Ficha técnica: De Repente uma Noite de Paixão (Suddenly You)
Autora: Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Lançamento original: 1°/janeiro/2001
Lançamento BR: 11/02/2020
272 páginas
Prólogo + 15 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gêneros: Romance de época; Chick Lit; New Adult
Protagonistas: Srtª Amanda Briars; John T. "Jack" Devlin
Local/ano: Londres/1836; 1840
Não há espaço para romance na vida da escritora Amanda Briars. Reconhecida no meio literário londrino, ela realiza as próprias fantasias através das personagens que cria em suas histórias de amor. Em nome da liberdade, está satisfeita em viver na solidão.
Amanda só não quer completar 30 anos sem nunca ter experimentado o prazer, e a solução mais discreta é contratar os serviços de um profissional. Quando o homem aparece à sua porta, a atração entre os dois é evidente, mas, para frustração dela, ele interrompe a noite de paixão no meio e vai embora.
Uma semana depois, ela o reencontra em um jantar e descobre que Jack Devlin é, na verdade, seu novo editor. Amanda fica mortificada.
Porém as lembranças daquela noite permanecem vivas na mente dos dois, e basta uma centelha para que o fogo entre eles se reacenda. Só que Jack, filho rejeitado do nobre mais notório de Londres, tem o coração endurecido e não acredita no amor, enquanto Amanda resiste ao desejo crescente em nome de sua independência.
Quando o destino entrelaça suas vidas, suas convicções mais profundas entram em choque. Agora os dois precisam decidir se, depois de conhecerem a verdadeira paixão, conseguirão voltar a se satisfazer com menos que isso.
Amanda só não quer completar 30 anos sem nunca ter experimentado o prazer, e a solução mais discreta é contratar os serviços de um profissional. Quando o homem aparece à sua porta, a atração entre os dois é evidente, mas, para frustração dela, ele interrompe a noite de paixão no meio e vai embora.
Uma semana depois, ela o reencontra em um jantar e descobre que Jack Devlin é, na verdade, seu novo editor. Amanda fica mortificada.
Porém as lembranças daquela noite permanecem vivas na mente dos dois, e basta uma centelha para que o fogo entre eles se reacenda. Só que Jack, filho rejeitado do nobre mais notório de Londres, tem o coração endurecido e não acredita no amor, enquanto Amanda resiste ao desejo crescente em nome de sua independência.
Quando o destino entrelaça suas vidas, suas convicções mais profundas entram em choque. Agora os dois precisam decidir se, depois de conhecerem a verdadeira paixão, conseguirão voltar a se satisfazer com menos que isso.
"Qual é o seu estilo preferido, Srtª Briars? Gostaria que seu homem tivesse cabelos claros ou escuros? Altura mediana ou bem alto? Inglês ou estrangeiro?"
E com esse tapa na cara, começamos a conhecer a nossa protagonista, Amanda Briars, escritora famosa, que durante muitos anos afogou os seus momentos de solidão - e um tanto infelizes - enquanto, como filha mais nova, ficara encarregada de cuidar dos pais doentes, e direcionava suas emoções em sua escrita à noite.
Amanda estava prestes a completar 30 anos. E diferente das duas irmãs mais velhas, já casadas e com filhos, ela permanecia solteira... e virgem.
Este segundo assunto, ela pensava em resolver em breve, quando foi até um bordel considerado de muito categoria e "encomendou" um amante como presente de aniversário para si mesma.
A Sra. Bradshaw, há muito tempo na profissão e considerada muito discreta, fez a pergunta acima, querendo ter certeza de entender as exigências de sua cliente.
Só que com a chegada da data estabelecida, Amanda... se arrependeu.
Ao se ver sozinha em casa, tendo de atender a tal "encomenda", ela não sabia se se sentia sem graça, ou animada.
Acontece que o homem enviado era de fato muito bonito.
