Ficha técnica: The Beast
Autora: J.R.Ward
Editora NAL (no Brasil sairá pela UDL, no segundo semestre)
Lançamento original: 05/abril/2016 LANÇAMENTO
Lançamento BR: a definir
508 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance contemporâneo; Drama; Chick Lit; Fantasia
Protagonistas: Rhage e Mary Madonna Luce
Local/ano: Caldwell/atual
"Nada é como costumava ser para Irmandade da Adaga Negra. Depois de evitar a guerra com Os Sombras, as alianças mudaram e as linhas foram definidas. Os assassinos da Sociedade Lesser são mais fortes do que nunca, aproveitando-se da fraqueza humana para adquirir mais dinheiro, mais armas, mais poder. Mas, como a Irmandade se prepara para um ataque externo, ela precisa se preparar para uma das lutas mais difíceis: uma batalha dentro de si mesma...
Para Rhage, o irmão com os maiores apetites, mas também o maior coração, a vida era para ser perfeita, ou pelo menos, perfeitamente agradável. Mary, sua amada shellan, está ao seu lado e seu Rei e seus irmãos estão prosperando. Mas Rhage não pode compreender - ou controlar - o pânico e a insegurança que o afligem ...
E isso assusta-o, bem como o distancia de sua companheira. Depois de sofrer ferimentos mortais em batalha, Rhage deve reavaliar as suas prioridades - e a resposta, quando se trata dele, abala seu mundo... e de Mary. Mary, porém, está em sua própria jornada, que pode tanto aproximá-los quanto causar uma divisão irreparável ..."
Continuação da série Irmandade da Adaga Negra, e do casal Rhage e Mary, do livro #2 AMANTE ETERNO.
capa britânica
Esta resenha vai ficar um pouquinho diferente da usual porque não quero passar spoiler...
Escola Brownswick para Garotas. Aquela mesma usada na gravação da Sociedade dos Poetas Mortos. Estava fechada. Abandonada. Depredada. Exceto que agora ela era o dormitório de vários lessers. E Assail, o novo traficante de Caldwell, vampiro, estava ajudando a Irmandade ao ter entregue este local para eles.
Ele mesmo estava lá, junto com seus primos gêmeos, Ehric e Evale.
Todos os irmãos estavam lá, com exceção do Rei.
Nesta primeira cena, uma confusão. V queria que um dos guerreiros fosse para casa porque ele havia tido a visão de que aquele Irmão morreria aquela noite. E conhecendo as visões de V, é certo achar que ele quase nunca erra...
Apesar da Irmandade ter matado um número considerável de lessers, a confusão armada foi muito maior do que a satisfação da matança. E pior, com a tecnologia dos aparelhos móveis, V tem trabalho dobrado em vigiar que nenhuma das batalhas deles caia na rede.
Enquanto isso, outros acontecimentos permeiam os Irmãos e suas famílias.
Layla está na reta final da gravidez. Gêmeos. Um casal. O indicado é que ela passe boa parte do tempo na cama, levantando-se a cada 12h para esticar as pernas ou fazer suas necessidades. Ela fica o tempo todo num dos quartos da enfermaria porque Dra. Jane acha mais fácil ter todos os instrumentos à mão para uma emergência.
Todos os Irmãos já estão de sobreaviso sobre a necessidade de aparecerem rápido caso ela entre em trabalho de parto porque irá precisar de grande quantidade de sangue para se alimentar.
Assail, que está se tornando seu principal cliente em consumo de coca, está bem avançado em seu vício, e os sintomas são claros quando ele entra em quadro de abstinência. Ainda nutre uma paixão por Sola, mas mostra-se extremamente útil ao Rei quando se alia a ele para tentar descobrir o que a Glymera anda aprontando ultimamente.
Os Bastardos aparecem também e algo sério acontece com Xcor, assim como uma revelação bombástica sobre seu passado que pode mudar o rumo de muita coisa, especialmente o provável relacionamento dele com Layla.
Sobre as gravações de humanos, mencionado acima, isso pode causar ainda uma certa confusão. Quando uma secretára, amiga de um rapaz que fez o video, resolve investigar o que ele havia feito, isso a leva mais próxima à Irmandade do que o esperado. Outra bomba.
