Ficha técnica: Luz & Sombra
Autora: Anaté Merger
Editora: Leque Rosa (Bezz)
Lançamento: janeiro/2017
409 páginas
Prólogo+50 capítulos+Epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit; Drama
Protagonistas: Virgílio; Olívia Antunes; Olympia Antunes; Luiz Batista, Marquês de Belavista
Local/ano: Rio de Janeiro/atual e 1873
"Virgílio é um engenheiro carioca, entediado, taciturno, que nunca amou ninguém e tem na restauração das antigas fazendas de café a sua única paixão.
Ao estar prestes a adquirir mais um imóvel para ser restaurado, ele se depara com um quadro cuja figura, até então sem nome, lhe assombrava os sonhos : Olympia, filha de um barão, em um quadro do século XIX. O olhar azulado da moça o atrai de uma maneira obsessiva e aos poucos ele se envolve numa trama cada vez mais absurda, com joias misteriosas e uma inusitada carta.
Ao tentar descobrir o que as linhas amareladas escondem, Virgílio se encontra em um emaranhado de artimanhas e chantagens, amor e ódio, onde o ontem e o amanhã se confundem durante um cruzeiro pelo Atlântico no ano de 1873 e o poder da luz sobre as sombras surge nos lugares, nas pessoas e nas atitudes mais improváveis."
Ao estar prestes a adquirir mais um imóvel para ser restaurado, ele se depara com um quadro cuja figura, até então sem nome, lhe assombrava os sonhos : Olympia, filha de um barão, em um quadro do século XIX. O olhar azulado da moça o atrai de uma maneira obsessiva e aos poucos ele se envolve numa trama cada vez mais absurda, com joias misteriosas e uma inusitada carta.
Ao tentar descobrir o que as linhas amareladas escondem, Virgílio se encontra em um emaranhado de artimanhas e chantagens, amor e ódio, onde o ontem e o amanhã se confundem durante um cruzeiro pelo Atlântico no ano de 1873 e o poder da luz sobre as sombras surge nos lugares, nas pessoas e nas atitudes mais improváveis."
Desde que seu pai tivera um AVC, quando Virgílio ainda estava na faculdade de Engenharia, ele ficou com a responsabilidade de alavancar a empresa. E ele conseguiu.
Anos mais tarde, a empresa era uma referência em compra, reforma e venda de antigas propriedades.
Com sua namorada de um relacionamento de 4 anos, Clara, ele decidiu viajar para o Vale da Paraíba para conhecer uma pousada que estava à venda.
Este relacionamento deles seria um capítulo à parte.
Há algum tempo, precisamente desde que sofrera um acidente no barco do casamento de um amigo, Virgílio parecia não ser mais a mesma pessoa. Ele e Clara não tinham mais nada em comum, e mesmo o sexo, que com ela poderia ser classificado como do tipo selvagem, topa qualquer parada, já não trazia real satisfação a ele.
De verdade, ele vinha tendo sérios problemas quando dormia, porque seus sonhos eram povoados pela imagem de uma mulher com olhos claros penetrantes, que ele nunca tinha visto antes.
Ao chegarem na pousada, uma habitação da época do Império, que havia pertencido a Honório Antunes, um dos maiores barões de café da região, Virgílio teve que, primeiro, lidar com o péssimo gênio de Clara, que não queria se hospedar num lugar com nada para fazer. Depois, com as emoções que o inundaram quando uma revelação lhe é feita: aquele lugar havia algo de mágico em sua vida.
Num dos quartos da pousada, cujos donos franceses fizeram uma ótima restauração para manter o clima do passado, havia um retrato que mudaria a vida de Virgílio, as Gêmeas em Flor.
O retrato trazia as duas filhas gêmeas de Honório Antunes, Olympia e Olívia.
Apesar de serem idênticas e uma delas estar com o leque escondendo parcialmente o seu rosto, ele sabia que ali estava a mulher misteriosa de seus sonhos. Agora ele sabia seu nome e parte de sua história.
Mas como ele poderia estar sonhando com alguém que viveu em outro século e cuja foto ele nunca havia visto antes?
Mais do que interessado em comprar a fazenda, Virgílio parte para conhecer a história que o ligava àquela mulher.
Ele lê livros da biografia sobre a fazenda e a família Antunes e consegue, através de seu irmão Augusto, se encontrar com uma das escritoras; uma descendente da família.
Por conta de um ataque de raiva de Clara, que conseguiu a proeza de quase destruir o quadro, Virgílio toma posse de uma caixa de madeira lacrada. Para abri-la era necessário descobrir a palavra-chave e a baronesa Helena, a biógrafa, tem a resposta.
Virgílio se vê frente a um pequeno saco de veludo contendo umas joias e uma carta com as folhas amareladas.
Conforme ele, Helena e a assistente historiadora dela, Lúcia, iam conhecendo o conteúdo da carta, uma história impossível se acortinava frente a eles: Virgílio e Olympia haviam se conhecido e sido amantes.
Cada vez mais obcecado em querer conhecer como tudo isso havia sido possível, Virgílio é levado para uma viagem no tempo e espaço que o faria repensar sobre as probabilidades do universo, dando-lhe uma segunda chance de encontrar a felicidade...
Viagem no tempo. Sim, é disto que o livro se trata. Mas como tudo acontece é que é a grande sacada do enredo.
Claro que não vou contar como, mas garanto que ao longo da leitura, o leitor fica na torcida de que isso aconteça logo.
Além do romance entre dois personagens de épocas diferentes, há ainda todo um mistério envolvendo a fazenda (pousada), com direito a chantagens, brigas, espionagem e ganância.
Os personagens secundários dão a medida exata ao enredo, trazendo romances paralelos cheios de intrigas.
A narrativa é muito bem desenvolvida. A autora, jornalista e autora independente, fez uma pesquisa apurada sobre os costumes e linguajar de época.
O livro é stand alone, sem cliffhanger. Muito bom ritmo.
A capa é belíssima, dando destaque à fazenda em questão e à irmã principal da trama, a mulher com olhos enigmáticos atrás do leque.
Quanto ao final... Bom, este é uma caixinha de surpresa...
5 estrelas
Anaté Merger já foi resenhada pelo blog, com um romance contemporâneo, carregado de sensualidade e mistério. Vale a pena conhecer > AMOR EM JOGO > resenha
Oi Vânia, muito obrigada pela resenha, ficou ótima! Beijo!
ResponderExcluir