Ficha técnica: A Torre do Amor (Once Upon a Tower)
Autora: Eloisa James
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2013
Lançamento BR: 2018
352 páginas
42 capítulos
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Drama; Chick Lit; New Adult
Protagonistas: Gowan Stoughton de Craigievar, Duque de Kinross, e Edith Gilchrist "Edie"
Local/ano:Londres; Brighton, Inglaterra; Escócia/1824; 1830
Quando Gowan, o magnífico duque de Kinross, decide se casar, seu plano é escolher uma jovem adequada e negociar o noivado com o pai dela. Ao conhecer Edie no baile de apresentação dela à sociedade, ele acredita que, além de linda, ela também seja a dama serena que ele procura e imediatamente pede sua mão.
Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...
Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.
Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?
Na verdade, o temperamento de Edie é o oposto da serenidade. No baile, ela estava com uma febre tão alta que mal falou e não conseguiu prestar atenção em nada, nem mesmo no famoso duque de Kinross. Ao saber que seu pai aceitou o pedido do duque, ela entra em pânico. E quando a noite de núpcias não é tudo o que podia ser...
Mas a incapacidade de Edie de continuar escondendo seus sentimentos faz com que o casamento deles se desintegre e com que ela se recolha à torre do castelo, trancando Gowan do lado de fora.
Agora o poderoso duque está diante do maior desafio de sua vida. Nem a ordem nem a razão funcionam com sua geniosa esposa. Como ele conseguirá convencê-la a lhe entregar as chaves não só da torre, mas também do próprio coração?
História baseada no conto Rapunzel
Leia também as resenhas:
Quando a Bela Domou a Fera (A Bela e a Fera) > resenha
Um Beijo à Meia-noite (Cinderela) > resenha
A Duquesa Feia (O Patinho Feio) > resenha
Gamou no que viu, mas levou o que não viu.
Esta história é a típica em que o casal vê apenas parte de quem cada um é, e já tira conclusões precipitadas, mas que aqui acabam se tornando cenas divertidíssimas.
Vamos à história.
Gowan havia perdido sua noiva para uma febre há pouco tempo. Srta. Rosaline Partridge era o modelo perfeito de como uma futura duquesa deveria se comportar. Mas, infelizmente, ao ir visitar os pobres, ela sofreu desse destino.
O jeito foi deixar passar o período de luto e caçar outra noiva.
Apesar de ele ser escocês - muito rico, era dirigente do Banco da Escócia, além de chefe do clã MacAulays, possuía até mesmo uma ilha na Itália -, ele decidiu que seria interessante encontrar uma noiva inglesa.
Aproveitou que conhecia comercialmente outro dirigente de banco - o da Inglaterra, Conde de Gilchrist, que estava oferecendo um baile em homenagem à sua filha, Edith - para ser apresentado às beldades do local.
A procura de Gowan não demorou muito.
Ele foi imediatamente arrebatado por uma jovem meiga, calada e gentil, que era ninguém menos que a filha do Conde, Lady Edith Gilchrist.
Ainda que fosse impróprio, ele dançou duas vezes seguidas com ela, mostrando para todos os seu interesse nela, e quando depois ela foi dançar com outros cavalheiros, ele ficou muito incomodado e decidiu dar a noite por encerrada, já que sua escolha havia sido feita.
Ao chegar em casa, entrou em contato com seu advogado para redigir a proposta de casamento.
No entanto, no dia seguinte, ao ir visitar a dama, descobre a casa dela abarrotada por outros cavalheiros, tentando lhe fazer a corte.
Mais uma vez irritado - ele não queria perder todo esse tempo -, ele exige ter uma audiência com o pai dela e faz a proposta. E ali, o acordo é selado, com um dote de 30 mil libras.
No entanto, tinha um senão: aquela moça cordata e gentil? ESQUECE!
Edie só tinha agido daquela forma no baile porque estava com uma baita febre (olha a coincidência do destino) e sequer se lembrava das coisas que havia dito ou do cavalheiro que ela soube depois, ter-lhe pedido a mão.
Então, ela decide deixar suas condições bem claras para ele, e lhe escreve uma carta pontuando o que ela esperava daquela união:
- ela não queria filhos logo
- ele poderia ter amantes, mas apenas após o nascimento dos filhos
- o número de filhos ainda seria negociado
- ela não queria 'perder tempo' transando o tempo todo
- precisaria de tempo para continuar treinando seu violoncelo
Gowan achou hilária aquela carta, ainda que não parecesse vir da moça meiga. Mais parecia um novo acordo comercial. Eles passam a trocar correspondência, e Edie percebe o quão culto o seu noivo era, dado a ler poesias, e citar Shakespeare.
