[Resenha] Lisa Kleypas - Um Estranho Irresistível (Os Ravenels #4)



Ficha técnica: Um Estranho Irresistível (Hello Stranger)
Autora: Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2018
Lançamento BR: 11/fevereiro/2019
288 páginas
25 capítulos
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit; New Adult

Protagonistas: Dra. Garrett Gibson & Ethan Ransom
Local/ano: Londres/1876

Uma mulher que desafia seu tempo.

Dr. Garret Gibson, a única médica mulher na Inglaterra, é tão ousada e independente quanto qualquer homem – por que não lidar com os próprios desejos como se fosse um? No entanto, ela nunca ficou tentada a se envolver com alguém, até agora. Ethan Ransom, um ex-detetive da Scotland Yard, é tão galante quanto secreto, e sua lealdade é um verdadeiro mistério. Em uma noite emocionante, eles cedem a uma poderosa atração mútua antes de se tornarem estranhos novamente.

Um homem que quebra todas as regras.

Ethan tem pouco interesse pela alta sociedade, mas é cativado pela preciosa e bela Garrett. Apesar da promessa de resistir um ao outro depois daquela noite sublime, ela logo será atraída para sua tarefa mais perigosa. Quando a missão dá errado, Garret usa toda a sua habilidade e coragem para se salvar. À medida que enfrentam a ameaça de uma traição do governo, Ethan fica disposto a assumir qualquer risco pelo amor da mulher mais extraordinária que já conheceu.




Continuação da série:
Livro #1 > resenha
Livro #2 > resenha
Livro #3 > resenha


Lembra que na resenha anterior eu mencionei que o motivo de Pandora ter sido atacada não havia sido solucionado? Bem, neste livro aqui, o motivo daquele atentado retorna, e o ex-detetive da Scotland Yard, Ethan, é quem ajuda a resolver o caso.

Vamos voltar a Ethan e sua primeira aparição na série.
Foi no livro #2, quando Winterborne ainda estava noivo de Helen e esta andava agindo estranhamente.
Como homem de negócios que sempre antecipava as ações de seus concorrentes, Winterborne estava acostumado a seguir sua intuição, e, por isso, ele não pensou duas vezes em contratar Ethan Ransom para seguir sua noiva.
E esse ato deu resultado numa situação bem interessante ao casal, lembra?
Ah, não leu? Então, corra para ler.

Naquela ocasião, Ethan seguiu a Lady Ravenel, que estava na companhia da Dra. Garrett Gibson, que como única médicA em toda Inglaterra - e o governo fez de tudo para que isso permanecesse por muito tempo, dificultanto que qualquer outra mulher fosse estudar em outro país para exercer a profissão na Inglaterra -, já trabalhava para Winterborne para atender os quase mil funcionários que ele tinha.

A médica deixou uma forte impressão no detetive, mas ele manteve distância. O tipo de vida que ele tinha era perigoso demais para se envolver romanticamente com alguém.

Beeeeemmm mais tarde, quando Pandora sofre o atentado, é Ethan quem aparece para, não-oficialmente, investigar o caso. Descobre-se o motivo, mas não se pega o principal articulador.

Meses depois, Garrett, que uma vez por semana visitava orfanatos e asilos em bairro da periferia, extremamente violento, percebe que estava sendo seguida. E quando uns três soldados bêbados a confundem com uma prostituta e são um pouco mais contundentes em querer desonrá-la, ao lutar com eles (sim, senhoras e senhores! Nossa mocinha não é uma pária), ela recebe uma ajudinha bem-vinda de Ethan.
E descobre que ele vinha seguindo-a todas as terças-feiras.
E que ela precisava aprender auto-defesa se insistia em visitar aquelas comunidades sem uma carruagem (coisa que Winterborne já havia oferecido).

Ele próprio se oferece a fazer uma demonstração para ela, uma aula, e o clima, que já não era pouco, esquenta.

Mas aí, você se pergunta: ok, a doutora trabalha para Winterborne, que é casado com uma Ravenel, mas por que a autora decidiu criar um livro para esse casal?

Acontece que há outra ligação entre um dos personagens e os Ravenels.
Ethan recebe de herança uma casa em Norfolk, deixada em testamento por meio de um fundo secreto, de ninguém menos do que o outro conde Trenear, Edmund, o pai de Theo e das meninas Helen, Pandora e Cassandra.

Opa! Mas por que ele faria isso?
Ahhhhh... Você vai ter de ler.



Garrett confessa a Helen, praticamente sua única amiga, que se sentiu balançada por Ethan, e Helen logo coloca lenha na fogueira para que fiquem juntos.
O grande problema era o próprio Ethan.

Ele estava em meio a uma investigação perigosíssima, com direito a traição e fugas. Ter Garrett na vida dele seria um ponto fraco a ser usado.
Mas, apesar de todos os seus esforços de mantê-la longe, Garrett é colocada em meio ao fogo cruzado.
A essa altura não havia escapatória; todas as emoções estavam à flor da pele:

"- O que houve? Choquei você, minha querida?
- Um pouco. É a minha primeira vez.
- Mas você pareceu tão ousada antes, com toda aquela conversa sobre posições.
- Eu... achei que começaríamos de uma forma mais civilizada, mais lentamente, e só então passaríamos para coisas mais ousadas.
- Você não me convidou para a sua cama esperando um amante civilizado, certo?"



No entanto, apesar do clima quente na cama e romântico fora dela, os dois estavam em perigo, e o inimigo, que tinha tudo a perder, não pensaria duas vezes em matar para eliminar provas e testemunhas.



Personagens totalmente secundários que ganham a oportunidade de contar sua própria história - e que história!!

Como dito antes, Ethan tinha todo um envolvimento secreto com os Ravenels, algo que ele repudiava totalmente, diga-se de passagem.

Já no caso de Garrett, a autora explica no fim do livro o porquê da escolha do nome e a homenagem feita à verdadeira primeira médica britânica, Dra. Elizabeth Garrett Anderson.

Um dos pontos altos, para mim, neste livro, é que o mistério que começou no livro anterior foi resolvido, não se estendendo a outros. O casal tem a sua aventura, faz suas concessões para ficar junto e tem seu final feliz (não tão fácil, acredite).
Tem a participação de West (o ex-beberrão), irmão de Devon, que terá sua história contada no próximo livro (e daí, a família de Sebastian volta. Uebaaaaaa!!!), e de Winterborne (para mim, o #2 ainda é o melhor da série, apesar de #3 e #5 estarem bem próximos, pau a pau.)

A capa segue a linha das anteriores (fofa). Não tem cliffhanger e, de verdade, para um casal tão fora dos padrões, o pedido de casamento de Ethan foi um dos mais bonitos que já vi.



Corre para ler, porque logo chega o #5.





Livro recebido em parceria, em troca de resenha de opinião honesta.

Comentários