Maratona Grupo Record: Alicia Thompson - Síndrome Psíquica Grave



Ficha técnica: Síndrome Psíquica Grave (Psych Major Syndrome)
Autora: Alicia Thompson
Editora Galera Record
Lançamento original: 2009
Lançamento BR: 2015
335 páginas
POV: primeira pessoa - Leigh
Gênero: Romance Contemp; Chick Lit; Young-adult

Protagonistas: Leigh Nolan; Andrew Wieland; Nathan McGuire
Local/ano: California; San Francisco; Sedona, Arizona/atual

"A Paciente, Leigh Nolan (essa sou eu), começou seu primeiro ano na Universidade de Stiles. Ela decidiu se formar em psicologia (apesar de seus pais preferirem que ela estudasse tarô, não Manchas de Rorschach).

A Paciente tem a tendência a analisar demais as coisas, especialmente quando isso envolve o sexo oposto. Exemplo: por que Andrew, seu namorado de mais de um ano, nunca a convida para passar a noite com ele e dar o próximo passo no relacionamento — leia-se transar? E por que ela passou a ter sonhos eróticos com Nathan, o colega de quarto de Andrew que tanto a odeia?

Fatos agravantes incluem: outros alunos de psicologia supercompetitivos, uma professora que precisa urgentemente de análise e uma colegial que acha que a Paciente é, em uma palavra, ingênua"


Será este um caso de todo estudante de Psicologia?

Leigh ainda está no primeiro ano de curso e já se descobriu em crise. Ela se pega analisando tudo e todos à sua volta. Mais ainda o seu relacionamento que parece estagnado.
Ao completar as frases de Rotter - livre associação - e mostrá-las para sua amiga de quarto, Ami, que estuda Artes Plásticas, com especialização em Instalações Artísticas, seja lá o que isso quer dizer, ela se dá conta de que não mencionara seu namorado em nenhum momento. Seria isso bom ou ruim? Afinal, ela ERA apaixonada por Andrew, certo?
Mas então, se era, por que ela tinha uma certa fixação pelo colega de quarto dele, Nathan, que mostrava claramente que não ia com a cara dela?

Bom, talvez tenhamos algumas respostas se analisarmos o histórico da personagem. Vejamos...

Leigh estudava Psicologia apesar de seus pais não darem tanta ênfase nisso. Eles são donos de uma pousada esotérica em Sedona, no Arizona. Sua mãe dá aula de dança xamânica e seu pai durante uma semana por ano faz voto de silêncio. Se ela estudasse tarô, para eles daria no mesmo;
Ela tinha um relacionamento há mais de um ano com Andrew Wieland, desde o Ensino Médio, mas ainda não passaram para além da segunda base. Andrew estuda Filosofia e prefere falar sobre Platão do que pegar a mão dela no escurinho do cinema;
Ela tem tendência a humanizar objetos e, com isso, colocar-lhes nomes, como é o caso de seu carro velho caindo aos pedaços cheio de multas de estacionamento do campus, Gretchen;
Ela procrastina tudo até o último....segundo;
Seu radar para identificar gays enrustidos é 100% eficaz;
Não consegue entender a obsessão dos alunos, ainda no primeiro ano, em já definirem qual será seu tema de monografia no último ano!!!;
Tem pensamentos paranóicos em relação a uma colega de classe, Ellen Chandler. Na verdade a competitividade entre as duas é bem grande há bastante tempo.

Aos 18 anos Leigh está bem incomodada do por quê seu namorado ainda não quis transar com ela. Mas quando a oportunidade surge após uma festa na praia, ela cria um obstáculo: ninguém pensou na camisinha (seria isso já uma desculpa criada pelo seu subconsciente para evitar uma situação que ela já sabia não ter futuro?)

Por outro lado, mesmo ela achando que Nathan não ia com a cara dela, por alguma razão eles acabaram criando uma convergência e ficaram juntos numa ocasião em que ela precisou da ajuda de Andrew, mas foi Nathan quem lhe estendeu a mão.

Leigh é divertida; surtada na medida certa; tem as noias que toda garota em sua idade, que sofre de certas inseguranças, tem. Seus pais, mesmo parecendo tão fora dos padrões, lhe dão o apoio que ela precisa e têm o maior orgulho do que ela faz. Mesmo quando ela tira somente o segundo lugar num concurso de redação depois de ter espalhado que tiraria em primeiro.

E no final, toda a sua cisma em relação a Nathan nada mais era do que uma grande mal-entendido - como sempre costuma ser -, e eles se mostraram ter mais em comum do que ela poderia supor.

Talvez Freud não tivesse todas as respostas, mas com certeza o coração de Leigh soube levá-la às perguntas que faziam sentido...



Um stand alone com um ritmo diferente; a linguagem dos personagens também difere das comuns para esse gênero literário. Casual e ao mesmo tempo, divertida. Sem precisar apelar para cenas de sexo, linguagem chula ou cenas exageradas. Uma leitura diferente.
E pra você que quer conhecer a dura rotina de Leigh, eis o book trailer:


4 estrelas

Sobre a autora




*Esta blogueira NÃO tem parceria com a editora Record.

Comentários