[Capa Revelada + Trecho] Bethany Lopez - Uma Pitada de Sal

Preparados(as) para mais uma CAPA REVELADA no estilo livro fofo e doce de dar cárie, da Editora Bezz?




UMA PITADA DE SAL

Série Três Irmãs

de Bethany Lopez

pela Editora Bezz

Capa: Denis Lenzi

Lançamento: EM BREVE


A talentosa chef Millie tem sua vida focada em fazer crescer o seu novo negócio de buffet e eventos, junto com suas irmãs, Dru e Tasha. Somente quando um novo cliente – alto e charmoso – aparece para encomendar uma festa, que Millie se dá conta de que pode incrementar a receita de sua vida.

Jackson faz o impossível para vencer o sentimento de abandono vivido por sua filha de oito anos desde que sua esposa partiu sem explicação. Ao encomendar uma festa de aniversário para a menina, ele percebe que além de professor e pai, também é um homem… com uma vida sem graça.

Ambos achavam estar satisfeitos com suas vidas, mas às vezes o tempero certo pode transformar um prato simples em algo magnífico. Uma pitada de sal pode ser tudo o que é necessário para dar a Millie e Jackson o sabor que estava faltando.



E que tal um trecho do livro para aquecimento?


O Buffet Três Irmãs começara exclusivamente sendo um serviço de buffet, mas, ao longo do ano, adicionamos uma pequena área com mesas e cadeiras, além de um balcão, na parte da frente do lugar. Agora, não apenas oferecíamos um buffet com menu completo para eventos, mas vendíamos café, chá e lanches.
Nunca planejamos ter uma loja, aconteceu naturalmente.
Eu amava testar novas receitas e cozinhar quando não havia um pedido de buffet, e muita coisa acabava sobrando. No começo, eu simplesmente doava algumas comidas para Tasha e Dru levarem nas visitas aos clientes, depois, isso acabou se transformado em rotina.
Agora, abríamos todas as manhãs, exceto às segundas-feiras, para que pessoas viessem e comprassem um lanchinho.
Dru adorou a chance de decorar a frente e transformou o pequeno espaço para refeições num lugarzinho aconchegante e sofisticado para uma paradinha durante um intervalo.
Estava colocando o pão no forno para o chá de cozinha à noite quando ouvi o tilintar da porta da frente sendo aberta.
— Já vou — gritei, lavando muito bem as mãos e me livrando do avental sujo.
— Tudo bem — respondeu uma voz masculina.
Dei uma olhada no pequeno espelho pendurado no corredor, garantindo que não havia farinha no meu rosto, então, segui em frente, com um sorriso, para atender o cliente que me esperava.
Cambaleei quando o vi.
Alto e magro, mas com um par interessante de bíceps à mostra sob a camiseta, dando para ver que ele estava em forma. Os cabelos castanhos em ondas, um rosto doce, um tanto apavorado e – por todos os anjos do céu – óculos.
— Bom dia — consegui dizer, minha voz saindo esbaforida enquanto eu tentava manter uma atitude calorosa, mas profissional.
— Vai ser, se você puder me ajudar — disse ele, esperançoso, entrelaçando as mãos enquanto os olhos se transformavam nos de um gatinho perdido.
Sim, pensei. Posso ajudá-lo com o que precisar, apenas olhe assim para mim todos os dias, pelo resto da minha vida.
— O que posso fazer por você? — perguntei, certa de que minhas bochechas estavam cada vez mais vermelhas.
Então, ele sorriu, e duas covinhas apareceram.
Sério mesmo? Olhei ao redor da loja, procurando por câmeras escondidas. Minhas irmãs só podem estar brincando comigo. Esse cara não pode ser real nem ficar ainda mais fofo.
— Sei que está em cima da hora, mas tenho uma emergência. Preciso contratar seu buffet para a festa de aniversário de nove anos da minha filha.
E ali estava… o fim de tudo. O Sr. Covinhas Adoráveis era casado e tinha uma família.
Olhei para o anel em seu dedo, sufoquei minha decepção e lancei a ele um sorriso triste.
— Sinto muito, não fazemos festas infantis.