Bem mais alto que Amanda, ele tinha os cabelos pretos e olhos claros. Falava bem (mostrava-se inteligente) e tinha argumentos para tudo, o que tornou muito difícil para ela livrar-se dele.
Acabou tendo de colocá-lo para dentro de casa para que nenhum passante visse que uma mulher solteira estava recebendo cavalheiros (isso destruiria sua reputação e, consequentemente, sua carreira).
Jack - o único nome que ela permitiu saber dele - estava intrigado com aquela mulher.
"Amanda era uma mulher inteligente, honesta e consciente... Ou seja, sabia que não era nenhuma beldade. Seus encantos eram no máximo moderados, e isso só se a pessoa desconsiderasse completamente o ideal feminino vigente. Ela era baixa e, por mais que às vezes pudesse ser descrita como voluptuosa, no geral era definitivamente rechonchuda. Seus cabelos eram uma massa caótica e indomável de cachos castanho-avermelhados... e seus olhos já haviam sido descritos como 'agradáveis' por um amigo... Mas eram de um cinza sem-graça, sem nuances de verde ou azul para iluminá-los."
E ainda que ela fosse tão "comum", ele a achara fascinante.
Seu jeito, seus argumentos, sua fala, tornavam-na totalmente diferente das mulheres que ele estava acostumado a encontrar em eventos - e diga-se de passagem, Jack era chamado a muitos. E não, ele não gostava de pagar mulheres para dormirem com ele.
Na verdade, esse encontro, como você, leitor, já deve desconfiar, foi uma armação e um mal-entendido (e o como e por que, descubra lendo).
Jack queria mesmo encontrar Amanda, mas por um motivo totalmente diferente. Mas isso Amanda só descobre um pouquinho depois. Em outro evento, na casa de seu advogado, Sr. Thaddeus Talbot.
Como escritora, e não vinda de família nobre, Amanda era convidada não a eventos da alta sociedade - que eram considerados entediantes; apenas um local permitido à caça de maridos -, mas a festas cujos convidados eram ricos, bem influentes e intelectuais.
Nesse jantar, ela se vê numa situação assustadora.
Veja bem, pouco tempo após chegar, ela descobre que um dos convidados era um homem que não só havia estado na casa dela na noite de seu aniversário, mas que também fez coisas com ela que nenhum homem antes fizera.
Mortificada, ela não queria ser oficialmente apresentada a ele (ledo engano. Como se pudesse escapar), para, então, descobrir que ele não era "apenas Jack" coisa nenhuma, mas um dos maiores editores de Londres, John Devlin.
E aí estava.
John não só se faz ser apresentado, como faz uma certa chantagem para fazê-la ir ao escritório dele no próximo dia.
Devlin queria publicar o primeiro romance dela; um que ela tinha vendido a outra pessoa por 10 libras, e nunca havia sido publicado.
Desde então ela havia lançado outros, com enorme sucesso, e aquele primeiro livro, se fosse lançado, poderia manchar a imagem dela (pelo amadorismo da escrita). A história tinha potencial - e Devlin tinha bom faro para isso -, isso sem contar que o nome de Amanda já trazia notoriedade de cara.
Ele só precisava convencê-la.
Ainda que não quisesse fazer negócios com esse homem irritante, Amanda não podia negar que os argumentos dele eram interessantes, e a soma oferecida a ela, imoral. Isso sem contar que a quantidade de livros publicados e distribuídos iria ultrapassar e muito os de seu atual editor.
Negócio fechado, eles trabalhariam juntos para melhorar a história dela, sem perder a essência.
Mas quem disse que Devlin queria apenas o livro dela?
Desde aquela noite, Amanda o fascinou. Uma solteirona com ideias tão avançadas, tão independente, e que não queria se casar? O par perfeito para ser amante dele.
E isso se faz.
Fazem um acordo de 3 meses para terem um caso.
Que estava indo bem, até que começou a ir mal.
