Lisa Kleypas - Uma Noiva para Winterborne (Os Ravenels #2)



Ficha técnica: Uma Noiva para Winterborne (Marrying Winterborne)
Autora: Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2016
Lançamento BR: julho/2018
336 páginas
35 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit

Protagonistas: Lady Helen Ravenel e Rhys Winterborne
Local/ano: Londres; Hampshire, Inglaterra; Caernarion, Gales do Norte/1875

Rhys Winterborne conquistou uma fortuna incalculável graças a sua ambição ferrenha. Filho de comerciante, ele se acostumou a conseguir exatamente o que quer - nos negócios e em tudo mais.

No momento em que conhece a tímida aristocrata lady Helen Ravenel, decide que ela será sua. Se for preciso macular a honra dela para garantir que se case com ele, melhor ainda.

Apesar de sua inocência, a sedução perseverante de Rhys desperta em Helen uma intensa e mútua paixão.

Só que Rhys tem muitos inimigos que conspiram contra os dois. Além disso, Helen guarda um segredo sombrio que poderá separá-los para sempre. Os riscos ao amor deles são inimagináveis, mas a recompensa é uma vida inteira de felicidade.


Continuação da série >> livro 1 > resenha aqui


Após a leitura do livro 1, você fica na expectativa insana de ler o 2°.


Se você leu minha resenha do livro anterior (link logo no início desta resenha), já entende minha preocupação em relação a continuação deste livro.
O romance de Rhys Winterborne e Helen Ravenel está em jogo, e precisamos saber como esse jogo vai virar e/ou quem dará o primeiro passo para que continuem noivos.

Vamos lá... (cuidado com spoilers caso você não tenha lido o livro anterior).



Devon queria dar uma chance a suas primas solteiras, Helen, Pandora e Cassandra, de terem sua temporada em Londres e, assim, conseguirem arranjar um bom casamento.
Helen era bem diferente das irmãs. Calada e conciliadora, ela acabou sendo a responsável em manter a paixão da falecida mãe pelas orquídeas.

O primo, então, novo Conde de Trenear (cujo título foi herdado do irmão mais velho de Helen, Theo), decidiu apresentá-la a um comerciante de Londres, Rhys Winterborne.

Dizer que Rhys era rico era chover no molhado. O homem valia muitos milhões.

"Aos 30 anos, ele transformara a Winterborne's, o pequeno estabelecimento comercial do pai na High Street, na maior loja de departamentos do mundo. Era proprietário de fábricas, depósitos, terrenos, estábulos, lavanderias e prédios residenciais. Fazia parte de conselhos diretores de empresas navais e ferroviárias."


Seu comércio, herdado do pai, agora ocupa uma quadra inteira na cidade. É uma loja de departamentos com vários andares e ali, se vende de tudo, de remédios a pianos. E Rhys é um comerciante atento às necessidades de sua freguesia.

"- Além do mais, as damas elegantes já não usam anquinhas.
- C-como sabe disso? - perguntou Helen, encolhendo-se quando o acessório caiu no chão.
- Meia e roupas íntimas, segundo andar, departamento 23 - sussurrou. - De acordo com o último relatório do gerente, paramos de fazer estoque de anquinhas."

O único senão em relação a ele era não ser nobre, mas filho de um comerciante galês, e para alguns nobres (esnobes), isso significava que ele estava abaixo deles.
Mas, por incrível que pareça, Helen não se importou com isso.
Na verdade, ela ficou fascinada por aquele homem, e não só por sua beleza máscula. Ele tinha uma "presença" inigualável, e ainda que seus modos às vezes soassem ríspidos, isso também queria dizer que ele era sincero e agia conforme dizia.

