Stephanie Laurens - Raptada por um Conde (Irmãs Cynster #3)



Ficha técnica: Raptada por um Conde (The Capture of the Earl of Glencrae)
Autora: Stephanie Laurens
Editora Harper Collins Brasil
Lançamento original: 2012
Lançamento BR: 2017
356 páginas
23 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit; New Adult

Protagonistas: Lady Angelica Rosalind Cynster e Dominic Lachlan Guisachan, 8° conde de Glencrae
Local/ano: Londres; Enfield; Huntingdon; Ware; Buntingfold; Stanford; Newark; Doncaster; York; Berwick; Edimburgo/1829

"Londres, 1829.

Angelica Cynster decidiu comparecer ao sarau na casa de lady Cavendish como parte da estratégia para encontrar o seu herói e futuro marido. Ela sabia que o reconheceria à primeira vista. Por isso, quando notou a presença de um nobre misterioso, ela soube que era o seu escolhido. Apesar do aparente interesse, ele não fazia nenhum movimento para se aproximar, e paciência nunca foi o forte de Angelica. 
Confiando no seu instinto e na sorte que o amuleto da Senhora lhe dava, decidiu dar o primeiro passo e se aproximar daquele homem enigmático. Tudo ia bem no seu primeiro encontro, até que uma atitude do seu herói a faz questionar as intenções dele: Angelica acabara de ser sequestrada!"





Continuação da série > Livro #1 > resenha; Livro #2 > resenha

Heather e Eliza. Duas irmãs Cynster que foram raptadas e conheceram os seus pares, graças ao poder do colar da Senhora do Vale.
Coincidência? Destino?

Não importa. O que importa é que elas não haviam conhecido os seus futuros maridos pelos bailes que estavam acostumadas a frequentar.
Cada uma queria o seu "herói", e foi exatamente isso que cada uma conquistou.

Mas, dentre as três irmãs Cynster, uma delas era a mais ávida a viver uma grande aventura. Angelica.

De anjo ela só tinha o nome. Como a boa Cynster que era, ela era teimosa, amava cavalos e dificilmente se deixaria amedrontar.
Estava mais do que decidida a ajudar o destino, e o colar, a encontrar o seu herói.

Quando estava no sarau de Lady Cavendish, percebeu que conhecia todos os cavalheiros ali presentes. Ou talvez não. Havia um, muito alto, usando elegantemente uma bengala, que estava acompanhado de um amigo em comum, e é através desse amigo, Theodore Curtis, que Angelica conhece o Visconde Debenham.

Debenham havia ficado vários anos fora da Inglaterra cuidando de assuntos familiares. Por isso, apesar da ótima aparência, ele ainda era "carne fresca".
Entretanto, tão logo Angelica conseguiu ser apresentada a ele, outras damas se aproximaram com o mesmo objetivo. Quando a dança começou, e as outras tentaram fazê-lo convidá-las a dançar, ele alegou não poder por conta de algum ferimento, daí o uso da bengala.
Mas ele estava mais do que disposto a conversar com Lady Cynster. E ela, sem perder tempo, convida-o para passear no jardim.

Sim, senhoras e senhores, é ela quem dá o primeiro passo!

Apesar de um ou outro casal estar passando por ali, Angelica e o Visconde conseguiram uma certa privacidade. E foi daí o erro dela...

Em pouco tempo, Debenham havia feito Angelica cativa, levado-a para sua carruagem e voltou para a festa até que a ausência dela fosse sentida, mas ele fosse visto ainda por lá.
Definitivamente esse algoz não era burro.

Então, chegamos à parte em que estamos tentanto decifrar desde o livro #1.
Debenham era ninguém menos que Laird McKinsey, o mandante do sequestro das duas Cynster anteriores. Ou melhor, este nem era o nome dele.