Terminar seu caso com Amanda era a última coisa que Devlin queria, mas ela sabia ser bem teimosa.
Mesmo que evitassem ir a alguns eventos em comum, não conseguiriam se evitar para sempre. E ela trabalhava para ele; ele tinha notícias dela, e quando ele descobriu que ela estava sendo vista com outro autor, um homem bem mais velho que ela, mas de reputação impecável, Devlin se afogou em bebida e charutos (logo ele que nem fumava...)
Quando Amanda estava prestes a anunciar o seu noivado com o tal autor, uma determinada revelação põe tudo abaixo...
Fonte: IG da editora
Livro único. Isso é uma novidade bem-vinda (apesar que eu AMO as séries desta autora!)
Sobre os personagens: aqui, ninguém é nobre - nem ele, nem ela.
Ele é sim muito rico (uma predileção da autora em colocar alguns de seus personagens como os ricos feitos por si, donos de algum estabelecimento GIGAAAAAANTE na cidade. Quem consegue esquecer Harry Rutledge, dono do maior, mais confortável e mais caro hotel, da série dos Hathaways, e Rhys Winterborne, dono da maior loja de departamentos, da série Os Ravenels?), dono da maior editora - um prédio de cinco andares, branco - que comportava uma biblioteca para empréstimo, uma livraria de venda de livros, gráfica, depósito e escritórios. Os planos de Devlin era expandir para outros pontos do país (ele já possuía algumas lojas) e para outros países.
Definitivamente, ele tinha tino para negócios.
Meio irlandês, Devlin era filho bastardo de um nobre (que tinha outros filhos legítimos) com uma criada, e na ocasião da morte da mãe, não sendo desejado, foi colocado num colégio que era mais conhecido como o inferno na Terra. Mas ele era mais teimoso do que qualquer pseudoprofessor que abusava dos castigos físicos e deixava os alunos com fome. E ajudou muitos dos garotos.
Mas o seu passado era passado; e como em muitas noites foram os livros que o fizeram fugir da vida miserável, com livros ele quis trabalhar. E ao ir para Londres e conseguir um "empréstimo", ele deu início ao seu império.
Amanda também vinha de família simples.
Viu as irmãs mais bonitas se casarem na idade considerada normal, enquanto ela, sem ser uma beldade, ia ficando para trás.
Cuidando dos pais doentes, primeiro a mãe, depois, o pai, ela se desdobrou em mil, e encontrou nos livros, dessa vez, na escrita, a fuga e o palco para deixarem suas opiniões serem ouvidas.
Nada de romance. Ela queria independência, liberdade, respeito.
Mas ao ver os 30 anos chegando, ela sentia como se houvesse perdido algo na vida e, talvez, experimentar a vivência carnal a ajudasse de alguma forma.
Ao conhecer Jack/John daquela forma tão tosca, percebeu que ele mexia "nos botões" certos dela. Mas ele não parecia ser o homem certo. E qual seria?
"Mas um dia, pesseguinha, o seu lado romântico vai triunfar sobre a sua natureza prática. E espero estar por perto quando isso acontecer."
Duas pessoas inteligentes, teimosas, idealistas, independentes encontram-se, chocam-se, perdem-se (um no outro) e têm de tomar decisões à luz de novas situações não tão desejáveis assim.
Entretanto, seus embates são maravilhosos.
E ainda que a autora traga algumas características já conhecidas de seus mocinhos, no geral, esta história é muito diferente de tudo que há por aí em romance de época, com final feliz.
Não quero dar spoiler, mas este aqui vai além do "se casaram e acabou". Uma grata surpresa.
Torcendo que a editora Arqueiro traga outros livros/séries de época de Kleypas (já pensou, todos eles na sua estante?)
"- Na minha vida, até agora nunca me senti satisfeito com nada. E duvido que algum dia vá me sentir.
- Bem, mas o que mais poderia querer?
- Tudo o que eu não tenho."
*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de resenha com opinião honesta
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