ESQUENTA BIENAL | Patricia Cabot - Um Amor Escandaloso



Ficha técnica: Um Amor Escandaloso (A Little Scandal)
Autora: Patricia Cabot
Editora Record
Lançamento original: 2000
Lançamento BR: julho/2015
376 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de Época, Chick Lit, New Adult

Protagonistas: Burke Traherne, 3° Marquês de Wingate, e Srta. Katherine "Kate" Mayhew
Local/ano: Londres, Lynn Regis, Inglaterra/1879


"Quando a bela Kate Mayhew é contratada como dama de companhia de Isabel, filha de Burke Traherne, o marquês de Wingate se vê numa situação complicada. Por um lado, tem consciência de que a Srta. Mayhew é exatamente o que a jovem precisa, mas, ao admiti-la em sua casa, o marquês é obrigado a controlar a atração que sente pela moça. O grande inconveniente é que o cargo que ela ocupa a impede de se tornar uma de suas amantes. E Burke vive sobre o juramento de nunca mais se casar, depois de ter flagrado a ex-esposa num ato de traição.

Já a Srta. Mayhew não consegue parar de pensar em um homem pelo qual jurou nunca se apaixonar, e esconde um escândalo do passado. Ousará a bela moça lutar contra seus desejos e os fantasmas que parecem persegui-la? O homem que frequenta seus sonhos mais despudorados e o que habita seus piores pesadelos aproxima-se cada vez mais, e ela não sabe por quanto tempo mais conseguirá suportar."



Último dos romances de época de Patricia "Meg" Cabot que faltava chegar por aqui. Sorte nossa!!!

Burke tinha 37 anos, era viúvo, extremamente rico e, apesar de não ser considerado de um beleza de revirar os olhos, tinha consciência que seu físico e altura chamavam atenção. Toda essa mistura facilitava e muito quando queria arrumar uma nova amante.
E na verdade ele teria uma com quem se encontrar esta noite, a atriz não tão talentosa assim, Sara Woodhart.

Entretanto, ele não poderia fazer isso porque pela quinta vez nas últimas semanas, a dama de companhia de sua filha rebelde e voluntariosa de 17 anos, Isabel, tinha se demitido. Motivo: a filha dele era impossível.
Isso significava que ele mesmo teria de levá-la ao baile. Claro que seria bem mais fácil se Isabel facilitasse, mas lá estava ele, na frente de sua casa, tentando enfiar uma adolescente escandalosa dentro de uma carruagem.
Uma jovem na idade dela não deveria estar exultante em ir ao baile em sua primeira temporada?
Ah, claro! Não era a ESTE baile que ela queria ir porque lá não estaria o desprezível e endividado jovem Geoffrey Saunders.

Quando finalmente Burke havia jogado sua filha no ombro para colocá-la dentro da carruagem, uma mulher saída sabe-se lá de onde, em meio ao nevoeiro, o ameaçou com a ponta do guarda-chuva enfiada em seu peito. Srta Kate Mayhew.

Kate era governanta e tomava conta dos 4 pestinhas dos Sledges. Ganhava pouco por ano e a casa era terrivelmente fria graças ao mordomo mão-de-vaca em gastar carvão na ala dos empregados. Mas fora o que ela conseguira arranjar depois do último trabalho.

Até que Burke aparece na casa dos Sledges e lhe oferece um salário de 300 libras por ano para ser dama de companhia de sua filha.
A quantia era bem considerável, e Kate precisava dela não somente para si.

Por incrível que pareça a Srta Mayhew parecia ter o dom especial em fazer sua filha ser mais cordata. Burke estava acostumado com o barulho que Isabel fazia. Tudo ela gritava, tudo ela chiava. A casa parecia sempre cheia apenas com sua presença, mas numa noite, a primeira em que Isabel e Kate foram a um baile, ele pôde sentar e aproveitar um bom whiskey e um livro.... E de repente a casa pareceu-lhe silenciosa demais.
E a Srta Mayhew era bonita demais.
Mil questões começaram a pairar em sua mente: será que damas de companhia eram convidadas a dançar? Saberia ela se livrar de um cavalheiro mais insistente? Mas ela era tão baixinha...
Sem conseguir se livrar dos pensamentos inquietantes, ele resolve ir ao baile dar uma conferida.

Kate precisava trabalhar. Um problema do passado envolvendo seus pais acabou por colocá-la em meio a um escândalo e ela perdeu os amigos, a reputação e o dinheiro. Graças a boa educação que recebera pôde se empregar como governanta em casas de pessoas mais afastadas de Londres ou não tão proeminentes.
Trabalhar para o marquês era a primeira vez que a fazia retornar à sociedade que repudiou sua família. Mas ela achava que poucos se lembrariam dela. O problema havia acontecido há sete anos, e os aristocratas não costumavam encarar os empregados.

