[Resenha] Annie Darling - Amor Verdadeiro na Livraria dos Corações Solitários (A Livraria dos Corações Solitários #2)



Ficha técnica: Amor Verdadeiro na Livraria dos Corações Solitários (True Love at the Lonely Hearts Bookshop)
Autora: Annie Darling
Editora Verus
Lançamento original: 18/maio/2017
Lançamento BR: 2018
336 páginas
28 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance contemporâneo; drama; chick lit

Protagonistas: Verity Love; Peter Hardy; Johnny
Local/ano: Londres/atual

Este é mais um romance delicioso da série A Livraria dos Corações Solitários, sobre a vida dos funcionários da livraria, um “alegre bando de desajustados”, que por uma razão ou outra desistiram do amor e, ainda assim, o encontram quando menos esperam. 

É uma verdade universalmente conhecida que uma mulher solteira, em posse de um bom emprego, quatro irmãs mandonas e um gato carente, deve estar em busca do seu verdadeiro amor. Será? 

Verity Love — fã de carteirinha de Jane Austen e uma introvertida em um mundo de extrovertidos — está perfeitamente feliz sozinha, muito obrigada. E seu namorado fictício, Peter Hardy, é muito útil para ajudá-la a escapar de eventos sociais indesejados. Mas, quando um mal-entendido a obriga a apresentar um total estranho como namorado para suas amigas, a vida de Verity de repente se torna muito mais complicada. 

Uma namorada fictícia também pode ser bem útil para Johnny. Indo contra todos os instintos de Verity, ela se deixa convencer a fazer uma parceria com ele para um único verão recheado de casamentos, aniversários e festas no jardim, com apenas uma promessa: não se apaixonarem um pelo outro. Mas isso não tem nem chance de acontecer, pois Verity jurou nunca mais ter um namorado, e o coração de Johnny já tem dona...



Continuação da série > Livro #1 > resenha


Depois que tudo que diz respeito à livraria "Felizes para Sempre" entrou nos eixos (os novos donos estão felizes com o progresso dos negócios e noivos!), partimos para conhecer melhor os outros funcionários da loja. Dessa vez, somos apresentados a Verity.

Imagine-se trabalhar e conviver com pessoas tão chegadas num romance (e até o novo nome da livraria prova isso), e você precisar se justificar do porquê seu namoro está no limbo?
É mais ou menos isso que acontece com Verity.

Após um namoro longo com Adam, por três anos, Verity meio que ficou de saco cheio pelas amigas sempre perguntarem como ela estava emocionalmente. Para parar de receber olhares piedosos, ela decidiu criar uma namorado.

Peter Hardy.

Peter era tudo o que uma mulher queria. Bonito, bem-sucedido na vida, carinhoso.
Só tinha um problema: Peter viajava demais por causa de seu trabalho. Ele era oceanógrafo.
Durante um tempo, essa história preencheu o vazio das perguntas insistentes das amigas, Posy e Nina. Mas chegou uma hora que a ausência de Peter começou a ser notada.

Então, Verity achou que já estava mais do que na hora de 'terminar' com esse namoro à distância.

Na realidade, Verity gostava de passar períodos sozinhas - ainda que adorasse as amigas -, e para isso, ela até mesmo tinha o hábito de ir sozinha num de seus restaurantes favoritos, Il Fornello - às sextas-feiras após o expediente. Só que depois de ter dado essa notícia bomba às amigas, as duas acabam indo atrás de Verity.
No desespero, ela pede a um desconhecido que finja ser algo dela.
Passado o susto, ele entrou no jogo. Porém, ele não era Peter Hardy... mas Johnny.
Isso faz com que as amigas pensem que Verity saía com dois caras ao mesmo tempo, mas quem poderia condená-la já que Peter nunca dava as caras? E Johnny parecia ser tão legal...

O plano doido deu certo nessa vez. O que Verity não imaginava era que na semana seguinte Johnny apareceria no restaurante propondo a ela que mantivessem a farsa.

A história dele era QUASE parecida com a dela, com a diferença de que a pessoa por quem ele tinha um certo "rolo" era real, e, de certa forma, ele sabia que já estava mais do que na hora de se livrar daquele relacionamento tóxico; além do que, ele queria que os amigos - que não sabiam desse relacionamento dele - parassem de tentar lhe arrumar uma namorada.

O plano era que eles fingissem um namoro por algumas semanas; fossem em festas/encontros de amigos (dos dois lados) e, depois, terminassem o namoro na boa.

Entretanto, essa convivência trouxe surpresas agradáveis.

Verity descobre que Johnny trabalhava com restauração de casas, e havia morado em Nova Orleans por um tempo ajudando na reconstrução de casas destruídas pelo furacão Katrina.
Enquanto para Verity, Johnny a lembrava de Mr Darcy, seu personagem literário masculino favorito, ela mesma praticamente vivia um estilo de vida das irmãs Bennett.
Verity tinha outras irmãs: Con (Constance); Merry (Mercy); Immy (Patience) e Chatty (Charity). As duas últimas, gêmeas. Verity até mesmo tinha mania de recitar trechos de "Orgulho & Preconceito" só para irritar a família.

A família dela adora Johnny, assim como os amigos dele adoram Verity.
Mas ela percebeu que enquanto estavam em qualquer evento, Johnny passava tempo demais ao tel ou enviando mensagens, e ela sabia que devia ser com a tal mulher do relacionamento impossível.

Só que o inesperado acontece. Ainda que eles tentassem se blindar quanto aos sentimentos, isso foi caso perdido. E pior, Verity descobre a real história da outra mulher na vida dele, e com aquilo ela não compactuaria.

Brigaram e ficaram semanas sem se ver. Isso dá tempo para que cada um pense melhor sobre a possibilidade de darem certo.
O orgulho teria de ser domado, e o preconceito deixado de lado, para poderem viver um grande amor e, no final dizerem: "Leitor, eu me casei com ele" (Jane Eyre).



Enquanto no primeiro livro - onde esses personagens nos são apresentados -, a história da livraria nos faz viajar por tantos romances famosos citados, neste aqui o foco é o livro de Jane Austen.
O casal é meio complicado - mesmo os dois sendo solteiros e desimpedidos. O coração de Johnny não estava tão livre assim, mas no fundo, ele sabia que aquele romance não teria futuro; e Verity estava ali, ao lado, sendo tão sincera, engraçada e companheira... Por que não tentar?
Mas quem manda no coração?

É por isso que é só tarde demais que eles se dão conta do que realmente queriam e era importante.

Um romance fofo, não erótico, com várias citações de locais em Londres, daquele jeito que dá uma vontade danada de pegar o primeiro avião e revisitar a cidade.


O terceiro livro da série já está disponível.


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