Loretta Chase - Sedução da Seda (As Modistas #1)



Ficha técnica: Sedução da Seda (Silk is for Seduction)
Autora: Loretta Chase
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2011
Lançamento BR: maio/2016
304 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit

Protagonistas: Marcelline Noirot; Clara Fairfax; Gervaise Angier, 7° Duque de Clevedon
Local/ano: Paris; Londres/1835

"Talentosa e ambiciosa, a modista Marcelline Noirot é a mais velha das três irmãs proprietárias de um refinado ateliê londrino. E só mesmo seu requinte impecável pode salvar a dama mais malvestida da cidade: lady Clara Fairfax, futura noiva do duque de Clevedon.

Tornar-se a modista de lady Clara significa prestígio instantâneo. Mas, para alcançar esse objetivo, Marcelline primeiro deve convencer o próprio Clevedon, um homem cuja fama de imoralidade é quase tão grande quanto sua fortuna.

O duque se considera um especialista na arte da sedução, mas madame Noirot também tem suas cartas na manga e não hesitará em usá-las. Contudo, o que se inicia como um flerte por interesse pode se tornar uma paixão ardente. E Londres talvez seja pequena demais para conter essas chamas."


A melhor modista de Londres, quiçá do mundo. Era assim que Marcelline Noirot se via, e isso não era bravata. Ela realmente sabia transformar qualquer Patinho Feio num belo Cisne. Exatamente por isso ela achava um desperdício ver a futura duquesa de Clevedon vestir roupas que não lhe caíam bem.

Clara Fairfax, a tal futura duquesa em questão, sequer sabia de todo o plano que estava sendo bolado para que seu guarda-roupa passasse por uma mudança drástica.
Ah! Mas isso estava mais do que bem definido na cabeça das irmãs Noirot.
Quem eram elas?

Bem, para entender melhor essas três figuras - Marcelline, Sophia e Leonie - é necessário voltar a 1810, ano em que os pais delas se casaram.
Sr. Edward Noirot tentou dar o golpe na herdeira Srta Catherine DeLucey. Fugiram para Gretna Green muito apaixonados, para, na noite de núpcias, descobrirem que os dois eram uns falidos. Sim, Catherine também tentou dar um golpe achando-o herdeiro. Após muito gargalharem, decidiram que combinavam aos montes e ficaram juntos dando golpes nos outros.
Desse casamento nasceram as 3 filhas que, com o tempo, tornaram-se um estorvo aos pais golpistas e foram deixadas a cargo de uma tia.
Essa tia ensinou às meninas uma profissão: desenharem roupas e costurarem.

Quando, anos à frente, uma onda de cólera assolou a cidade matando vários, inclusive o marido de Marcelline e quase leva sua filha, esta decidiu ir para Londres com as irmãs e criaram a Maison Noirot.
Mas elas precisavam de clientes de renome.

Elas tinham uma forte concorrente, a Sra Hortence Downes, cuja loja as Noirot chamavam de TRAPOS.

Na cabeça delas o plano era simples: trazer a futura-quase-100%-certo duquesa de Clevedon para sua cartela de clientes e todas as outras mulheres a seguiriam. Mas para isso, Marcelline teria de convencer quem pagaria as contas da duquesa, a saber, o duque. E por isso, ela parte para Paris.

Clevedon estava vivendo seus últimos meses de liberdade antes de finalmente pedir Clara Fairfax em casamento.
Ele era amigo da família há anos; o irmão dela, Harry, o conde de Longmore, era super amigo, até mesmo viajaram para Paris juntos. Mas Harry decidiu voltar para casa, enquanto Clevedon quis ficar mais uns dias. Isso porque ele estava de olho em Madame St. Pierre. Ele iria sossegar com Clara, mas enquanto estava solteiro continuava correndo atrás de outras.

Na noite em que foi ao teatro, pronto para dar seu ataque final a St. Pierre, ele nota em outro camarote uma morena que lhe roubou o fôlego e desviou sua atenção para ela, indo até lá para ser apresentado na hora do intervalo.

Marcelline desde o início jogou limpo com ele. Todo o seu charme foi usado para mostrar a ele o quanto uma roupa pode fazer a diferença numa mulher - coisa que ele antes nunca havia reparado; no quanto Clara não se vestia com roupas que a favoreciam - e que ela estava ali para convencê-lo a mudar a modista de sua duquesa.

