[Resenha] Jenny Colgan - A Padaria dos Finais Felizes (Little Beach Street Bakery #1)**



Ficha técnica: A Padaria dos Finais Felizes (Little Beach Street Bakery)
Autora: Jenny Colgan
Editora Arqueiro
Lançamento original: 13/março/2014
Lançamento BR: 12/agosto/2019
336 páginas
34 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance contemporâneo; Drama; New adult; Chick Lit

Protagonistas: Polly Waterford & Huck "Huckle"
Local/ano: Plymouth; Mount Polbearne, Cornualha, Inglaterra/atual

Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico.

Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas.

Assim, o hobby se transforma em paixão e logo ela começa a operar sua magia usando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor.

A Padaria dos Finais Felizes é a emocionante e bem-humorada história de uma mulher que aprende que tanto a felicidade quanto um delicioso pão quentinho podem ser encontrados em qualquer lugar.


Romances de Hoje, série:

➽ A Pequena Livraria dos Sonhos, de Jenny Colgan ➽ resenha


Quando os negócios vão mal, nem todo casal consegue manter a chama da paixão, certo?
Pelo menos essa máxima era verdadeira na vida de Polly e Chris.
Eles tinham um escritótio de design fundado há 7 anos. Tudo começou muito bem, mas com o passar do tempo, as empresas - clientes - começaram a fazer esse trabalho por conta própria pela facilidade de se conseguir/manipular imagens (Ahhhh..internet...).
As dívidas eram tantas que eles decidiram fechar as portas.

O banco, então, tomaria o apartamento deles para quitar as dívidas.
Chris aproveitou o momento para arejar a cabeça, e anunciou que iria voltar a morar com a mãe.
Polly não queria isso, assim como não queria ir morar com sua melhor amiga, Kerensa (eram amigas, mas com estilos de vida muito diferentes).
Procurando um lugar para morar, Polly viu um anúncio numa cidade onde tinha feito um passeio na época da escola, em Mount Polbearne, pertíssimo da praia.

A cidade era pequena, com ares antigos, pouco desenvolvida. Na época de férias, com certeza, deveria receber muitos turistas.
O imóvel desejado era muito antigo, do tipo quase em estado de demolição, mas junto do apartamento, tinha uma loja.

Polly não levou muita coisa consigo.
A ventania fez alguns de seus livros preferidos voarem, e assim, ela fez amizade com alguns pescadores que a ajudaram.

Sem ter o que fazer - nem serviço temporário ela conseguia -, Polly começou a assar pães. O cheiro alcançou os pescadores, que ao experimentarem, ficaram fregueses.
Porém, havia um grande problema. Gillian Masen tinha uma padaria na cidade, mas os seus pães eram intragáveis - e ninguém tinha coragem de falar para ela porque, afinal, aquele era o ganha pão dela, e os moradores tinham o costume de defender uns aos outros.

Polly não estava fazendo nada de mais; além do que, a venda - escondida - de seus pães a ajudavam a se manter até que conseguisse trabalho.

Um tempo anterior à chegada de Polly, Mount Polbearne também recebeu outro "forasteiro". Huckle tinha uma propriedade um pouco afastada e fazia vários tipos de mel. O encontro da padeira e o apicultor foi interessante, e até começou a rolar um clima.
No entanto, Tarnier, um dos pescadores, havia chegado primeiro.

Aumentando a quantidade de fornada de pães, Polly arrumou um embate com Gillian, mas as duas entraram num certo acordo quando esta sofre um acidente e fica sem poder trabalhar. Sentindo-se responsável, Polly se ofereceu para tomar conta da padaria também.

Aos poucos tudo ia entrando no eixo e, então, Chris apareceu na casa de Polly fazendo-lhe uma proposta peculiar.

Fonte: IG da editora


Lembra que eu falei na resenha do livro anterior (link no início) de que daria uma chance aos outros livros? Pois bem, não me arrependi. Este livro aqui consegue ser tão fofo quanto o outro, mas mais dinâmico.

O que acontece com Polly - e Chris - acontece com muitas pessoas; o negócio faliu; o casamento/relacionamento idem. O jeito é recomeçar em outro lugar.
O passatempo de Polly acaba se tornando sua melhor arma. Com os pães, ela conhece novas amizades, trava algumas batalhas, mas aprende a arte de negociar.

Gillian era uma mulher amarga por ter sofrido uma perda irreparável; e mais adiante, quando a gente sabe o que houve, consegue, pelo menos, entender a dor dela - e seu mau humor.

Huckle também tinha sua parcela de dores, e havia chegado ali para lamber feridas que, pelo visto, não tinham desaparecido de todo. A amizade com o menino prodígio do Vale do Silício, Reuben Finkle, ajuda-o por um tempo, mas é a chegada de Polly que mexe com o que estava enterrado.

O livro também fala sobre pecadinhos; segredos que podem magoar; segundas chances em várias áreas na vida.

Todos esse eventos são interessantes, mas creio que o ponto alto do livro é quando uma tempestade atinge o local em proporções tamanhas, e com o desaparecimento de alguns barcos, a notícia chega até os jornais, fazendo a pequena cidade ainda mais famosa.
Nessa hora, você não sabe se ri ou se chora, na esperança de que esse ou aquele personagem seja resgatado.

A Padaria... pode não ter final feliz para todo mundo (a vida não tem, não é?), mas durante umas boas horas, você se vê em frente ao mar na Cornualha, entre o cheiro do peixe, do mel e do pão, rindo numa roda de amigos e pensando que viver ainda vale a pena.

*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de resenha com opinião honesta.
**Não se incomode com a numeração do livro. Esta é da série original em inglês. Os livros da série Romances de Hoje podem ser lidos separadamento e em qualquer ordem



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