Abbi Glines - Pegando Fogo (Rosemary Beach #13)




Ficha técnica: Pegando Fogo (Up in Flames)
Autora: Abbi Glines
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2016
Lançamento BR: agosto/2017
224 páginas
POV: primeira pessoa - Nan; Major; Cope
Gênero: Romance contemporâneo; Chick Lit; New Adult

Protagonistas: Nanette "Nan" Dillon; Cope; Gannon Roth; Major Colt
Local/ano: Rosemary Beach, FL; Las Vegas, Nevada/atual

"Nan Dillon, a bad girl de Rosemary Beach, é uma garota imatura e egoísta que não tem outra preocupação na vida a não ser manter o corpinho perfeito. Só que Nan está longe de ser feliz: nunca teve o amor dos pais, o irmão adorado não tem mais tempo para ela, e Grant, o único homem de quem gostou de verdade, resolveu trocá-la pela meia-irmã dela.

Então, quando Major Colt a convida para sair, ela não pensa duas vezes. Apesar de saber que esse texano charmoso e de fala mansa não quer nada sério, ficar com ele é melhor do que estar com as colegas fúteis ou passar as noites sozinha vendo televisão.

Mas logo Nan fica farta do comportamento descompromissado de Major e, depois que ele a deixa plantada em casa mais uma vez, decide ir a Las Vegas para um fim de semana sem regras e sem limites. Lá, conhece Gannon, um empresário sedutor e perigoso que sempre diz exatamente o que ela quer ouvir.

Quando Major vai atrás dela implorar por uma segunda chance e Gannon mostra que não é tão perfeito quanto ela pensava, Nan tem que decidir a quem entregar seu coração. O que ela não percebe é que os dois têm uma estratégia de longo prazo para ela - e já estão várias jogadas à sua frente."




Continuação da série

E finalmente chegamos à história de Nanette Dillon.
Só para familiarizá-lo com a personagem, ela aparece desde o primeiro livro da série.
Ela é a meia-irmã de Rush Finlay, de Harlow e Mase Colt-Manning. Sim, são vários os meios-irmãos porque a troca de casal aqui é grande.

Nan, como é conhecida, fez de tudo um pouco para infernizar a vida dos muitos personagens da série. 
Nos poucos livros em que ela não aparece, sempre há uma outra vilã interpretando bem o papel que seria dela. Mas quando ela aparece, ela aparece!

Houve brigas de todos os tipos, pessoas perdendo empregos (por causa dela), tentativa de suicídio, desprezos, humilhações, e por aí, vai. A lista do que Nan aprontou parece não ter fim.

Ela é a pobre-menina-rica que ninguém ama, ninguém quer.
Enganada pela mãe sobre a identidade de seu pai, ela levou anos acreditando que seu pai preferia a filha de uma outra família dele. Por isso ela odiou Blaire por anos. E agora, Blaire é cunhada dela, casada com Rush e mãe de seu sobrinho, Nate.

Ao descobrir que na verdade seu pai era o vocalista da banda Slacker Damon, Kiro Manning, Nan direciona seu ódio para a então filha preferida de Kiro, Harlow.
Daí, acontece algo no segundo livro do casal Harlow-Grant que dá a entender que Nan começaria a demonstrar sua redenção. De fato, houve até uma torcida por parte dos leitores para que isso acontecesse. Mas aconteceu?



E, senhoras e senhores, eis que Nan aprontou novamente.

Óbvio que depois das tantas que ela havia feito, o número de simpatizantes dela havia caído a quase zero. Mas a autora decidiu que Nan também merecia o seu final feliz.

Nan sabia que não era querida.
Seu irmão Rush, apesar do muito que ela havia feito contra Blaire, ainda a protegia e se preocupava com ela. Os outros amigos de Rosemary Beach, agora na sua maioria casados e felizes, queriam que ela se encontrasse.

Dona de uma beleza e elegância notáveis - com seus longos cabelos ruivos e seu corpo cuidado com muita corrida e produtos e roupas caras -, ela sabia que os homens se aproximavam dela: (A) pela sua aparência pura e simplesmente; (B) porque ela era rica; (C) porque ela era filha de uma lenda do rock. Nenhum deles havia, de fato, prestado atenção nela.