Lassiter continua doido e seu alvo principal costuma ser V, mas desta vez por conta de um infeliz acidente que ocorre com Rhage, o anjo caído resolve aprontar todas. E pior, com a ajuda dos outros Irmãos.
Mas vamos ao casal que é a bola da vez, Rhage e Mary...
**Suspirando**
Desde o livros d'OS SOMBRAS, Rhage vem agindo de forma estranha. Com o ocorrido no final daquele livro (estou tentando não dar muito spoiler), que mexeu com todos na Mansão, Rhage se sentiu estranho ao perceber que ele conseguira uma graça da Virgem Escriba quando outras duas pessoas que ele preza não conseguiram.
No livro BLOOD KISS (nova série da autora mas com os mesmos personagens), ele também aparece bastante como um dos instrutores da nova turma e também mostra parte de seu desconforto. Logicamente aqui toda a sua problemática vem com força total.
Ele e Mary já estão juntos há alguns anos e para quem leu o livro deles, AMANTE ETERNO, sabe que só puderam ficar juntos porque ele barganhou com a V.E. a vida da amada. Ele manteria a Fera que carrega dentro de si para sempre em troca de Mary se curar do câncer. Como a V.E. acredita que deve haver um equilíbrio no Universo, ou seja, para conseguir algo você deve abrir mão de algo, o trato era que Mary seria curada mas nunca mais teria contato com Rhage. Na realidade a memória dela seria apagada.
Mas uma informação foi deixada de fora. Apesar de ficar curada da doença, Mary não podia ter filhos devido a quantidade de quimio e radioterapia que ela recebeu na primeira vez que teve câncer. Devido a isso, a V.E. achou que o abrir mão de algo já havia sido feito,e assim, eles puderam ficar juntos.
Anos depois, felizes vivendo na Mansão, outros casais começam a aumentar suas famílias. Primeiro Z e Bella têm Nalla, depois, Wrath e Beth têm o pequeno Wrath, e logo, Qhuinn e Layla teriam os gêmeos. Com toda essa agitação de criança correndo pela casa, Rhage sabe que isso nunca poderia acontecer com eles.
Ele não quer e nem vai abrir mão da mulher que ama, sua shellan, e se sente egoísta por pensar que não terão isso.
No mesmo momento, Mary, dedicada terapeuta do Lar Seguro, está às voltas com uma nova criança órfã que está encontrando dificuldade de socialização.
A menina e a mãe sofreram terríveis maus tratos do pai/marido até que finalmente foram resgatadas pelos Irmãos. Ao longo dos anos foram muitas torções e ossos quebrados em segredo até que chegou um dia que a menina, Bitty, ficou machucada além do ponto que a mãe pudesse ajudar. Com a morte da mãe, Bitty estava sozinha. Ela acreditava que um tio iria aparecer para buscá-la, mas primeiro precisavam localizá-lo porque ele não morava em Caldwell.
Mary se envolve mais do que deveria, o que preocupa Marissa, a responsável pelo local.
Com o desejo de ajudar a menina, Mary acha que levá-la para fazer coisas normais de uma criança da idade dela poderia fazê-la se abrir mais, e é aí que entra todo o charme de Rhage. Não importa a idade, não há mulher que resista à sua beleza, seu charme ou sua loucura.
O casal precisava aparar as arestas em seu relacionamento enquanto se viam em meio a guerra contra os lessers e também a Glymera (sim, porque apesar de agora Wrath ser um rei escolhido pelo povo, a Glymera ainda se acha no direito de querer tirá-lo do poder).
O amor deles é enorme mas o silêncio e a distância que estavam mantendo um do outro poderia quebrar o que eles tinham de mais precioso...para sempre...
Tia Ward resolveu voltar às origens trazendo novas histórias com os guerreiros já conhecidos. Enquanto na nova série, ela pode focar em novos personagens.
Pra começar, já inicia a leitura com uma caixa de lenços ao lado porque o babado é tenso. Como o dilema de Rhage já vem se arrastando há pelo menos 2 livros, esse começa com força total e parece que a autora anda em sua fase Grim Reaper (ceifadora), ou seja, livro sem morte, nem pensar!
