Mary Balogh - Ligeiramente Pecaminosos (Bedwyns #5)



Ficha técnica: Ligeiramente Pecaminosos (Slightly Sinful)
Autora: Mary Balogh
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2004
Lançamento BR: 2016
272 páginas
23 capítulos
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit

Protagonistas: Alleyne Bedwyn - Jonathan Smith; Rachel York
Local/ano: Bruxelas; Londres; Bath/cerca de 1815

"Em meio à Batalha de Waterloo, lorde Alleyne Bedwyn é ferido e dado como morto pela família. Ao acordar, ele se vê no quarto de um bordel sem lembrar quem é ou como foi parar ali. Sua única certeza é que deseja conquistar o coração do anjo que cuida dele todo dia.

Contudo, assim como ele, Rachel York não é quem parece. Depois de enfrentar uma situação difícil, que a levou a viver numa casa de pecados, agora a bela e inteligente jovem precisa recuperar seu dinheiro e as economias das amigas prostitutas, roubados por um falso clérigo. E o belo soldado de quem vem cuidando parece perfeito para se passar por seu marido e ajudá-la em seus planos.

Porém, apesar de ter perdido a memória, Alleyne não perdeu nada de sua sedução. De volta a Londres, os dois se envolvem em um escândalo pecaminoso e, a cada beijo, esquecem que seu relacionamento é apenas uma farsa e ficam mais perto de se entregar à paixão."



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Alleyne Bedwyn, dado como morto pelos familiares, estava vivo.
Não sendo o filho mais velho, e herdeiro do título; não se vendo como clérigo ou até mesmo como um soldado, como seu irmão Aidan - apesar de admirá-los -, Alleyne estava perdido quanto a seu futuro.
Ele tinha dinheiro mais do que suficiente para viver, mas nenhum propósito na vida. Por isso, ele foi trabalhar na guerra como uma espécie de diplomata. Foi nessa ocasião, em pleno bombardeio, quando tinha a missão de levar uma carta e esperar resposta, que ele foi atingido na perna por um tiro. Com a dor lancinante, ele acaba por cair do cavalo - mesmo sendo um exímio cavaleiro - e bate com a cabeça.

Horas mais tarde, ele é encontrado por uma dama que, gritando por socorro e pedindo ajuda a seu "marido", consegue levá-lo para a casa dela e tratar dele. Quando ele finalmente volta a si, descobre que havia perdido a memória.

Rachel York, 22 anos, havia se apaixonado pelo homem errado. Morando com sua antiga ama, Bridget Clover, e as três amigas desta, ela apresenta a estas o homem de seus sonhos, o reverendo Nigel Crawley que na verdade era um farsante que rouba todas as economias delas.
As 4, na verdade, eram prostitutas. Aquele dinheiro era todo o ganho delas por um longo período. Tinham o plano de voltar a Londres e abrirem uma pensão, de respeito, para damas. Mas agora, elas só pensavam em arrumar um jeito de irem atrás do ladrão e dar-lhe uma boa lição.

Mas Rachel que havia saído com elas para saquear militares mortos - veja só a situação em que se encontravam -, acaba por trazer mais duas bocas para alimentar: a de Alleyne e do Sargento William Strickland, que havia perdido um dos olhos na batalha e logicamente não poderia voltar ao seu regimento.

Nem é preciso dizer que Alleyne fica totalmente encantado por Rachel, mesmo a princípio achando que ela pudesse ser prostituta também. Mas logo o engano é esclarecido e ele fica sabendo por que ela estava morando ali.
Rachel tinha como único parente um tio rico, Barão Weston, que era o guardião de umas joias que Rachel havia herdado mas só poderia tê-las a partir dos 25 anos ou se casasse antes disso.
Alleyne - a esta altura estava sendo chamado de Jonathan Smith - e Rachel já haviam ficado uma noite juntos. Ele, então, propõe a ela que finjam um casamento para que ela pegue as joias e pague às amigas pelo dinheiro roubado por Crawley.
Com a pouca economia do sargento, seguem à casa do tio.
Lá, eles percebem que o tio doente, estava sendo tratado não da forma correta pelos empregados, afinal, não havia ninguém para vistoriar.
As 4 amigas arregaçam as mangas e começam a pôr ordem no lugar, assim como o sargento que toma conta dos estábulos. Jonathan e Rachel eram o casalzinho da vez.
O tio resolve oferecer um baile à comunidade para apresentar a sobrinha e seu marido.

Rachel fica nervosa com toda essa possibilidade e resolve contar a verdade ao tio. Este também confessa não ser mais o detentor das joias, pois, estas haviam sido roubadas por ninguém menos que Crawley.
Descobrem o paradeiro do ladrão, em Bath, e vão atrás dele mais uma vez, custeados pelo tio dela.
Em Bath, lugar onde os Bedwyns são conhecidos (lembra-se do escândalo de Freyja?), este sobrenome é mencionado e tudo começa a vir à baila. Mas a grande verdade era que Alleyne ainda não sentia que sua memória estava de volta e talvez ele tivesse que ter uma meia-vida, sem realmente saber quem era e vivendo com uma família desconhecida.

Vendo-se apaixonado por Rachel, como ele poderia oferecer a ela um sobrenome, proteção e uma família se nem ele mesmo sabia quem era?




De todos os livros da série, até o momento, este foi o que menos que arrebatou. Acredito que foi por um motivo muito simples: a ausência da família Bedwyn e suas confusões.
O enredo, apesar de muito utilizado na literatura - o de alguém com amnésia, para mim nem sempre é bem-vindo. Fico imaginando o desespero de uma pessoa vivendo num vácuo sem fim...

A protagonista Rachel não é de todo ruim, mas em alguns momentos ela se mostrou infantil demais, dando uns ataques, quando na verdade tudo que todos estavam fazendo era para ajudá-la a se aproximar de seu tio, único parente vivo. Mais adiante, ela começa a agir melhor.
Alleyne, por sua vez, mesmo sem se lembrar quem era, ainda era o perfeito cavalheiro que havia sido criado. Seus modos e jeito de falar logo o denunciaram como sendo um cavalheiro. Mais tarde, mesmo quando a família é linkada a ele mas ele ainda não consegue se recordar, o desespero dele é palpável, ao pensar como seria viver a em meio a "estranhos".

Os personagens secundários são bem interessantes, as quatro amigas prostitutas e suas atitudes, quando resolvem administrar a propriedade do tio de Rachel, são até engraçadas.

Melhor cena do livro: o reencontro de Alleyne e seus irmãos, em especial de Wulfric. Vale a pena a espera.

Ritmo bom. Sem cliffhanger.
Só restando mais um livro, o do duque - com capa revelada na contracapa deste livro -, ficamos aguardando a história do sisudo, misterioso, prepotente, poderoso e charmoso Wulfric Bedwyn, para 2017.
4 estrelas.

*Livro cedido pela editora, em troca de uma resenha de opinião honesta
Gravura > autor desconhecido > Google.

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