Quando o rosto dele desmoronou, eu quis retirar minhas palavras.
— Não temos esse tipo de decoração disponível — continuei, esperando que a recusa pudesse ser suavizada. — Tem uma loja de artigos para festa virando a esquina; tenho certeza de que poderão ajudá-lo.
Ele balançou a cabeça, e eu me inclinei para trás para observá-lo melhor. Caramba, ele era bem alto.
— Queria que fosse simples assim. Kayla não quer mais o tipo de festa de aniversário que eu posso dar a ela. Se ainda estivéssemos falando de Frozen, eu poderia transformar nossa sala de estar num paraíso invernal. Merda, eu decoraria tudo que fosse possível. — Ele estremeceu. — Sinto muito. — Assumi que ele estivesse se referindo ao xingamento. E, nossa, não tinha como ele ser ainda mais encantador.
— O que ela quer? — perguntei, mesmo sabendo que deveria mandá-lo embora e voltar a trabalhar, mas descobri que ainda não queria que ele partisse.
Eu era uma idiota.
— Uma festa do chá — respondeu ele, fazendo “festa do chá” parecer um palavrão. — Nunca nem sequer tomei uma gota de chá, muito menos poderei fazer uma festa toda disso.
Eu me impedi de rir de seu claro desespero, e perguntei:
— Sua esposa não pode ajudar?
Sua expressão pareceu dolorida, então, ele soltou um suspiro e disse:
— Ela, hm, nos deixou, faz quase um ano. Não tivemos mais notícias dela, portanto… não, estou sozinho nessa.
— Sinto muito — respondi, sentindo-me uma idiota completa por ter feito uma pergunta tão pessoal. Dei um passo para frente, decidida a tocar em seu braço e reconfortá-lo, mas parei quando percebi o que estava fazendo.
Ele dispensou minhas desculpas e se queixou:
— A melhor amiga de Kayla deu uma festa do chá no aniversário, e Ka só conseguiu ficar falando sobre os pequenos sanduíches e sobre os lindos copos. — Ele me olhou, com os olhos arregalados. — Sei como fazer sanduíches do tamanho de uma mão, mas do tamanho de um dedo…
Ele passou uma das mãos pelo cabelo, mais longo em cima e curto nas laterais. Mordi os lábios para me impedir de rir daquela frustração adorável.
— Quando Kayla quer dar essa festa do chá? — perguntei, mesmo sabendo que não teríamos espaço na nossa agenda para um evento de última hora.
— Sábado.
Minha mente começou a trabalhar e pensei em tudo que eu precisaria fazer nos próximos dois dias e no que havia disponível para fazer a festa de aniversário de nove anos daquela garotinha ser mágica.
Fui atrás do balcão e peguei nossa agenda. Folheei-a até encontrar as páginas dos eventos.
— Aqui — indiquei, aproximando-me dele com uma prancheta e uma caneta. — Preencha isso com a data, a hora, o lugar e o orçamento disponível, e verei o que eu posso fazer.
— Sério? — perguntou ele, seu lindo rosto se iluminando, cheio de esperança.
— Sério — respondi, assentindo, então, arfei quando ele me puxou para um abraço apertado.
— Você salvou minha vida — disse ele, mas consegui focar apenas em seus longos braços ao redor do meu corpo e em minha bochecha colada naquele peito quentinho. Ele era deliciosamente firme, tinha um cheiro incrível, e pude ouvir o som suave de seu coração batendo. — Um anjo — emendou ele, então, me soltou.
Olhei para o rosto sorridente, e meu coração deu incontáveis pulos como um ginasta feliz.
Ah, meu Deus…
Ele preencheu o papel e entregou-o para mim, com um sorriso gentil.
— Vou conversar com minhas irmãs e entrarei em contato — informei, olhando para o papel e, depois, para ele. — Jackson.
— Mal posso esperar, Millie — respondeu Jackson, dando-me uma piscadela. Ele me deu uma piscadela. E saiu pela porta.
Fiquei parada ali por um momento, congelada no lugar por aquela piscadela, perguntando-me como ele sabia meu nome. Então, lembrei-me… ele estava costurado na frente do meu dolmã de chef.

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