Isso tudo deixou Clevedon louco. Por mais que ele quisesse fugir de Marcelline, ela estava ali, assombrando seus pensamentos, e ele acabava fazendo exatamente o contrário: corria para os braços dela.
Por duas vezes eles quase chegam às vias de fato de tão latente era a atração que sentiam.

Ao perder uma aposta para ela, ele levou-a a um baile, em Paris, exclusivíssimo, e o que era para ser um escândalo, acaba por se tornar a sensação da noite, assim como o modelo exclusivo que Marcelline vestia.

Ela decide fugir dele e voltar para Londres. Mas essa fuga tornou-se mais um encontro dos dois porque ele foi atrás dela.

Em Londres, as fofocas pululavam. Seria ela a amante do Duque de Clevedon? Teria ela tentado o suicídio para obrigá-lo a levá-la ao tal baile exclusivo?
O que poderia ser uma propaganda negativa, torna-se íma às outras mulheres, em especial para Clara Fairfax, que torna-se cliente da Maison.

No entanto, havia um outro problema mais difícil de resolver: o que de fato havia entre Clevedon e Marcelline.
Ele deveria pedir Clara em casamento. Ele a amava desde sempre; ela daria uma excelente duquesa; ele meio que já tinha um compromisso com ela; o irmão dela era seu melhor amigo e iria matá-lo se ele desse para trás!! Mas havia Marcelline. E seu jeito corajoso e irreverente. E seus modelos que faziam-na parecer uma rainha altiva. E sua filha de 6 anos que era tão manipuladora e encantadora quanto a mãe...  Com qual delas ficar?

Já Marcelline sabia do seu lugar. Ela era uma operária; viúva, tinha uma filha e duas irmãs para manter. O seu ofício era uma arte e ela não queria abandoná-lo. Além de tudo isso, havia o seu passado. Como a filha de dois golpistas seria aceita numa sociedade que vive de aparências?

E é daí que surge a Lady Errol, princesa da Albânia...




Dois personagens principais fortes, muito fortes.
Em nenhum momento eles entram no jogo para perder. Cada um sabia do que era capaz, mas não esperavam que o desejo fosse tomar aquela proporção.
Marcelline sabia que com sua beleza, elegância e o vestido certo, ela conseguiria chamar atenção do duque.
O duque, mesmo com todo mundo sabendo de seu quase-compromisso com Clara Fairfax, saiu para seu grand tour a fim de aproveitar a vida - significando dormir com o maior número de mulheres que conseguisse seduzir.

Marcelline e Clevedon apostam cada vez mais alto até que não conseguem mais resistir. A resposta seria ou sucumbir ao desejo ou a separação. Marcelline optou por se afastar, mas Clevedon foi atrás dela.
E em Londres, mesmo com todo o mexerico, mesmo com Clara e Longmore por perto, Clevedon ainda não resistia a ela.

Deram margem às fofocas.
Sophia, a irmã chegada num drama e ótima com as palavras, transformava cada fofoca numa mina de dinheiro, quando, com a ajuda de um amigo repórter, chamava atenção ao acontecimento pontuando a importância do vestuário no ocorrido.

Não tem como o leitor ficar apático a tudo isso. O que acontece na próxima página? Como eles vão sair dessa enrascada? E por aí vai.

Os personagens secundários também são importantes.
Do triângulo amoroso daqui, ficamos querendo saber o que ocorrerá com Clara. E ainda tem o irmão dela que acaba por se deixar impressionar por uma das irmãs Noirot.
E claro, a pequena Lucie Noirot, que mesmo aos 6 anos, sabe como levar outros a quererem conhecer a Maison da mãe, graças a Susannah.

Quem é Susannah? O que faz a princesa da Albânia para virar esse jogo? LEIA!!

Ritmo maravilhoso. Sem cliffhanger. Trecho do próximo livro.
Mas quero pontuar uma outra coisa: a pesquisa. Fiquei absolutamente extasiada com as informações passadas pela autora. Você percebe que ela realmente se debruçou sobre o assunto. Panos, modelos, cores, material, tudo é mencionado quase que em detalhes, de uma maneira que não enjoa, e informa.
No fim do livro a autora agradece às pessoas que a ajudaram nesse quesito.

Sobre os próximos livros, a editora já disponibilizou as capas:



#2 - Escândalo de Cetim > Sophia Noirot
#3 - Volúpa de Veludo > Leonie Noirot
#4 - Romance entre Rendas > ????  surpresa!!!!






*Livro cedido pela editora, em parceria, em troca de uma resenha de opinião honesta.

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