Até que surgiu Major Colt, primo de Mase, o cowboy do Texas e meio-irmão de Nan, e passou a ficar mais tempo com ela.
Mas havia algo estranho naquele relacionamento. Eles se divertiam, transavam, mas a cada vez que a conexão deles se estreitava, Major desaparecia por uns dias, ignorando-a completamente.

Nesse jogo, dois poderiam jogar. E, assim, ela decide dar um gelo nele indo passear em Las Vegas.
Lá, ela conhece um homem enigmático, que já se aproxima dela com todas as más intenções, mas dando a ela a atenção que ela sempre almejou.
Gannon Roth era um empresário do ramo da construção. Sua empresa construía cassinos e ele era um habitué na cidade.

O relacionamento deles decola como um foguete. E Nan se vê irremediavelmente apaixonada.
E sofre uma nova decepção...



Entretanto, a história não acabaria por aí.
Desde o livro anterior - o do Capitão -, ficamos sabendo que Nan estaria sob vigilância do pessoal de DeCarlo, porque sem saber, ela havia se envolvido com um pessoal da pesada.
Major estava preocupado por ter ferido os sentimentos de Nan - sim, ele entendia completamente o que era se sentir um zero à esquerda, ignorado pelo pai, porque ele mesmo sofreu isso -, e queria remediar a situação.

O coração de Nan, ainda que ela desse uma nova chance a Major, estava pleno de sentimentos por um certo construtor. Seus sonhos com ele passaram a ser reais demais. Ela queria mudar, queria ser amada, queria a chance de ter sua própria família. Ficar com Gannon seria  seu paraíso na terra, mas...


Alguém teria de morrer.




Bom, nem preciso dizer que a personagem em questão não é a das minhas prediletas, ne?
Mas, gente, desculpa, ela aprontou horrores ao longo da série. Difícil mesmo perdoar.

O histórico de vida - infância e adolescência - de Nan não é o dos mais amorosos. Ela realmente sempre foi considerada mais como um estorvo. Seu pai biológico não havia aceitado-a a princípio e sua mãe estava mais preocupada em fisgar o próximo milionário. Foi Rush quem tomou para si a responsabilidade de cuidar dela.

O problema é que ela cresceu e se tornou uma menina mimada e egoísta.
Neste livro aqui ela se vê entre dois caras. Os dois estavam na cola dela por trabalho, mas acabaram entendendo a razão do comportamento dela e a amaram. Ela era uma resiliente.

No entanto, ainda que ela tivesse ciência de que os homens só a queriam para suas noitadas ou para aparecerem nas capas de revistas; ainda que ela soubesse o quão mal tratara as namoradas dos homens de sua vida, EM NENHUM MOMENTO ela pediu desculpas.
Na verdade, ela não mudou, ela simplesmente parou de atormentar a vida deles e foi afogar as mágoas pegando o jatinho do pai e enchendo a cara em qualquer lugar entre os ricos e famosos. Paris ou Las Vegas. Oh, vida dura, viu?...

Sobre o par romântico com quem ela termina, achei que foi mesmo a melhor escolha. O outro cara não tinha pulso firme para lidar com uma pessoa como ela, ainda que ele gostasse dela.
E sobre o fato de ela merecer um final como o que teve, minha teoria é...



Pelo visto é livro único. Começo, meio e fim. Sem cliffhanger.
E ainda que nunca tenha gostado da personagem, fiquei encantada com o par romântico dela.
A narrativa da autora não fugiu ao seu estilo de trazer um linguajar moderno, coloquial (palavrões e cenas para lá de hot) e a história foi bem contada.
Por esses fatores o livro merece:





Mas, a série que deveria terminar neste livro aqui, ganhará um livro extra, sobre o pai de Rush, Dean Finlay. Ainda sem capa revelada ou data de lançamento.

A autora estará no Brasil, na bienal, e você terá a chance de pegar seu autógrafo. Aproveite. Ela é uma fofa.

RIO DE JANEIRO/BIENAL - 03/09 > confirme presença AQUI
SÃO PAULO - 05/09 > confirme presença AQUI



*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de resenha de opinião honesta

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