As regras de etiqueta em qualquer época dos romances de época/históricos que costumamos ler, deveriam ser obedecidas em sua totalidade. Isso valia para homens e mulheres.
Os homens poderiam ir para Eton e Cambridge/Oxford estudarem uma profissão, mas as jovens damas iam para as Escolas de Moças aprenderem a ser uma Dama, no sentido mais completo da palavra.
Entretanto, nos atuais romances de época, apesar da exaustiva pesquisa feita pelas autoras, muitas das regras são burladas exatamente para dar o ar 'libertino' em relação aos cavalheiros ou o ar 'emancipado' em relação as damas. Afinal, para aquelas cuja idade de casar já havia passado faz tempo, elas precisavam tomar o destino de suas vidas pelas próprias mãos e saírem "caçando" um marido.
Aqui, listamos algumas, indicando alguns livros atuais que citam a regra.
Outras tantas são mencionadas (ou desobedecidas) em quase todos os livros:
=> Na apresentação de uma jovem à Corte, a dama era obrigada a usar, pelo menos, sete plumas em seu penteado. Ela poderia ostentar mais plumas, mas não menos do que sete. (livro A Última Carta, de Carla Laurentino)
=> Antes de um cavalheiro convidar uma dama para dançar, ele devia ser oficialmente apresentado através da acompanhante dela ou da anfitriã da festa.
=> Em 1818, The Lady’s Magazine avisou às inocentes jovens beldades dos perigos da valsa. Afinal, é preciso cuidado com os perigos de despertar as paixões “selvagens” de um cavalheiro (livro Ligeiramente Seduzidos, de Mary Balogh).
=> Cortejar uma jovem dama significava fazer uma visita formal, o que, considerando sua brevidade segundo as regras (não mais do que vinte minutos), tornou-se o precursor para acelerar o namoro.
=> Uma vez que um cavalheiro proponha casamento a uma dama, ele estava preso pela palavra, a menos que ele conseguisse convencê-la a, de alguma forma, “dar o fora” nele.
=> Um cavalheiro não poderia avançar na corte a uma dama sem a autorização expressa do pai ou responsável dela.
=> Anéis de noivado masculinos não eram comuns. No entanto, a dama poderia dar a seu noivo um retrato em miniatura de si mesma ou uma mecha de seu cabelo.
=> Casamentos aconteciam no horário entre as oito da manhã e meio-dia. Havia um padrinho de casamento, entretanto este nome (em inglês chamado ‘best man’) só passou a ser usado depois da era vitoriana, assim como 'damas de honra'.
=> Os noivos não se beijavam ao término da cerimônia (este item acaba não acontecendo em vários dos livros, que vão desde os beijos castos até os mais avassaladores - livros Whitney, Meu Amor e Agora e Sempre, ambos de Judith McNaught).
=> Um café da manhã de núpcias vinha após a cerimônia e incluía um bolo (embora não seja chamado de bolo de casamento até a era vitoriana). O bolo poderia ser coberto com glacê marzipan e embebido com conhaque (talvez para acalmar os nervos da noiva virginal).
=> Muitas vezes uma irmã ou amiga acompanhava os recém-casados em lua de mel.
=> Uma dama elegante (e possuidora de riqueza) teria vestidos para andar de carruagem, ir a eventos na Corte, atender a jantares, ópera, passeios, teatro, caminhadas, festas no jardim, vestidos da manhã, além de uma variedade de vestidos de baile.
=> Damas utilizavam seus leques não apenas para se refrescar em salões lotados. Elas os usavam para se comunicar e flertar (livro A Promessa da Rosa de Babi A. Sette e How to Marry a Duke de Vicky Dreiling)
*Fonte >> site da autora Vicky Dreiling; Etiquipedia Blog.
Gravuras >> Google
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