Heather Lyons - Royal Marriage Market



Ficha técnica: Royal Marriage Market
Autora: Heather Lyons
Editora Cerulean Books
Lançamento original: 15/dezembro/2015  LANÇAMENTO
Lançamento BR: ainda não
335 páginas
POV: primeira pessoa - Elsa e Christian
Gênero: Romance contemporâneo; Chick Lit; New Adult

Protagonistas: Elsa; Christian; Isabelle; Lukas
Local/ano: Vattenguldia; Norsloe, Aiboland; California; Paris/atual

"A cada década, os monarcas do mundo e seus herdeiros secretamente reunem-se para discutir a política global e questões sociais - e organizar casamentos entre reinos.

Elsa pode ser a Princesa Hereditária de Vattenguldia, mas ela acha toda a situação arcaica e desagradável. Enquanto ela quer o que é melhor para o seu país, ela não está prestes a jogar-se em um relacionamento indesejado - e muito menos num casamento - com um total estranho. 
Claro, seus sentimentos importam pouco a seus pais, cujas conquistas e negociações sobre acordos comerciais e alianças são alcançadas às custas dela no momento em que ela põe os pés na Califórnia para a Cúpula. Assim, quando um belíssimo nobre esbarra nela, ela não hesita em dizer a ele que não há nenhuma maneira  dela se casar com ele.

Christian está muito feliz em concordar: sem casamento. 
Como o Grão-Duque hereditário de Aiboland, seu principal objetivo é passar pela Cúpula  sem nenhuma noiva obrigatória. É por isso que ele sugere que eles ajudem um ao outro, descartando potenciais intenções. 
Quando Christian lentamente começa  a conhecer Elsa, porém, ele percebe que eles têm muito mais em comum do que apenas seus sentimentos sobre o Mercado de  Casamento Real. Só que ele não pode se apaixonar por ela, porque realeza ou não, eles não são feitos um para o outro.

Elsa e Christian terão de avaliar assuntos do coração versus os de Estado e Coroa, e decidirem se querem ou não a tradição dos trunfos do amor."


Um conto de fadas contemporâneo... e cheio de conspirações...

Depois de ler este livro, mesmo sabendo que a Realeza atual esconde muita sujeira debaixo do tapete,  você nunca mais verá os casais Reais da mesma maneira...

Elsa Victoria Evelyn Sofia Marie. Nome grande, não? Até a própria Elsa achava isso. E quando questionada por que tanto nome, sua mãe dizia que era porque um dia ela seria a regente de Vattenguldia.
Ok, mas a irmã dela também era princesa e chamava-se somente Isabelle Madeleine Rose...

Seu pai, Sua Alteza Serena Príncipe Gustav IV, era o atual governante do país. Mas ela, aos 28 anos, já vinha sendo preparada há muito. Estudara na Suíça, formou-se em História Europeia em Oxford e fala cinco idiomas.
Elsa era espirituosa, mas no que dizia respeito a seu país, ela tomava tudo a sério e não era de questionar uma ordem. Mas se havia algo que a incomodava era o chamado Mercado de Casamento Real.

Esse evento que acontecia a cada 10 anos entre os da Realeza - e não era divulgado na mídia - servia para os pertencentes a ela encontrarem-se, para discutirem assuntos políticos e fazerem alianças. Essas alianças se davam, quase em 100% das vezes, com o casamento de seus herdeiros. Por isso, se você fosse um herdeiro acima de 25 anos e ainda solteiro, CUIDADO! Você estava na mira.
E quando Elsa recebe das mãos de Bitter, o secretário particular de seu pai, um convite para comparecer a Cúpula do Decênio, ela já sabia que estava lascada.
Tentou argumentar com o pai falando sobre a possibilidade de terrorismo - quando vários membros da realeza estariam reunidos num mesmo lugar, tornando-os um alvo fácil. Mas seu pai argumentou que a Cúpula acontecia há anos sem nunca ter sofrido qualquer abalo.
Não havia jeito, ela e sua irmã Isabelle estavam obrigadas a comparecer.

Se para Elsa já seria ruim, por ela, assim, perder o direito de escolher seu parceiro, poder se casar por amor, para Isabelle seria muito pior. Ela estava praticamente noiva de seu professor de equitação, Alfons. Mas os pais não sabiam desse relacionamento, apenas Elsa.
E assim, dentro de 3 dias, elas e o pai estariam voando para Hearst Castle, na California.

Se você pensa que só as herdeiras sofrem com isso, ledo engano.
Em Norsloe, Aiboland, Christian e seu irmão mais novo Lukas, foram informados pela mãe, a Grã Duquesa Britta, também conhecida pelos filhos como A LOBA, que eles compareceriam a Cúpula com ela e que ambos estavam sendo "negociados" com reinos distintos.
Christian deveria jogar seu charme para a filha caçula da Casa de Vasa (Vattenguldia), Isabelle, enquanto Lukas deveria mirar uma das primas espanholas distantes, Maria-Elena.

