T. M. Frazier - King (King #1)



Ficha técnica: King
Autora: T M Frazier
Editora self
Lançamento original: 15/junho/2015
Lançamento BR: ainda não
302 páginas
POV: primeira pessoa - King e Doe
Gênero: Romance contemporâneo Dark

Protagonistas: Brantley King; Samuel "Preppy" Clearwater; Doe
Locaç/ano: Logan's Beach, FL/atual

"Sem teto. Faminta. Desesperada.

Doe não tem lembranças de quem ela é ou de onde ela vem.

Um criminoso de carreira notória acaba de ser libertado da prisão, King é alguém com quem você não quer cruzar a menos que você esteja preparado para pagá-lo de volta com sangue, suor, sexo ou uma combinação de todos os três.

O Futuro de King está na balança. O futuro de Doe está escrito em seu passado. Quando seus caminhos se cruzam, eles vão ter que aprender que às vezes para manter, você tem que primeiro deixar partir."


Aviso: Este livro contém violência gráfica, sexo consensual e não consensual, uso de drogas, abuso e outros temas tabus e de adultos. Embora originalmente previsto para ser um stand alone, KING é agora uma série de duas partes - termina em cliffhanger



Para algumas pessoas a palavra "sorte" parece ser algo que nunca cruzou seu caminho. Elas têm de pavimentá-lo com o dobro do esforço...

Aos 12 anos, King decide que era hora de sair de casa. Estava cansado de ver a mãe apanhar dos muitos namorados que arranjava, e pior, ela sempre os defendia dizendo que mereceu aquilo. Ele estava tão p... da vida nesse dia que ao chegar na escola e encontrar um valentão batendo em um garoto menor, ele se meteu e acabou com  a raça dele.
Sempre que a mãe trazia um cara para casa, King se via obrigado a ficar do lado de fora.

Samuel é o garoto defendido por King. Ele apanhava do padrasto beberrão. Viram amigos e começam a traçar planos para seus futuros - nada que fosse legal. Se preciso fosse também matariam. Este recebe o apelido de Preppy.

Aos 15 anos, King e Preppy já vinham aprontando todo tipo de coisa que os fizesse ganhar uma grana fácil. Roubavam ou traficavam. Nessa época Bear tornou-se amigos deles. Ele era um prospecto de um clube de moto. Seu pai, Chop, era o presidente do clube, mas como qualquer novato, tinha que passar por todos os estágios. Bear estava feliz da vida. Tentava convencer King e Preppy a também entrarem para o clube, mas estes preferiam não ter qualquer ligação; eles faziam suas próprias regras. Mas a amizade com Bear perdurou. Também com essa idade, King, que era muito bom em desenhar, ganha sua primeira pistola de tatuar e usa os dois amigos como cobaias.

Aos 18 anos King compra a casa que ele e Preppy tinham planejado desde os 12. 
King tinha o trabalho "legal" de tatuador. Ele não se arrependia de viver contra a lei, mas de ser pego. E da última vez que o foi, na verdade, nem foi sua culpa...
Três anos preso...


Doe. Como Jane Doe.
Ela não sabe quem é, quantos anos tem, ou até mesmo o que lhe aconteceu para estar vivendo nas ruas.
A polícia não pôde ajudá-la. Ninguém deu parte de seu sumiço e suas digitais apenas mostraram que ela não estava fichada.
A princípio foi enviada ao Camp Touchey Ferley, mas numa noite ao acordar e ver um dos garotos mais velhos se tocando e olhando fixamente para ela, ela preferiu fugir pela janela do banheiro.
Ela tinha uma companheira de rua, Nikki, mas diferente dela, Nikki era uma drogada assumida, daquelas que preferiria uma boa dose à uma alimentação.
E é pela insistência de Nikki que as duas se encaminharam para uma festa, fogueira na praia, de uns motoqueiros.
Doe se sentia suja, uma prostituta, mas Nikki tentava convencê-la que se ela arrumasse um motoqueiro que gostasse dela, ela teria casa, comida e alguém para defendê-la dos perigos de se morar na rua.

