Ficha técnica: Não me Conte Sobre o Fim
Autor: Burton Clark
Editora self
Lançamento: 24/fevereiro/2015
Formato digital
POV: primeira pessoa - Adam Tohen
Gênero: Romance contemporâneo; chick lit; drama
Personagens: Adam Tohen e Elleonore - Nore - Dehalph
Local/Ano: Somerville, Boston/1990 aos dias atuais
"Preso entre a década de 1990 e os dias atuais, Adam Toher vive o sonho bem sucedido de sua carreira literária e o pior pesadelo de sua vida, a perda do que lhe era mais importante.
“Se eu sou sua sensatez, você é o meu desequilíbrio”
Agora, ele precisa resolver questões não respondidas, entender o que se passa à sua volta e equacionar na matemática da vida os ganhos e perdas que terá de enfrentar.
A lingerie branca que evoca lembranças de uma época mais inocente e cheia de esperanças; as opiniões contundentes de uma mente repleta de abalos sísmicos.
Entre as lembranças e os sons e aromas estranhos, Adam tem um futuro do qual não quer encarar, mas acaba por descobrir que a fé pode providenciar a melhor versão de um mundo perfeito composto por coisas imperfeitas."
LANÇAMENTO
Em meio a tantos livros com enredos iguais, eis que surge alguém com vontade de escrever sobre algo diferente.
Pela perspectiva de um homem, um amor que começa na adolescência, na época do ensino médio, e dura uma vida inteira; ou, como diz o poeta: "que seja eterno enquanto dure".
Adam Toher era o rapaz tímido, apavorado por ser o primeiro dia de aula e que, segundo as suas probabilidades, tudo poderia dar errado, desde o cadarço do tênis desamarrar e fazê-lo se estabacar no chão, até a calça cair bem no meio de uma apresentação de trabalho.
Mas até que a vida foi generosa com ele e foi nesse dia, precisamente no ônibus escolar, que ele conheceu a pessoa que mudaria sua vida...
“Se eu sou sua sensatez, você é o meu desequilíbrio”
Elleonore, ou Nore, era um ser de luz, um espírito livre, uma pessoa com ideias muito próprias sobre todo e qualquer assunto e procurava não se deixar abalar pelas circunstâncias da vida.
Ao se aproximar de Adam, através do amigo em comum Usher Deller, ou UD, os dois acabaram se envolvendo mais do que o esperado.
Eram dois lados, dois opostos.
Adam pensava em se formar em algo parecido a matemática ou engenharia, mas por conta de Nore, acabou enveredando para o lado da escrita, lançou seu primeiro livro, "Tempestade de Vidro", e com ele ganhou o maior prêmio da literatura e a fama.
O romance que começa nos tempos do colégio, sobrevive à faculdade e acaba virando algo mais sério, segue o caminho natural: namoro, casamento, filhinho. Época de vacas magras e depois o sucesso que bate à porta, sempre com o maior incentivo de Nore, sua maior fã, leitora e beta.
Mas parece que a vida gosta de dar algumas rasteiras e quando tudo parece se encaminhar para o que seria visto como perfeição, algo de muito trágico acontece...
Agora, Adam e Korby, o filho dele com Nore, terão de enfrentar a vida apoiando-se um no outro. O pilar deles torna-se uma sombra e entre idas e vindas, Adam terá que tomar decisões que lhe são impostas...
Um livro curto, mas que traz o poder das palavras.
Primeiro de tudo, ele foge aos padrões dos chick lit atuais, nada de romance mela calcinha. É um romance lindo, puro, pela ótica masculina, com os altos e baixos de um relacionamento.
Nore é uma mulher excepcional, daquele tipo que torna melhor tudo que está à sua volta. Na vida de Adam em especial.
Ao longo da narrativa o leitor vai se familiarizando com todos os aspectos de como se conheceram, de como se encantaram (nada de "te vi, te amei"), de como a vida não é fácil para ninguém, mas que com amor tudo pode ser levado adiante.
Além do livro "Tempestade de Vidro", Adam, o personagem, cita outros livros de sua autoria e de autoria de outros autores, que estão disputando com ele o prêmio. Os títulos e resumos são super sugestivos, temas e gêneros variados, já fiquei curiosíssima para lê-los (já que o autor desta obra planeja lançá-los no futuro).
Além de trazer o POV masculino, a outra faceta interessante no livro é a própria Nore e sua forma de ver "O Mundo Perfeito".
Tudo aqui leva o leitor a fazer uma auto-crítica, mas engana-se se você acha que para isso precisa se rasgar em mil ou chorar as pitangas. O choro até pode vir em algum momento, mas a mensagem é tão rica que emociona por outros motivos.
E o final....ahhhhh, o final nos lembra outras palavras do mesmo poeta: "É melhor ser alegre do que ser triste; alegria é a melhor coisa que existe; é assim como a luz no coração..."
Burton, seu livro de estreia é lindo, sem pretenção de ser profundo ou entediante. Parabéns pela ousadia em lançar uma obra diferente do mesmo que existe por aí.
Muito sucesso!!
5 ESTRELAS!!!!
Para adquirir: AMAZON
Sobre o autor
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