Anna Zaires - Encontros Íntimos (As Crônicas dos Krinars #1)




Ficha técnica: Encontros Íntimos
Autora: Anna Zaires
Editora self
Lançamento original: 2015
Lançamento BR: 2017
386 páginas
Prólogo + 24 capítulos
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance contemporâneo; Aventura; Fantasia

Protagonistas: Mia Stalis e Korum
Local/ano: NY; Costa Rica/atual

"No futuro próximo, os krinars governam a Terra. Uma raça avançada de outra galáxia, eles ainda são um mistério para nós — e estamos completamente à mercê deles. 

Tímida e inocente, Mia Stalis é uma universitária na cidade de Nova Iorque que sempre teve uma vida muito comum. Como a maioria das pessoas, ela nunca teve qualquer interação com os invasores. Até que um dia no parque muda tudo. Tendo atraído o olhar de Korum, ela agora deve lidar com um krinar poderoso e perigosamente sedutor que quer possuí-la e nada o impedirá de tê-la para si. 

Até onde você iria para recuperar a liberdade? Quando sacrificaria para ajudar seu povo? O que escolheria ao começar a se apaixonar pelo inimigo?"



Anna Zaires ficou conhecida aqui no Brasil com a trilogia dark PERVERTA-ME (Twist me).
Esta série dela, lançada muito tempo antes, começa a ficar famosa entre os leitores brasileiros.
Antes de eu dar as minhas impressões, vamos ao resumo dos acontecimentos.

No prólogo, conhecemos como se deu a chegada do que chamamos "extraterrestres", como eles se aproximaram do homem mais poderoso do planeta, o presidente dos Estados Unidos.
Depois disso, temos um salto no tempo de cinco anos.

Os humanos já estão convivendo com esses outros seres.
Não, eles não têm chifres ou cor de pele diferente.
A aparência deles é bem humanoide. São altos, cabelos de castanhos a negros, os olhos sempre tendendo mais para escuros. Têm uma força e agilidade descomunal.

Nos primeiros momentos da chegada deles - e isso é contado ao longo do livro -, houve o chamado Grande Pânico. Os seres humanos lutaram contra essa invasão de todas as formas que puderam, mas ainda que houvesse mais humanos do que "aliens", os humanos foram vencidos pela força e tecnologia extraterrestre.

Com o tempo, houve a "rendição".
Mas esses "aliens" não estavam interessados em destruir os humanos para tomar posse da Terra, ou ainda, fazer com que as mulheres humanas engravidassem porque a raça deles estava entrando em extinção.
Na verdade, eles propuseram uma convivência pacífica.
Inclusive, assinaram um Tratado de Coexistência, no qual se comprometiam a não interferir numa série de questões terráqueas (principalmente no que dizia respeito à tecnologia).

Entretanto, com um conhecimento muito mais avançado do que o dos humanos, numa coisa os KRINARS - como eram chamados - interferiram: na forma do ser humano se cuidar.

Somos conhecidos por comer muito e mal. Muita carne, muito doce, muito sal, e nisso os Ks (como passaram a ser conhecidos entre os humanos) fizeram questão de que houvesse mudança. Além do que, a forma com que o humano desenvolve seu plantio ou cuidado com animais é prejudicial ao planeta.
A partir daí, muita coisa mudou. Para melhor.

O nível de doença no ser humano caiu para além da metade; a mortalidade (por causas naturais) diminuiu.
Logicamente, o setor de carne teve um baque imenso.
O comer carne não estava de todo proibido para os humanos, mas com certeza, o seu preço atingiu a estratosfera.

O personagem principal se chama Korum.
Ele era um dos Ks importantes do Conselho de Krina (nome do planeta) e - comparando com o modo de vida humano -, um dos homens mais ricos de lá. Simplesmente porque a tecnologia para viajar pelos planetas de maneira mais rápida e sem causar tão mal à saúde fora criada pela empresa dele.

Ele estava na Terra há alguns anos, e numa determinada tarde, houve um encontro inusitado.


Mia, estudante universitária de 21 anos, pobre - cujo computador Mac tinha mais de 12 anos - estava no Central Park quando foi abordada por um homem muito alto, muito bem vestido e com enigmáticos olhos dourados.
Logo ela percebeu que se tratava de um Krinar.

Este foi o 1° encontro.
O próximo se deu num dia de chuva torrencial, quando ela tentava chegar à biblioteca para estudar, mas acabou escorregando, caindo e se machucando. Quase que miraculosamente, aquele homem apareceu para ajudá-la e se ofereceu a cuidar dos machucados dela, já que ele morava ali perto.
O que de fato ele faz.