A única pessoa que ficara como amigo desde aquela época era o Conde Palmer, Frederick Bishop, ou Freddy. Ele insistia que poderia ajudá-la casando-se com ela, que ele era apaixonado, mas a questão era: ela não o amava assim.

E foi exatamente nos braços de Freddy que Burke a pega dançando no baile.

Burke também tinha sua cota de escândalos. Ele era conhecido por ser uma pessoa violenta quando contrariado. Essa fama começou principalmente há 17 anos quando, no baile em que oferecia em sua própria casa, pegou a esposa nos braços de outro. Ele jogou o amante em questão pela janela do segundo andar e mandou a esposa embora. E para completar o escândalo, no dia seguinte foi ao advogado e tornou-se um dos poucos nobres que se divorcia.
A partir daí, naturalmente, jurou não mais casar.

Mas acontece que Kate Mayhew estava mexendo com a cabeça dele. A princípio ele pensa em manter distância, indo ao clube todas as noites, mas quando um determinado acontecimento se dá em sua própria casa, ele não resiste e parte ao ataque. E o mais natural a fazer seria alçar a posição de Kate de dama de companhia à sua nova amante.
Ele só não contava que ela não ia aceitar isso.

E se ele já se sentia mal por ter perdido a dama de companhia para a sua filha... Que diabos! Sejamos sinceros. Ter perdido a futura-ex-amante, saber que sua única filha havia fugido de casa para se casar em Gretna Green não ajudava em nada seu estado lastimável.
E para encontrar Isabel, ele precisaria mais do que nunca de Kate.

Poderia ele aproveitar essa chance para tê-la de volta?



Os romances de época de Patricia Cabot sempre têm uma pegada de comédia com outra sensual.
Burke é um nobre que não liga para as convenções. Não lê as notícias dos jornais, a não ser os esportes, e está acostumado a ver seu nome sendo misturado a algum escândalo, mesmo quando  não de todo verdadeiro.
Ele não sabe quem é Kate Mayhew e se espanta ao notar que sua filha sabia bastante sobre os vizinhos.

As brigas dele com a filha eram famosas. Isabel era tida como rebelde, mimada e voluntariosa. E de certa forma o era. Criada sem a mãe, o pai sempre a relegou mais aos cuidados de babás e depois de damas de companhia por se tratar de uma mocinha.
Agora que ela frequentava sua primeira temporada e já se apaixonara pelo menos 5 vezes, ele estava batendo cabeça tentando mantê-la sob controle, coisa que a Srta Mayhew teve grande facilidade.
Na verdade todos os empregados em sua casa estavam fascinados por ela.
E ele tinha que admitir que ele também estava, mesmo vendo que ela claramente não era do biotipo que normalmente ele procurava numa amante.

Ao inferno com o biotipo! Ela era inteligente, respondia-lhe prontamente sem ter medo e tinha controle sobre sua filha. Isso sem mencionar os tornozelos perfeitos e a boca pequena e altamente beijável.

Ele não poderia se envolver com a dama de companhia de sua filha. E Kate não poderia se envolver com seu patrão, mais ainda porque 300 libras ao ano não cairiam do céu. Mas o que poderia separá-los acaba por uni-los.

Veja bem, ambos eram vítimas de boatos, fofocas, com escândalos no passado. Ambos tinham medo de tomarem certas atitudes e repetirem erros do passado. E sentiam atração um pelo outro de forma estratosférica.
Quando fantasmas do passado voltam a assombrar, eles precisam unir forças para vencê-los e, quem sabe assim, teriam uma chance...

Ritmo perfeito.
Personagens carismáticos, com cenas divertidas.
A trama tem um quê de mistério.
A capa está linda.

Dos livros lançados como Patricia Cabot, de época, apenas um conto ainda não saiu aqui no BR. THE CHRISTMAS CAPTIVE, lançado em 2000, com outras autoras, que faz parte da antologia A SEASON IN THE HIGHLANDS.



Os outros são (Por ordem de lançamento no Brasil):

A Rosa do Inverno - 2008>> resenha

Aprendendo a Seduzir - 2010

Pode Beijar a Noiva - 2011

Liberte Meu Coração - 2011>> resenha

A Dama da Ilha - 2011>> resenha

Retrato do Meu Coração - 2012>> resenha

Proposta Incoveniente - 2014>> resenha


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