[Resenha] Ken Follett - Uma Fortuna Perigosa




Ficha técnica: Uma Fortuna Perigosa (A Dangerous Fortune)
Autor: Ken Follett
Editora Arqueiro
Lançamento original: 24/setembro/1993
Lançamento BR: 02/setembro/2019
480 páginas
POV: terceira pessoa
O livro é dividido em 3 partes + epílogo. Cada parte com vários capítulos
Gênero: romance de época; suspense; drama

Protagonistas: Hugh Pilaster; Edward Pilaster; Solomon "Gordo" Greenbourne; Micky Miranda, Antonio "Tonio" Silva; Maisie Robinson
Local/ano: Londres/1866; 1873; 1879; 1890; 1892

Um acidente trágico, uma rivalidade feroz, um segredo fatal.

Em 1866, numa exclusiva escola inglesa, um jovem aluno se afoga em circunstâncias misteriosas. As repercussões de sua morte se estenderão por muitas décadas, em uma saga de traição, ganância, vingança e paixão.

Presentes no dia fatídico estão Hugh Pilaster e seu primo mais velho

Edward, herdeiros de uma poderosa dinastia de banqueiros com conexões que se estendem de Londres até as colônias distantes, e Micky Miranda, filho de um violento latifundiário sul-americano.

Anos mais tarde, quando os dois primos se veem envolvidos em uma competição brutal pela posição mais alta no banco, a verdade chocante sobre seus dias de escola vem à tona, ameaçando destruir não só a fachada respeitável da família, mas também a própria economia britânica.

Em meio a clubes masculinos privados e bordéis que realizam todos os desejos da classe alta londrina, passando pelos salões de festas dos grandes detentores de riqueza do mundo, Ken Follett constrói uma trama de mistério que retrata com realismo o esplendor e a decadência da Inglaterra Vitoriana.



Uma confissão: sou leitora da Arqueiro há vários anos e este foi meu primeiro livro de Ken Follett. Fazer o que, né? O bom é que sempre é tempo de conhecer novos antigos autores.

Com uma narrativa clara, precisa e envolvente, Ken consegue nos prender a atenção, nos fazer segurar a respiração em vários momentos e até dar uns gritos expressando nosso sentimento perante a cena. E acredite, nesta história há vários momentos para os seus gritos.

É uma história familiar que coloca o poder e o dinheiro acima de tudo e de todos, e como não poderia deixar de ser, até mesmo entre eles não há união.

A história começa quando dois primos, Edward e Hugh, que estudavam na mesma escola - em séries diferentes - se veem em meio a uma morte.
Num internato para meninos, soberanos de ouro do professor de Latim, Dr. Offerton, foram roubados de sua escrivaninha, e todos tiveram de ficar retidos em seus alojamentos.
Alguns dos rapazes, inquietos, decidiram ir nadar.
Uma confusão, um bate boca, uma brincadeira de mau gosto, e mais tarde foi-se dito que um dos garotos, Peter Middleton, havia morrido afogado.
Tudo pareceu que ele teve um mal-súbito.

Em outro canto do país, a família judia Rabinowicz, agora chamada Robinson, vivia o seu dia de inferno.
Era um sábado, dia do pagamento do pai, que trabalhava numa fábrica de tintas. Mas ao chegar em casa, a má notícia.
A empresa entrou em falência; os empregados ficaram sem pagamento e sem trabalho, e o dono da fábrica, Tobias Pilaster - pai de Hugh - se enforcou.
Maisie e o irmão Danny decidiram que ali não havia mais nada para eles. Ele deu um jeito de ir clandestinamente num navio à Améria; ela foi a pé para Newcastle, quatro dias de caminhada. Detalhe: ela tinha apenas 13 anos na ocasião.

Essas duas famílias - Pilaster e Robinson - com suas vidas cruzadas pela tragédia - encontram-se mais à frente.
E enquanto os anos passam e vemos brigas entre familiares; a ganância em seu grau mais elevado; planos diabólicos para se dar bem; mortes... muitas mortes, ainda lembramos daquele jovem que morreu afogado na escola e pensamos: quando a história virá à tona e a justiça será feita?

Você não vai querer largar a leitura até que cada peça do jogo caia, e o mais interessante, o autor tem um plot twist perfeito para te deixar de queixo caído.



Ritmo perfeito. Livro único, sem cliffhanger. Prepare-se!




*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de resenha com opinião honesta.

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