Maratona Romances Históricos: Christi Caldwell - Forever Betrothed, Never the Bride



Ficha técnica: Forever Betrothed, Never the Bride
Autora: Christi Caldwell
Editora self
Lançamento original: dezembro/2013
Lançamento BR: ainda não
300 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance Histórico

Protagonistas: Marquês de Drake e Lady Emmaline Rose Fitzhugh
Local/Ano: Londres/1817

"A Incuravelmente romântica, Lady Emmaline Fitzhugh, está cansada de estar entre as solteironas, à espera que seu noivo acorde e se case com ela. Quando Emmaline também lê sobre os muitos relatos de suas ligações escandalosas nos periódicos de fofocas, ela decide resolver o assunto do seu próprio jeito.

Veterano devastado pela guerra, Lord Drake dedica-se a esquecer os seus dias na Península através de um círculo infinito de associações sem sentido. Ele não quer mais sentir nada, mas Lady Emmaline é o que torna difícil manter um estado de dormência. Com seu entusiasmo pela vida, ela desperta sua paixão e desejo de amor.

A única mulher que Drake passou a maior parte de sua vida evitando agora é a única que ele precisa, mas ele não é mais um homem digno de sua Emmaline. Cabe a ela mostrar a ele o poder de cura do amor."

Aos treze anos Drake é levado por seu pai, o Duque de Hawkridge, até a casa do Duque de Mallen, para assinar um contrato de compromisso. Ele estava selando seu futuro com a pequena Lady Emmaline, de apenas 5 anos.
Durante toda sua vida Drake teve seus passos restringidos por seu pai: onde estudar, o que fazer, como se portar como futuro duque. Toda a raiva por esse controle foi crescendo, e, sabendo que sequer sua duquesa ele poderia escolher, fê-lo dar um grito de liberdade. E apesar de ser o único filho e herdeiro ao ducado, Drake se inscreve e parte para a guerra.

Ao voltar como herói, mesmo sem se senti-lo, Drake toma as rédeas da própria vida. Alugou um quarto no White's, famoso clube de cavalheiros, e tem tantas amantes quanto lhe satisfaz.
A noiva? Ela não tem culpa de nada, mas se antes da guerra ele já não queria desposá-la. agora mesmo é que ele não poderia...

Emmaline chegara aos vinte anos. Desde os 5 sabia estar comprometida com o Marquês de Drake. Ela foi apresentada à sociedade, mas por conta de seu compromisso muito conhecido, não teve exatamente sua "passagem" como uma comemoração. De verdade, logo ela foi relegada ao status de "wallflower". Quem ousaria se aproximar da noiva de Drake?
Mas Em ainda tinha esperanças.
Quando ele fora à guerra, ela lhe escrevia cartas, mas estas nunca foram enviadas. Sua distração era a jardinagem, suas leituras góticas (feitas às escondidas) e sua amizade com Sophie Winters. Fora isso, ela esperava, e esperava, e esperava...

Ele volta da guerra, mas diferente do que ela pensava, ele não a procura. Ele evita todo e qualquer evento em que ela esteja presente e ela fica sabendo sobre as últimas conquistas amorosas dele (atrizes e cantoras de ópera) através dos jornais.

Ao longo de todos aqueles anos, eles se encontraram pouquíssimas vezes. Na última foi uma coincidência, quando ela se envolveu numa confusão na rua, quando um cavalheiro estava destratando uma senhora vendedora de tomates e Emmaline foi em seu socorro. O cavalheiro pouco se importou com ela e até mesmo lhe jogou um tomate na roupa. Foi quando Drake viu tudo e a ajudou afugentando o homem. Ele a acompanhou até em casa e se despediram como dois estranhos.

Bom, ela chegara aos 20 anos e muitas das garotas apresentadas à mesma época que ela já estavam casadas. Até quando ela teria de esperar? O sangue ferveu mais ainda quando ela leu no jornal que ele estava agora de caso com a famosa cantora de ópera, Valentina.

Um plano teria de se formar, e começaria exatamente ali, na noite da ópera...

Com a ajuda da amiga Sophie, e na companhia dos pais desta, Emmaline vai à ópera.
Na hora do intervalo, quando Drake pensava em escapar sem ser notado, junto a seu amigo Lord Sinclair, ela aparece no camarote dele e força uma conversa, lembrando-lhe de forma velada que ainda era sua noiva. E já que ele gostava tanto de ópera, ela pegaria um autógrafo com a cantora. O intervalo acaba e Drake não tem mais como fugir sem fazer uma cena.
Na manhã seguinte, enquanto ele tomava café, uma nota lhe é entregue. Sua noiva havia cumprido o prometido.

