Nora Roberts - Magia do Sangue (Primos O'Dwyer #3)



Ficha técnica: Magia do Sangue (Blood Magick)
Autora: Nora Roberts
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2014
Lançamento BR: 2015
288 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance contemporâneo sobrenatural; Chick Lit; Fantasia; New Adult

Protagonistas: Iona Sheehan; Branna e Connor O'Dwyer; Boyle McGrath; Meara Quinn; Finbar Burke; Brannaugh, Eamon e Teagan
Local/ano: Condado de Mayo, Irlanda/1276;2013

"Há muitos anos, Branna O’Dwyer entregou seu amor a Finbar Burke. No entanto, o romance durou pouco. Uma maldição ligada ao sangue de suas famílias os proibiu de ficar juntos. 
Branna tentou preencher esse vazio com amigos e familiares, mas sabe que, sem Fin, sua vida nunca estará completa. Ele, por sua vez, passou os últimos doze anos viajando pelo mundo, focado exclusivamente no trabalho. 
Atormentados pela forte atração que nem a distância pôde aplacar, nenhum dos dois acha que um dia se entregará de novo ao amor. 
Entretanto, em meio às sombras que ameaçam destruir tudo o que eles consideram mais precioso, esse relacionamento sem futuro pode ser também a última esperança que lhes resta."


Depois de dois ataques fortes desferidos contra Cabhan, era de se esperar que finalmente ele tivesse sido derrotado pelo trio que compunha os poderes da Bruxa da Noite.
Branna, talvez a mais poderosa dos três, com seu jeito extremamente metódico, culpava-se por achar que suas contas equivocadas quanto ao fator tempo/espaço, fizeram com que eles fracassassem mais uma vez.
Cabhan estava escondido. Fraco, apenas uma névoa, mas sua presença poderia ser sentida, principalmente pelo elo que mais estava conectado a ele: seu descendente, Fin Burke.

Fin era amigo dos irmãos O'Dwyer há anos. Ele trabalhava com Boyle, eram sócios, nos estábulos que provinham passeios turísticos pela região. Além disso, também tinha a parte de falcoaria que era praticamente gerenciada por Connor sozinho.
O coração de Fin pertencia a Branna. Eles haviam se apaixonado. Quando ela se entregou a ele aos 18 anos, ele não havia dito a ela de quem ele descendia, mesmo sabendo de quem ELA descendia. Uma semana depois ela descobre porque aparece nele "a marca". Ela ficou magoada; brigaram e separaram-se. A partir dali, ambos estavam amaldiçoados para o amor. 
Fin passou anos viajando pelo mundo. Enriqueceu, teve outras mulheres em sua cama, mas nem uma fagulha do que sentia por Branna se extinguiu.
Além disso, ele fazia parte do "círculo". Com ele, os três bruxos - três é um número forte - teriam uma chance maior em derrotar seu ancestral. Branna tinha certeza disso, porque de tudo que estava escrito no livro de feitiços desde a época de Socha, a única coisa que nenhuma outra geração de bruxos teve foi um descendente de Cabhan como trunfo.

Branna e Fin trabalham arduamente para descobrirem uma maneira de localizarem o bruxo.
Os sonhos que compartilhavam - e neles mais do que apenas viagem astral - eram a porta de entrada para a descoberta de um ponto fraco.

Cabhan ia se recuperando aos poucos. Ele tinha a vantagem de contar com milhares de anos de experiência e observação. Ele ia no ponto fraco de cada um no trio. E ele sabia que entre Branna e Fin havia o amor. Ele atacava quem estava em volta; quem lhes era querido, nunca diretamente.

Numa das viagens astral que fizeram, uma pista. Sacrifício. Se Cabhan começou a ser quem era através de um sacrifício, era mais que certo que outro deveria ser feito.

E depois da vitória, Fin sabia que deveria partir. Mesmo que vencessem Cabhan, ele e Branna jamais poderiam ficar juntos. Mas até lá, eles poderiam aproveitar pelo menos o pouco que a magia lhes permitia...

Condado de Mayo, Irlanda



Neste livro, que fecha a trilogia, o leitor conhece todo o poder que emanava de Socha, a Bruxa da Noite, que deu origem a toda a essa guerra contra Cabhan.
O bruxo que queria o poder dela e a ela; que matou o marido dela; que a fez sacrificar-se em prol de salvar seus filhos ainda meninos.
Pela profecia criada por ela, apenas quando as três partes de seus poderes estivessem vivendo na mesma época, eles poderiam vencer Cabhan.
Muitos O'Dwyer vieram depois, mas apenas na geração de Branna, Connor e Iona eles se encontraram.
Iona era uma prima que vivia nos Estados Unidos, e só foi possível saber sobre essa parte histórica - e mágica - de sua família graças a sua avó (resenha livro #1 aqui). Ao chegar em Mayo, na Irlanda, ela era o elo fraco da vez e Cabhan fez sua investida, mas ela era uma aluna aplicada e os três conseguiram derrotá-lo.

Depois veio a vez de Connor. Sempre soube de seu poder. Tinha como animal guia o falcão, conversava com eles, trabalhava com eles. Era carismático e bonito, dificilmente dormiria sozinho, mas foi com Meara Quinn, uma das guias do estábulo de Boyle e Fin, que ele acabou se apaixonando. Meara sempre soubera do poder dos irmãos O'Dwyer, e claro, não era cega ao charme de Connor, mas ela tinha seus motivos para manter-se afastada... até que não conseguiu mais (resenha livro #2 aqui).

E por último havia Branna. A bruxa que trabalhava com poções e feitiços; que tinha uma loja de produtos naturais no centro da cidade que fazia muito sucesso; que era uma exímia cozinheira; que amava Fin com todas as forças mas não poderia ficar com ele porque o sangue dos dois jamais poderia se misturar.
Socha havia amaldiçoado todos os descendentes de Cabhan, e mesmo que Fin não seguisse os passos de seu antepassado, mesmo que não fosse mau, ele não poderia ficar com Branna.

Mas como sempre dito: "três é um número forte".
Havia 3 vezes três: Branna, Connor e Ione; Meara, Boyle e Fin; Brannaugh, Eamon e Teagan, os filhos diretos de Socha, que apareciam para os seus parentes em sonhos ou, às vezes, quando estavam bem despertos.
Juntos eles conseguiriam; juntos eles eram fortes, mas não contavam que o sacrifício a ser feito seria um preço alto demais a se pagar...



O romance entre o casal da vez, Fin e Branna, é mencionado desde o primeiro livro da trilogia, por isso mesmo este aqui é o que tem a maior carga de emoção.
Além disso, há o fator de que é aqui que tudo termina. Cabhan seria finalmente derrotado, ou ele conseguiria voltar como o fizera na época de Socha?

Prepare-se para se indignar com algumas partes, querer dar um tapa na orelha em certos personagens - por serem cabeças duras - e torcer para que o bem vença o mal.
Mas....... há o sacrifício....

O ritmo da história é um pouco mais lento que o habitual.
Trilogia que une passado e presente. 
Para quem gosta de mitologia e magia, esta é sua trilogia.
E como todo livro da diva Nora Roberts, muito romance.

Grande aprendizado ao longo da leitura dos 3 livros - três é um número forte, lol -, mas este também não faz parte das minhas trilos preferidas.

4,5 estrelas.

*Livro cedido pela editora, em parceria, em troca de uma resenha de opinião honesta.

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