Aos trinta e vinte e nove anos, respectivamente, os herdeiros não gostaram nada de ouvir isso; e não podiam contar sequer com a ajuda do pai, o Príncipe Consorte Andres de la Warren, um duque espanhol, porque ele era exatamente isso, APENAS um consorte (ou sem sorte). Seu casamento foi negociado pelo tio, o Rei espanhol com a Grã Duquesa, mas era a esposa quem mandava no país. Ele que enquanto solteiro era uma figura popular, carismático, rico e com muitas namoradas, acabou tornando-se submisso à esposa, apesar de ter se rebelado no início. Os filhos não sabiam até hoje como ela conseguira isso.

A Grã Duquesa era uma mulher dura, que segurava o poder com garras afiadas e não tinha meias palavras para expressar aos filhos o que ela queria deles: que comprometessem logo as escolhidas levando-as à cama. Uma gravidez antecipada era mais do que bem-vinda. E se o casamento não satisfizesse, após o nascimento do herdeiro, poderiam ir "brincar" em outro lugar com discrição.

Dois pares de príncipes insatisfeitos com seu destino...

Christian sabia que as escolhidas não tinham culpa, por isso, apesar da contrariedade, ele tratava a todas com deferência. Já Elsa usou a estratégia de tornar-se insuportável aos olhos de qualquer candidato, e quando no primeiro dia ela esbarra em Christian num corredor, ela já começa o seu ataque.

Mas logo o pai de Elsa a informa que Christian era o parceiro escolhido para Isabelle; isso queria dizer que ao longo daqueles dias, Elsa e ele estariam próximos.
Para Elsa, o pai escolheu o Príncipe da Casa de Chambéry, Mathieu. Esta casa francesa era 4 vezes mais rica que a de Vasa, mas não possuíam um reino.
Mathieu, ou Mat, era bonito e agradável, mas não causava qualquer arrepio em Elsa. Quem causava era exatamente quem não devia, Christian. E ela já sabia que, assim como ela, ele estava ali obrigado, não queria ser um joguete político na mão da mãe.

Durante os cinco dias da Cúpula, tudo era organizado para que os herdeiros pudessem se conhecer. Estes não tinham qualquer voz de voto em decisões, eram apenas material decorativo e estavam numa "vitrine" para serem avaliados pelos soberanos de outros países e negociados.

Rebeldes como eram, Christian e Elsa acabam se aproximando mais do que deviam, encontrando-se sempre de madrugada para conversarem, o que criou uma ligação entre ambos. Mas eles jamais poderiam ficar juntos. Sendo os dois os herdeiros diretos de seus tronos, não poderia haver disputa ou competição. As alianças teriam de ser feitas com herdeiros secundários, ou, como no caso de Mathieu para ela, alguém sem um reino.

A Cúpula acaba e Elsa é novamente informada que dentro de poucos dias ela viajaria para Paris, para passar uns dias de férias e "coincidentemente" encontraria Mathieu, e se "apaixonariam" em frente à imprensa.
Só que um pouco antes disso, Isabelle, que até então estava sendo cordata, toma uma resolução drástica que afetou o reino e o futuro de Elsa e finalmente as máscaras caíram...


"'É isso que estamos fazendo?
Estamos nos entendendo?'

Nós estávamos nos apaixonando.
Maravilhosa, miserável, trágica e lindamente nos apaixonando.
Ou pelo menos, eu estava.

Mas em lugar disso eu disse
'Mas é claro'"


Que há alianças políticas em casamentos reais não é nenhuma novidade. Quem está acostumado a ler romances de época ou ver filmes sobre, sabe que essa prática remonta há eras.
Com o passar do tempo, em especial na era contemporânea, a Realeza tomou uma proporção diferente aos olhos do povo, e os atuais casamentos, de nobres com plebeus, ajudaram muito isso...

Inglaterra

Dinamarca

Suécia (4° na linha sucessória ao trono)

Espanha


Mônaco


Suécia (herdeira direta)



Mais eis que existem segredos, chantagens, "acidentes", subornos, e tantas outras coisas que ficam difíceis de enumerar.

Elsa e Christian não eram inocentes a esse respeito. Educados desde sempre neste regime, eles sabiam que muito se era feito pelo bem maior da nação. Mas apesar de estarem dispostos a se sacrificarem por isso, não queriam abrir mão de pelo menos uma coisa: a felicidade ao escolherem seus pares.
Os pais de Elsa casaram por causa do Mercado de Casamento Real; os pais de Christian casaram numa aliança feita pelo Rei da Espanha. Os primeiros ainda se davam bem, como um casal de fato, já os pais de Christian mal se toleravam.

Há reviravoltas quando eles descobrem o real motivo da aliança entre Elsa e a Casa de Chambéry. Amigos agem como aliados e os reinos terão que se adaptar a uma nova era.

E você entende perfeitamente que final feliz em realeza, de fato, só nos filmes da Disney...




O ritmo da história é ótimo; a narrativa também.
Os personagens são bem estruturados, engraçados até.
Para quem gosta de se divertir e aprender algo novo, muitas informações subliminares.

Eu não conhecia a autora. Fui convidada a participar de um book tour internacional. Acabei me apaixonando. Claro que o tema ajudou.

Escrito como um stand alone, mas poderia ter um segundo livro. De acordo com o resultado no final do livro, eu ia adorar saber como seria a vida de Lukas a partir dali.
Sem cliffhanger.

5 estrelas

Sobre a autora


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*ARC cedido pela autora em troca de uma resenha de opinião honesta





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