De lá em diante, em todos os eventos que Drake estava, Emmaline aparecia e de uma maneira ou de outra, ela lhe chamava a atenção.
O que ele não sabia era que seu cronograma de eventos havia sido passado para ela através de seu amigo Sinclair, que achava que Emmaline poderia ser de ajuda a ele.

Os dias vão se passando e a cada novo encontro, Drake vai descobrindo novas facetas a respeito dela. Sua língua ferina, seu pensamento rápido, seu gosto literário, sua mania de cuidar do jardim falando com as flores, sua tristeza ao ser rechaçada por todos os prováveis candidatos a marido, sua gentileza ao ir visitar veteranos de guerra no London Hospital...

E em meio a tudo isso, Emmaline ainda tinha de lidar com o irmão, o atual duque de Mallen, e que estava a poucos passos de anular o contrato de compromisso entre ela e Drake. Mas ela queria tempo, queria conquistá-lo, queria ser cortejada e amada, e não apenas casar por conta de um contrato.

A cada passo dado, Emmaline tinha a impressão que andava um para frente e dois para trás. Drake tinha a capacidade de deixá-la sem saber se vencera o round. Mas o que ela realmente não sabia era que ele estava intrigado com ela. Ela não era de uma beleza estonteante, mas internamente ele já estava declamando sonetos à beleza de seus olhos e ao brilho de seus cabelos. Ela podia não ser "redonda" nos lugares certos, mas tinha uma vivacidade e energia invejáveis. E sem que ele soubesse como, perto dela ele conseguia se sentir livre dos fantasmas da guerra e da culpa por ter voltado com vida, enquanto tantos morreram. Isso sem contar que os poucos beijos que eles haviam trocado o deixaram num estado entre o medo de se sentir preso e a preocupação de perdê-la para algum outro pretendente, já que o irmão dela, Sebastian, a estava empurrando para o seu amigo de longa data Lord Waxham.

Entretanto, uma confusão numa troca de bilhetes faz com que eles briguem e ela finalmente vê que ele não a deseja, e o libera de seu compromisso.
Sebastian chama Drake para assinar o contrato de dissolução, e este o faz, mas após isso ele se sente devastado. Era ela quem agora evitava estar nos mesmos eventos que ele. E depois de uma noite de bebedeira com Sinclair, Drake cai em si de que, mais do que um contrato imposto pelos pais de ambos, Emmaline havia se tornado a mulher certa para o homem que ele se tornara pós-guerra.

A questão agora era: como fazê-la reconsiderar sua proposta? Se ser cortejada era o que ela queria, então era o que ele faria...



A história segue um pouco mais à frente, trazendo o casamento deles e ainda um último obstáculo que Emmaline teria de vencer: a questão dos tormentos dele. Essa parte é belissima, da forma como ele cai em si de quão afortunado ele era por ter voltado vivo, inteiro e agora, ter Emmaline ao seu lado. Ela que era tão amada e respeitada pelos veteranos do hospital, homens que regressaram aos pedaços tanto física quanto emocionalmente, estava ali, ao lado dele, simplesmente porque o amava.

Este foi um livro que me chamou atenção pelo título. É meu primeiro contato com a autora e confesso que gostei.
A história parece longa porque seu enredo não tem um profundidade do tipo trazer algum grande mistério, como um assassinato ou um roubo a ser revelado o culpado. O enredo é focado no casal e em seu embate em vencer um questão imposta por seus pais e que os participantes, Em e Drake, tinham opiniões diferentes sobre a como levar adiante o plano original.

Emmaline é rica, filha e agora irmã de duque, bem educada, mas não tem a beleza em moda entre as debutantes de sua época. Mas ela tinha um cérebro e uma teimosia grande e isso a ajudou a arquitetar o plano para conquistar o seu príncipe encantado que lhe apareceu quando ela tinha 5 anos de idade.

Drake sim tinha beleza, um título de duque batendo-lhe à porta, riqueza, respeito de herói de guerra, mas estava longe de ser perfeito. Era um mulherengo que deliberadamente colocou sua "noiva" numa posição de escárnio perante a sociedade quando todos sabiam que ele andava por aí tendo amantes enquanto ela era colocada à posição de wallflower.
Apesar de isso deixar nós, leitoras, com raiva, esse era o comportamento da época; machista.

E como todo conto de fadas, Em acabou sendo para Drake o melhor bálsamo para sua ferida interna. Ela não o curou, longe disso. As cicatrizes internas que ele levaria da guerra seriam deles até sua morte, mas eles teriam uma vida a verem que eram a escolha certa um para o outro.

Belíssima história. 5 ESTRELAS!!

Sobre a autora





Comentários

  1. Achei o livro um tanto cansativo. E a Em me irritou em vários momentos, era quase um capacho. Eu gostaria de ter visto mais dele lutando pelo menos um pouco por ela.

    ResponderExcluir

Postar um comentário