell era conhecido por ser ótimo detector de mentiras.
Ele morava no mesmo prédio que Zorus, por ter um cargo de segurança de confiança, e ser um dos cyborgs antigos.
Este constata que Charlie não mentia e ao saber que Darius tentara violentá-la e queria levá-la consigo, provavelmente para torturá-la em algum lugar secreto, Krell a defende.

Essa batalha estava longe de acabar, mas Zorus conseguiu provar a todos, e mais ainda, a Charlie, que o que ele sentia por ela era capaz de mudá-lo aos poucos...

"- Eu forcei a barra para tornar os seres humanos propriedade.
- Eu sabia disso.
- Se não fosse por minha insistência, a lei não teria passado. Eu sofri demais nas mãos dos seres humanos, nunca tinha conhecido alguém como você, e realmente acreditava que eles não tinham nenhuma compaixão. Eu nunca vi nenhum deles tratar um cyborg como algo diferente de uma coisa. Eu queria que os seres humanos soubessem o que tinha sido feito de nós em primeira mão. Eu queria que eles sofressem, sabendo que eles não foram contados como parte da sociedade, mas sim como apenas ferramentas a serem usados como desejávamos. "

E nessa confissão, Zorus prova o quanto queria mudar ao insistir que a lei de propriedade fosse mudada. A partir dali nenhum humano seria propriedade dos cyborgs, e, eles poderiam se casar numa cerimônia simples, como a civil.

Achei que, como o personagem vinha ao longo da série mostrando-se de um orgulho atroz, o livro com sua história seria chato, mas me enganei. Acabou tornando-se um dos mais bonitos.
Ok que a redenção de uma pessoa, com ódio por tantos anos, não pode ocorrer da noite para o dia.
Em nenhum momento Zorus passa a confiar implicitamente nos humanos. Ele sempre deixa claro que ela o ajudara a ver que NEM TODOS os humanos são ruins. E que somente nela ele confiava. Os outros cyborgs que já tinham companheiras humanas e foram ofendidos por ele, ele se desculpara. Com o tempo sua atitude mudaria. Mas vê-lo assumir seus sentimentos perante o Conselho foi uma das cenas mais bonitas da trama:

"- Ela me faz sentir emoções. Ela me faz feliz pela primeira vez em toda a minha existência. Eu descobri o amor. - Suas palavras saíram duramente, sua raiva clara. - Então, se quiserem, que riam de mim. Eu me apaixonei pela coisa que eu mais odiava. Eu não queria que isso acontecesse, mas ela é única. Ela arriscou sua vida inúmeras vezes para salvar a minha. Ela desistiu de sua liberdade pela crença de que a minha estava em questão. Ela já apontou uma arma pra mim - ele virou a cabeça novamente para encontrar os olhos de Charlie. Seus traços suavizados. - Eu percebi que você ajustou a mira pra tornar impossível me matar mesmo acreditando que minhas intenções eram mortais pra você. - Ele enfrentou o conselho novamente. - Ela me ensinou que nem todos os seres humanos são maus, ou têm intenção de fazer-nos mal, e finalmente me fez entender o que um dos nossos homens poderia ver em uma fêmea humana. -  Ele se dirigiu a Coval e Rais. - Peço desculpas por todos os insultos que proferi a vocês dois pela escolha de uma humana sobre nossas próprias mulheres."

Valeu a pena aguentar os ataques dele nos outros livros para agora vê-lo mudando.

No entanto, mesmo com esta parte de sua vida se ajustando, Zorus, Charlie e todos os cyborgs teriam que enfrentar novos perigos. O Modelo Markus estava de volta, e agora, sem o truque de pedirem asilo ou se acharem semelhantes aos cyborgs. Eles estavam à caça e os cyborgs eram o seu alvo primário.

Ester livro merecia 6 estrelas!!!


Comentários

  1. Morninha essa série, mas eu gosto, boa pra relaxar das leituras tensas.
    Boa resenha. Ótimo Blog

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