Ficha técnica: A Rosa do Inverno (Where Roses Grow Wild)
Autora: Patricia Cabot
Editora: Essência (Planeta)
Lançamento original: 1998
Lançamento BR: 2008
414 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance Histórico
Protagonistas: Lord Edward Rawlings e Pegeen MacDougal; 17° Duque de Rawlings, Jeremy.
Local/Ano: Yorkshire, Inglaterra; vila de Applesby, Aberdeen, Escócia/ 1860
"Acostumado a conseguir qualquer mulher, Lord Edward Rawlings enlouquece com a sensualidade de Pegeen, que estava longe de ser a tia solteirona que ele havia imaginado. Mas Pegeen não está disposta a fazer mais concessões além de mudar-se, pelo bem de seu sobrinho, para a mansão dos Rawlings na Inglaterra. No entanto, ao chegar lá, ela logo percebe o risco que corre. Sempre movida pela razão, Pegeen sente que dessa vez seu coração está tomando as rédeas. Ela pode resistir ao dinheiro e ao status, mas conseguirá resistir a Edward?"
Não, o livro não é novo. Já faz quase 10 anos que foi lançado em português e, 20 anos que foi escrito, mas para mim foi o livro que deu o pontapé inicial ao meu retorno aos romances de época.
Os personagens são perfeitos. Com defeitos, batem boca quase o tempo todo e têm aspirações diferentes quanto ao futuro do jovem Jeremy, mas ainda assim, combinam seus desejos e acabam por tornar-se um dos casais mais fofos que tem nesse gênero. Não é à toa que até hoje esse romance é um sucesso.
Mas vamos à história...
Edward Rawlings é o segundo e único filho vivo do 16° Duque de Rawlings. E apesar de ter a possibilidade de herdar o título, ele não está nem um pouquinho interessado.
Seu irmão mais velho já havia morrido há algum tempo, mas enquanto vivo aprontou muito e fez com que o pai finalmente o deserdasse quando se casou com uma pobre filha de um vigário escocês.
Mas quando em seu leito de morte, o velho duque resolveu perdoar as atrocidades do filho mais velho e fazer de seu neto o futuro duque. Edward prometeu ao pai encontrar o sobrinho e prepará-lo para o ducado.
Na verdade, Edward estava dando graças a Deus, assim ele não precisaria ter de lidar com todas aquelas responsabilidades de terras e arrendatários. Segundo ele, foram essas responsabilidades que mataram o pai prematuramente.
Encontrar o sobrinho estava tomando mais tempo do que ele imaginara. Afinal, onde um garoto de 10 anos poderia estar há tanto tempo escondido?
Mas eis que seu advogado, Sir Arthur Herbert chega de viagem com uma boa e uma má notícia. A boa era que o garoto finalmente tinha sido encontrado. A má era que este se recusara a vir para a Inglaterra sem a tia.
Edward bufou e esperneou. Como um fedelho poderia impor sua vontade? Além disso, qual o problema em trazer à tiracolo uma tia velha e solteirona?
Claro que o advogado avisara que a tia era uma liberal e detestava toda a gente nobre. Mas como Edward pensava, todo mundo tinha seu preço, bastava descobrir qual era o dessa tia.
Ele parte para a Escócia e maldiz o advogado por não tê-lo avisado de que a tia se tratava de uma jovem de quase 20 anos lindíssima... e brava como um touro.
Ele a resgata de um pedido de casamento de um vigário chantagista; quase perde um dos dedos com um facão; leva um gancho de direita que poucas mulheres teriam; quase morre envenenado bebendo um whiskey escocês de fundo de quintal... e beija a virgem mais sexy que já vira na vida.
Depois de muito bate boca, Pegeen aceita ir para a Inglaterra com Jeremy, colocando, é claro, uma série de senões.
Devido ao forte inverno, e pelo fato do Solar Rawlings estar localizado praticamente num pântano, a carruagem deles sofre um acidente, tombando, e Pegeen se machuca feio. Ela passa alguns dias de molho, na cama, pela pancada e pela forte gripe, ao ficar exposta tempo demais no frio esperando o resgate. Nesse ínterim, Jeremy arrumava uma série de confusões, quando tratava de mostrar seu ponto de vista à base do murro da cara dos garotos de sua idade.. E Pegeen vistoria o livro de contabilidade da propriedade e descobre que uma certa Lady Arabella Ashbury, casada com o Visconde da propriedade vizinha, na verdade era amante de Edward, e cuidava das contas da casa, fazendo gastos excessivos e inúteis. Preciso dizer que Pegeen já começou seu embate por aí, batendo de frente com a bela nobre de 40 anos?
Edward vê sua vida virar do avesso: um moleque que só a tia conseguia controlar; uma amante fazendo exigências sem sentido; um amigo desde a época da escola em Eton, Alistair Cartwright, que fazia do Solar Rawlings como se fosse sua própria casa; os empregados caindo de amores por Pegee, e esta sabendo conduzir a situação com mãos de ferro, como ela mesmo diz, "pelo bem e bens de Jeremy". Um circo armado!!
Mas mesmo com todo o caos, nada poderia ser mais perfeito.
Edward se descobre fascinado pela jovem 10 anos mais moça que ele, com sangue quente nas veias, com ideias progressistas e com todo o amor do mundo para dar.
Eles se envolvem romanticamente.
Arabella odeia o fato de estar perdendo o amante para uma manceba e a oportunidade de livrar-se dela surge através de Jeremy e seu passado.
Como disse antes, o irmão mais velho de Edward não era nenhum santo. E a irmã de Pegeen, Katherine, não se parecia em nada com a filha de um vigário.
Os dois só queriam saber de farrear e gastar o dinheiro de John Rawlings. Eles se casaram mas tinham uma vida desregrada. Katherine teve o bebê, Jeremy, mas não era exatamente uma mãe dedicada. E ao arrumar um outro amante, decidiu que a criança estaria em melhores mãos na casa do pai, criada por este e pela irmã... de 10 anos.
Desde então, Jeremy era muito mais filho de Pegeen do que fora da mãe biológica. E agora, graças à perfídia de Arabella, toda a sujeira que estava debaixo do tapete é trazida à tona, e Pegeen não poderá mais ficar perto daqueles que ama...
Mais de 400 páginas de humor, segredos, romance e paixão.
Os ingredientes perfeitamente balanceados para se tornar um bestseller: protagonistas lindos que não estão atrás do amor, mas acabam tropeçando nele; mas antes disso ocorrer, eles têm todo tipo de disputa oral. Uma antagonista trapaceira que não mede esforços para não perder aquilo que acha que tem por direito. Um amigo rico, bonachão e bem humorado que contrabalança a malvada. Um núcleo secundário que faz a diferença; E a possibilidade de continuação da história, como realmente ocorre em RETRATO DO MEU CORAÇÃO - a história do duque, Jeremy Rawlings, já adulto.
Um romance para ler de tempos em tempos e se sentir bem ao final. Um típico conto de fadas.
5 ESTRELAS.
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