Quando se reencontram, ela quer impressioná-lo, e para isso, pega um vestido mais provocante com sua madrasta, Layla (elas se dão bem).
Seria no casamento de Conde de Chatteris e Honoria Smythe-Smith (sim, há um crossover entre esta autora e Julia Quinn).
A impressão dada não poderia ter sido melhor, e Gowan se sente cada vez mais encantado com a noiva, querendo até antecipar o casamento, que havia sido combinado para dali a 5 meses.
Gowan veio de uma família cujos pais não foram nada discretos com seus casos. A mãe inclusive havia abandonado a família quando ele ainda era pequeno, e quando apareceu anos depois, trouxe uma filha à tiracolo. Havia falecido há poucos meses e, agora, Gowan também era responsável pela irmãzinha de 5 anos.
Com tantos arroubos românticos por parte de Gowan - o que preocupa o pai de Edie, porque ele queria que ela continuasse a treinar o seu instrumento - o casamento é adiantado.
Edie estava muito fascinada por seu marido, mas com o casamento houve um ligeiro problema (e aqui isso é interessante porque, normalmente, as autoras colocam seus personagens masculinos muito experientes na arte da sedução): Gowan também era virgem. E apesar de sua paixão pela esposa, a experiência dela na cama foi um desastre.
Não uma vez, mas várias.
Foram tantas que Edie começa a achar que havia algum problema extra.
Toda essa problemática desestabiliza Gowan. Ele era absurdamente metódico. Toda vez que viajava, seguia um cronograma pré-estabelecido e eficiente, e levava um verdadeiro séquito com ele. Mas a partir de suas desavenças com Edie, ele surta. E viaja de surpresa sem sua equipe e sem dizer quando voltava.
Magoada, Edie se muda para a torre aguardando o dia que seu pai viria buscá-la.
Enquanto esperava, Edie treinava seu violoncelo sempre à mesma hora, o que formava uma plateia ao pé da torre.
Quando Gowan finalmente volta, convencido de que não conseguiria viver sem a esposa, se depara com a notícia não só de que ela havia se mudado para a torre, como que em breve ela partiria de vez.
Ele teria que fazer mais do que simplesmente pedir desculpas, teria de provar o quanto ela era preciosa.
Ainda que a autora traga os elementos básicos do conto de fadas escolhido, ela sempre surpreende com detalhes que enriquecem a história.
O fato do personagem masculino também ser virgem; as passagens de Shakespeare que ele costumava citar (e a mocinha não era dada à leitura); a obsessão de Gowan em sua forma de trabalho.
Quanto à personagem feminina, como dito acima, ela não era dada a ler, mas, assim como o pai, tinha um talento estrondoso à música, e seus ensaios com o instrumento eram religiosamente obedecidos (a ponto de ela ficar com muito mau humor quando estes atrasavam). As imposições dela em relação a não querer ser mãe (teria de ser, pelo título, mas não logo), e quando ela conhece a irmã do marido, não leva qualquer jeito maternal.
Os personagens secundários também dão alma à trama.
O segundo casamento do conde de Gilchrist não era perfeito. Edie até se dava bem com a madrasta, mas como esta não conseguia ter filhos, havia cismado que o marido a traía com uma tal de Winifred, o que causa situações bem engraçadas.
A autora não doura a pílula ao descrever as cenas de quão desastrosos eram os encontros noturnos do casal, e quando Gowan surta e parte, há até mesmo um detalhe que faz com que o leitor, por um pequeno momento, fique com raiva dele.
Óbvio que tudo se encaixa no final. E a torre, que no conto original tem um papel tão importante, aqui não recebe tanto holofote assim, mas se torna um local especial ao casal.
Sem cliffhanger.
Sobre a série, a editora brasileira pulou o 3° livro - THE DUKE IS MINE - que traz o conto da Princesa e a Ervilha. Este não é um conto de fadas tão famoso no Brasil. Mas também há os livros menores.
#1,5 - STORMING THE CASTLE
#2,5 - WINNING THE WALLFLOWER
#4,5 - SEDUCED BY A PIRATE
Será que os teremos no Brasil?
*LIVRO cedido pela editora em parceria, em troca de uma resenha de opinião honesta.
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