Com Angelica, Debenham, ou melhor, Dominic Glencrae, decidiu agir diferente. Sim, ele a levou à força, mas isso somente até que ela o escutasse.
Ele contou sua história, o porquê dos raptos anteriores, e como a ajuda dela seria bem-vinda para que ele não perdesse suas terras e todos os membros do seu clã não ficassem sem ter um teto sobre suas cabeças.

Como dito, Angelica gostava de uma aventura. Ela não era burra; viu que apesar da confusão, o desespero dele era real. Sua participação na farsa que ele queria montar para ludibriar sua mãe era fundamental.
No entanto, havia um motivo muito maior: Angelica acreditava que ele era o seu herói, ainda que ele não estivesse - AINDA - apaixonado por ela. Era só uma questão de tempo e oportunidade.

Os motivos dados por ele para convencê-la, não vou descrever aqui porque são o ponto central da história e o porquê da trilogia. A gente fica se perguntando, desde o sequestro de Heather, para que ele precisava ter em seu poder uma irmã Cynster - qualquer uma - e por que depois que cada uma encontrou o seu parceiro, ele bancou o cupido e os protegeu.

Só que enquanto Angelica estava envolvida em sua aventura, sua família estava preocupada procurando-a. As irmãs e Honoria, esposa de Devil, duquesa de St Ives, talvez não estivessem tanto. Elas conheciam a personalidade de Angelica e sabiam que ela usava o colar da Senhora do Vale. Mas os homens estavam investigando por todos os cantos, tentando interceptar a fuga de seu captor.

O casal precisava partir para a Escócia, para o Castelo Mheadhoin, onde a mãe de Dominic, Mirabelle, estava.
Ela tinha em seu poder uma taça valiosíssima, que era o motivo de toda a discórdia. Apenas com a chegada de uma irmã Cynster, e sua ruína, fariam com que Mirabelle devolvesse a taça a Dominic.

Mas como Polishop...

MAS NÃO É SÓ ISSO!!!!

Mirabelle tinha um cúmplice e essa pessoa queria não só a taça, mas destruir tudo que fosse de Glencrae.

Um amor do passado jamais esquecido. Uma inveja. Um sequestro. Uma fuga. Um plano. Uma viagem. Uma vingança. Uma traição. Uma paixão.
A trilogia Irmãs Cynster fecha com chave de ouro.



Difícil acreditar, mas a trilogia que havia começado absolutamente sem sal e sem açúcar, conseguiu virar o jogo.
No primeiro livro, que achei entediante, porque passou tempo demais descrevendo a viagem do casal em fuga, eu não consegui sequer dar 3 estrelas. A explicação do algoz ficou faltando e a gente se sente perdido. Na parte do romance, quando o casal se dá conta que está apaixonado, mas ninguém quer dar o primeiro passo, ficou melhor.

No livro #2, vem uma irmã Cynster tão diferente das heroínas que nem sei o que dizer. O enredo também vem com sequestro e fuga, mas a história do casal foi um pouco melhor.
Os dois são tão sem graça que acabam sendo fofos. 
A explicação do algoz aparece um pouco mais e o leitor já passa a ficar mais interessado no algoz do que no casal. E aí vem a grande pergunta: será o algoz passível de perdão ou ele vai morrer no livro #3? Sim, porque quando qualquer um dos homens Cynster colocar as mãos nele, ele será um homem morto.

Mas daí vem o #3. E o algoz dá toda a explicação que você precisa. E você descobre que ele é tão vítima da situação quanto as moças sequestradas. E passa a torcer por ele e querer que o verdadeiro algoz se dê mal.



O casal tem ótima química. O enredo é interessante. Tem a presença não só dos casais anteriores, como de vários personagens da série original dos Cynster.
Sem cliffhanger. A capa é lindíssima (as três são, na verdade), mas, mais uma vez venho reclamar pelo tamanho da letra. Horrível de tão pequena. Para quem vai ler à noite, precisa de uma iluminação extra.

Se você aguentar passar pela prova da leitura do primeiro livro, vai gostar do resto da série e seu encerramento.






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