Mary é uma personagem que não causou muita simpatia em seu primeiro livro, eu não sei por quê. Ela não é vampira como Beth, Bella e Marissa, nem nunca vai se tornar, como aconteceu com Butch. Ela ganhou uma quase-imortalidade por conta da barganha, com direito a escolher quando irá para o Fade (o equivalente ao céu ou paraíso deles), o que deve acontecer quando o seu amado for.
Ela não deve nada a Wrath; como não é vampira, ele não é o rei dela, mas ainda assim ela respeita as leis do mundo em que vive e trata Wrath e Beth com toda a deferência da posição que ocupam.
Ela trabalha para ajudar outros. Em sua primeira aparição, ela foi apresentada à Irmandade porque foi ser a intérprete de Linguagem de Sinais para John Matthew, e ela na época tinha um trabalho voluntário no estilo CVV, ajudar por telefone possíveis suicidas. Depois que casou com Rhage, ela conseguiu seu diploma de terapeuta e não só ajudava os Irmãos em relação aos fantasmas que eles carregavam, como foi o caso de Z (e também o ensinou a ler), como as mulheres do Lar Seguro, um local para ajudar mulheres vampiras vítimas de abusos de seus companheiros.
E além de tudo, ela é uma pessoa que em tempos de crise, quando todos já estão na fase de desistência, aparece com boas ideias. Afinal, quando o próprio Rei ainda estava na fase da negação sobre sua cegueira total, ela foi a única que o enfrentou e trouxe George para ser o cão-guia dele.
Neste livro aqui, mais uma vez ela se mostra forte e consegue salvar o dia.
Ah! E não esqueça que a Fera que Rhage carrega dentro de si SÓ ouve a ela, com olhos de adoração.
Sim, sou fãzoca dela, reconheço.
Sobre o problema ter ou não ter filhos, isso é um assunto que mais cedo ou mais tarde viria à baila. O que todos esperavam era que isso partiria dela, já que o lugar comum é que a mulher sofra do famoso relógio bioógico do instinto materno, mas acaba que vem dele. Como resolver? Com mimimi? Com ela abandonando-o para dar espaço a outra mulher de dar a ele um filho biológico? Ceder espaço para uma Escolhida bancar a barriga de aluguel? São várias as opções, mas a que deixaria o leitor mais confortável seria a adoção. Mas adotar uma crança vampiro? Difícil conseguir uma...
Só não se engane que este seja o único dilema do livro. Com as novas bombas que a autora revela neste aqui é mais que certo que a série não irá acabar tão cedo. Tem um certo vampiro no passado que adorava espalhar sua semente por aí e parece que novos irmãos vão surgir.
Como pelo menos a autora gosta de terminar o livro com algum evento feliz, tem isso aqui também.
E eu ainda estou na espera de quando ela vai arrumar alguém legal para ficar com o advogado Saxton...
Sobre Lassiter...
Continua doido, implicante, viciado em TV, e quando você vir esse trio, acredite, ele aprontou mais uma...
Mas também, num certo momento muito rápido, ele mostra uma certa vulnerabilidade e a gente fica se perguntando quando a história dele será contada dentro da Irmandade. E ele mostra saber sobre mais coisas a respeito do futuro do que gosta de admitir.
As cenas do livro são bem equilibradas. Tem as de ação, as emotivas, as românticas, as que cortam o coração, as que te deixam com o coração a mil, as felizes e aquelas que dão vontade de matar alguém.
Poderia ter sido melhor? Creio que sim, mas não decepcionou de todo.
E quanto a Bitty, a menina órfã, e sua idade não tão pouca assim, acredito que a autora já esteja pensando numa possível parceria dela com alguém importante lá na frente. É esperar para ver.
Bom ritmo, personagens mais que conhecidos, cenas bem descritas, muitos ganchos para vários livros, mas sem cliffhanger quanto ao casal principal.
E agora é esperar o evento en Cincinatti quando a autora vai revelar de quem será o livro de 2017.
4,5 estrelas.
Adorei a resenha, ansiosa pra ler o livro, sabe a data de lançamento no Brasil? Procuro e não acho 😞
ResponderExcluirOi, Obrigada.
ExcluirJá está em pré-venda. A data de lançamento será na bienal de SP, 26 de agosto/16.
Maravilha!!! Adorooo esse Loirão do Rhage :D
ResponderExcluir