Nesta festa Doe acaba se deparando com Bear, o vice-presidente do Clube Beach Bastards. A festa era em homenagem a um amigo que havia saído da prisão e precisava se enturmar, e como ele percebeu que ela era nova no pedaço - leia-se: não parecia p.. -, ela iria agradar o amigo.
Doe aceita e sobe até o quarto indicado.
Surpresa ao descobrir que aquele homem era exatamente o primeiro que ela viu transando com uma garota de maneira, digamos assim, um tanto selvagem.

King acha Doe diferente, mas percebe que ela não entendia muito bem o que estava rolando naquele ambiente. Ele a manda embora, mas é ele quem a deixa no quarto. E daí começa a confusão.
Nikki aparece na janela, entra no quarto e começa a remexer em tudo para achar algo que pudesse roubar. E por azar de King, Nikki encontrou dinheiro, muito dinheiro numa gaveta. Quando Bear e King invadem o quarto, Nikki não pensa duas vezes e saca uma arma, que Doe sequer sabia que ela tinha, e atira.... em Doe.

Doe acorda algemada na cama, e como Nikki havia levado cerca de 600 dólares, King decidiu que Doe teria de pagar... de alguma forma.

E nos dias que se seguiram apesar de ser considerada uma "escrava" de King, ela tinha uma tratamento melhor do que se estivesse vivendo nas ruas.
Preppy cozinhava - e bem! -, e ela conseguiu engordar uma pouco. Ganhou roupas, ajudava King quando ele estava atendendo seus clientes de tatuagem - e é quando ela descobre que sabe desenhar muito bem - e também, de que forma eles tinham os ganhos deles - A Plantação Caseira da Vovó.



Ela conhece Grace, que para King era mais mãe do que a mulher que o pariu. Fica sabendo por que ele foi parar na cadeia e ficou lá por 3 anos. E sobre Max.

Mas enquanto o casal principal vai se conhecendo mais "biblicamente" falando, ainda tem o ponto máximo do enredo: QUEM ERA DOE?

E é daí que vem a grande surpresa... Não acredite em ninguém. Não confie em ninguém...

gravura > Christy (Goodreads)



O romance é dark. Tem clube de moto (MC - que, para quem conhece sabe que tudo se resume em qualquer coisa que seja contra a lei: prostituição, drogas, armamento, sexo fácil...); tem um protagonista amoral; tem sexo não consentido (e aquele consentido duvidoso).
A heroína é uma garota desmemoriada (ainda não entendi por que dessa fascinação de algumas autoras em colocar um personagem com amnésia. Fala sério, gente! O que isso pode ter de romântico?? Deve ser desesperador você estar sob custódia de alguém e não saber nada de si mesma!!); que se vê em meio a uns caras que, ao mesmo tempo em que são contra-lei, têm um lado bom.

"Há uma diferença entre ser mau e ser perverso."


Guerra de poder por território. Assassinatos a sangue frio. Histórias de vida que marcam. E a revelação maior.

Como já descrito na sinopse, este livro não é para qualquer público. É daqueles que você deve ler por sua conta e risco, e, por isso mesmo, se souber que não faz seu estilo, seria injusto falar mal do mesmo.

Os personagens são fortes. Inevitável você acabar se apegando a um ou outro. Então, quando alguns acontecimentos se dão, você fica triste.
O ritmo da história é muito bom, Contado em primeira pessoa pelo casal principal, a autora não economizou em expor os defeitos, não dourou a pílula.
Há surpresas. Ninguém é de todo só bom ou só mau. Cabe a você fazer seu julgamento.

Apesar de o gênero dark não ser o meu preferido - ainda estou adentrando nesse universo -, admito que a autora tem seus méritos. E sim, o livro termina num cliffhanger alto como uma girafa e você quer correr para começar a ler o 2. Porque quando você chega no final do #1 você fala: WTF?????

5 estrelas

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