Bobagem dizer que onde ele morava não era um lugar qualquer, mas a cobertura de um dos prédios mais caros em frente ao Central Park.
Os machucados que ela tinha na mão sumiram completamente quando ele colocou sobre eles um dispositivo com uma luz. A partir dali ela foi "brilhada".

O que Mia não sabia era que essa cura, pelo brilho, também funcionaria como um rastreador, e agora, ele iria saber de todos os passos dela.

Com o passar da leitura, a gente aprende sobre outras facetas dessa invasão alienígena, como, por exemplo, havia pessoas que eram simpatizantes à vinda deles à Terra, e estas eram chamadas, pejorativamente, de xenófilos.
Havia ainda aqueles que consideravam os Ks como deuses, e praticamente tornaram-se seus adoradores. Esses eram os krinarianos.

Mas, obviamente, havia os que queriam se livrar dos Ks de qualquer forma. Estes faziam parte da Resistência. E foi exatamente alguns desse grupo que se aproximaram de Mia ao descobrirem que ela se tornara alvo de interesse de um dos Ks.

Com tanta informação que Mia recebeu deles - e acreditando que Korum escondia dela a real razão da invasão deles (que naturalmente era destruir os humanos para tomar posse da Terra), ela se sentiu meio tonta e decidiu ajudá-los.

E aí, senhoras e senhores, começa a briga de braço.


´
É de pirar mesmo.
Em quem acreditar?

De um lado, um cara lindo, rico, inteligente e interessante, se mostrando mais do que interessado numa mulher que parecia ter pouco a oferecer (ok, ela era bonitinha). Mas mantinha uma aura de mistério, especialmente quando se enfiava numas reuniões em simuladores tridimensionais em seu escritório. O poder dele - deles! - era notório no que dizia respeito à facilidade que tinham para destruir a raça humana.

Do outro lado, humanos desesperados, dizendo que contavam com a ajuda de alguns Ks dissidentes, e que tinham informações privilegiadas de como os Ks iriam detonar tudo e, por isso, precisavam agir e expulsar os invasores.

Enquando você, leitor, vai conhecendo mais a história dos Ks - e o quanto a história da própria humanidade está intrincada na deles -, vai escolhendo o seu lado da luta.



E, claro, não podemos esquecer que, ainda que seja um livro de fantasia que traz umas coisas bem legais sobre tecnologia - muitas delas eu ia a-do-rar que já fossem reais - há o romance.

Uma humana e um alien (lindão, rico, gostosão, mas...alien).
Calma. Antes que você ache que o objetivo deles lá no fundo era realmente engravidar as terráqueas, não, não era. O sexo era compatível, mas a gravidez, não.

O legal da narrativa da Anna é que ela não enrola. Vai descortinando os objetivos, as personalidades, as tramoias e o desenvolvimento da relação do casal principal.

Todas as questões elencadas por mim no início da resenha são respondidas:

=> quem são os Krinars realmente?
=> Por que vieram à Terra?
=> Por que eles interferiram nos costumes humanos de umas coisas, mas em outras, não?
=> Deuses? Vampiros? Assentamentos? Nanomáquinas? "Caerles"? "Lonars"? Termos, lendas e histórico datado de bilhões de anos.

Tudo é explicado ao longo do livro (e daí, você vai entender por que coloquei "aliens" sempre entre parênteses).

A série é dividida em 3 livros, com o mesmo casal. E mesmo não tendo exatamente cliffhanger nos livros 1 e 2, é óbvio que todo o encerramente só se dá no terceiro volume.
Mas o legal é que os 3 já se encontram disponíveis traduzidos no Amazon Brasil.

livro 2


livro 3


Como dito anteriormente - e até mesmo é comentado em um dos livros -, os humanos têm sempre a impressão de que qualquer invasão alienígina é maligna.

Independence Day

A Guerra dos Mundos

Alien, o 8° Passageiro


E, com isso, a melhor defesa é sempre o ataque.
E daí, quando aparecem os bonzinhos...

E.T.

A Chegada


...a gente não acredita nas boas intenções.

Juntando os 3 livros, você tem mais de 700 páginas de uma história envolvente, com ação, romance, alguns argumentos até interessantes e, lá no fundinho, uma vontade de dar uma voada numa daquelas máquinas.
Mas a história não fica fixada apenas no casal. Do segundo para o terceiro livro, há um mistério formado e você precisa prestar atenção nas pistas para descobrir quem é o verdadeiro algoz.

Para quem gosta de se aventurar num romance diferente e bem escrito, taí.
5 estrelas.


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