"O Sr. Winterborne era espantosamente belo, não à maneira dos príncipes de contos de fadas, mas com uma masculinidade inflexivel que mexia com os nervos de Helen. Os traços do rosto dele eram arrojados, com um nariz bem definido e lábios cheios e delineados. Sua pele não mostrava a palidez da moda, mas um tom moreno, rico e quente, e os cabelos eram negros como carvão. Não havia nada do relaxamento aristocrático nele, nenhum toque de graça lânguida. O Sr. Winterborne era sofisticado e muito inteligente, mas havia algo selvagem nele. Uma sugestão de perigo, um fogo que parecia arder sob a superfície."

Mas, no final do livro 1, uma determinada situação faz com que num rompante de raiva - e por ter se sentido humilhado, ele terminasse o compromisso que tinha com Helen.

Mas quem disse que ELA queria terminar?
E é daí que ela vai procurá-lo, em pleno horário de expediente, e tenta convencê-lo de que tudo não passou de um mal-entendido e que a opinião dela sobre ele era bem diferente do que ele supôs.

No entanto, por conta da confusão tamanha criada principalmente por Kathleen, agora condessa de Trenear (de novo!), para que Rhys e Helen pudessem voltar ao seu compromisso - sem que Devon impedisse -, eles teriam de comprometê-la.
Claro que isso não impediu Devon de dar um verdadeiro show de ira (afinal, essa é uma das fortes características dos Ravenels: pavio curto).

Problema do noivado resolvido, agora, era marcar a data do casamento.

Para Rhys, casar-se com Helen seria como um prêmio de loteria. 
Sendo considerado inferior por muitas pessoas, ao casar-se com a filha e irmã de um conde, alçaria Rhys num novo patamar.
Mas...

Quando a condessa viúva, mãe de Helen e as gêmeas, faleceu, Helen herdou o orquidário e também todos os diários onde a mãe escreveu seus conhecimentos sobre essa flor tão delicada e distinta. Porém, entre anotações sobre botânica, a condessa também colocou seus pensamentos e partes de acontecimentos íntimos, e foi a partir daí que Helen descobriu por que apesar de ser uma Ravenel, ela era tão diferente em temperamento dos demais.
E mais tarde, ao começar a fazer as malas para levar para sua futura casa, na propriedade em Hampshire, Helen descobriu mais uma pista sobre seu passado.
O problema agora era como ela iria contar isso a Rhys e correr o risco de ele terminar o noivado, achando que estava levando gato por lebre.




Este casal é o must!!!
Tudo aqui se encaixa perfeitamente.
A mocinha delicada, que sofre de enxaqueca, mas tem um senso de honra impecável e luta com todas as suas forças pelo que considera certo.
Ele, por sua vez, é aquele homem viril, que obteve sucesso através de seu trabalho, não se deixa intimidar e ainda que pareça um grosseirão, consegue ser mais carinhoso do que um cavalheiro.

Ao longo da leitura, a gente só fica com os dedos cruzados para que tudo dê certo e que o mocinho aja de forma brilhante. E olha, Rhys não decepciona.

Apesar de no livro anterior eu ter ficado preocupada sobre as muitas características na descrição dele, parecidas com personagens de livros anteriores, enquanto estava lendo, deixei de lado as cismas e torci que tudo desse certo como num final de campeonato.

cenas engraçadas e instigantes.
Os personagens secundários - a maioria já apresentada no livro anterior -, também dão o charme especial.
Duas novas personagens aparecem aqui: Lady Eleanor Berwick (que foi quem criou Kathleen e, agora, vem dar uma ajuda às gêmeas em sua apresentação à sociedade) e Dra. Garrett Gibson (médica. Uma novidade à época).
Não há cliffhanger quanto ao casal principal.
E o próximo livro trará o canalha mais amado dentre os livros da autora, Sebastian St. Vincent, agora Duque de Kingston, e seu filho Gabriel, que parece ter herdado do pai a característica de se meter em confusão.





*LIVRO cedido pela editora em paceria, em troca de resenha com opinião sincera.
**Gravura de Jon Paul Ferrara.

Comentários

  1. Amei tudo nesse livro🌷🌷🌷 E o Rhys é absolutamente o melhor e mais carinhoso fofogro que tive o prazer de ler💕💕💕

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