Maratona Grupo Record: Amy Tintera - Reboot (Reboot #1)



Ficha técnica: Reboot
Autora: Amy Tintera
Editora Galera Record
Lançamento original: 2013
Lançamento BR: abril/2015
342 páginas
POV: primeira pessoa - Wren
Gênero: Fantasia; Young-adult; Distopia

Protagonistas: Wren Connoly e Callum Reyes
Local/ano: República do Texas/não definido, pós apocalíptico

"Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos Reboots de número mais alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade dos reinicializados começa a mudar."


O futuro nunca parece promissor...





Numa época em que comida começa a ser racionada, a cidade onde você cresceu não se parece mais com os tempos de outrora, um vírus começa a matar as pessoas.... mortos começam a voltar a viver...
Esses são classificados de REBOOTs.

Tudo começou quando o vírus KDH reduziu o estado do Texas a 5 conglomerados urbanos. O governo e cientistas tentam descobrir a cura para tal e afastar o mal, no entando, a sorte não chega para todos.
Algumas pessoas, após adquirirem o vírus, quando morrem, retornam. O tempo em que estes permanecem mortos varia.
A princípio estes que voltavam eram reconhecidos como um milagre, mas com o passar do tempo, tendo seu número aumentado, a população humana passou a temê-los. Isso porque não voltavam como eram antes.

Cada minuto que se passa morto conta. Quanto maior o tempo, melhor será seu corpo. Um reboot é menos sentimental; aguenta ficar mais tempo sem comer; tem uma cicatrização mais rápida; não adoece. Com essas novas descobertas, eles passaram a ser considerados uma aberração, e passaram a ser temidos e caçados.

Virando o jogo a seu favor, os humanos, então, criaram o CRAH (Corporação de Repovoamento e Avanço Humano). Nesta, eles colocaram os reboots para trabalhar para eles, em regime de escravidão. Os reboots eram enviados em missões suicidas para conter os rebeldes, recapturar reboots fugitivos e deter humanos desobedientes e malfeitores. Uma das ordens era que os humanos estavam proibidos de se locomover entre os conglomerados para diminuir a disseminação do vírus.

Os reboots não eram conhecidos por seus nomes, mas sim por um número. O número de tempo em que ficaram mortos. E havia um que era o mais temido. 178.

Wren Connoly ficou 178 minutos morta depois de tomar 3 tiros no peito. Ela era a mais rápida e o melhor soldado deles. Uma de suas atribuições era treinar novos reboots, e geralmente ela escolhia, da nova leva, o de número maior, com maior chance de sobrevivência. Seus recrutas eram declaradamente os melhores.

A cada 6 semanas uma nova leva de reboots chegava ao complexo. Nesta última, um deles acabou por chamar a atenção de Wren. O 22.

Há muito tempo que um número tão baixo não sobrevivia durante o período de adaptação ao pós morte. Callum, o 22, conseguira. Por ter ficado pouco tempo morto, ele era o que se costumava dizer, o mais humano dos reboots. Por conta disso, diferente dos outros, ele não temia Wren.
Havia uma organização no refeitório feita pelos próprios reboots onde abaixo de 100 sentavam em outra área. Callum "desobedeceu" a regra e sentou à mesa de Wren. Ele estava sempre sorrindo e fazia perguntas demais sobre tudo.
Sabendo que ele seria treinado por outro reboot, um que tinha um recorde alto de perder os recrutas, Callum pede diretamente a Wren que o treine. Ele praticamente a desafia a tornar um reboot de baixa numeração num soldado melhor. E ela acaba por aceitar.

A convivência entre eles, enquanto treinavam ou iam em missões, acaba por estreitar. Callum fez com que Wren voltasse a sentir. Se antes ela nunca questionava nenhuma ordem, considerando sua vida como soldado reboot melhor do que a vida miserável que tinha enquanto humana, agora ela já começava a achar certas ordens - sem explicação - exageradas.

Tudo piora quando ela fica sabendo que sua melhor amiga, Ever 56, recebeu uma vacina baseada num novo experimento. O que era para tornar os reboots abaixo de 60 melhores, provou-se ser um erro. Ever mostrou sinais de rapidez e agressividade aumentados e sua sede por sangue e carne também aumentou, fazendo-a atacar outros para comer. Até que, não mais aguentando, ela se matou.

Perdendo sua melhor amiga e passando a considerar Callum uma companhia agradável (mesmo ainda sem entender por que), Wren recebe um ultimato do superior a respeito do pouco avanço no treinamento de Callum, além da teimosia dele em não querer matar ninguém. Ou ele melhorava, ou ela teria de eliminá-lo.

Wren fica sabendo de mais uma mentira contada pelos superiores na CRAH: alguns reboots considerados mortos, mas cujo corpos nunca foram recuperados, na verdade estavam vivos; haviam fugido para um acampamento rebelde.
Sabendo que não teria tempo hábil em tornar Callum um assassino, assim como ela era, Wren só tem uma opção: fugir para o acampamento e tornar-se um rebelde.

Como todo livro gênero distopia, começamos numa época em que o mundo não é mais o mesmo.
O ritmo da história é muito bom. Os personagens são interessantes. Todos muito jovens, vivendo uma vida prisioneira, mas para muitos, era melhor do que a anterior, mesmo sabendo que eram odiados/temidos pelos humanos e renegados pela família.
Ao longo da narrativa ficamos sabendo o histórico de muitos dos reboots, e como que a numeração de cada um afeta as suas decisões. A inclusão da nova vacina em reboots de numeração baixa acaba tornando-se um novo ingrediente ao clima já de suspense existente. Quem será o novo afetado?

Wren é uma personagem forte não só fisicamente, mas seu lado psicológico também mostra uma força tamanha. Ela era um reboot desde os 12 anos de idade; foi treinada exaustivamente até aprender a não gritar (gritar significava morte). Os humanos de fora do complexo naturalmente a odiavam, mas dentro, eles a temiam. Ela tinha cheiro de morte para eles.
Com a vinda de Callum em sua vida, Wren começou a questionar sobre o que antes estava mais do que acomodado em sua mente. E o mais importante: ela passou a sentir.
Sozinho Callum não teria qualquer chance de sobrevivência, e para ela perdê-lo não era mais uma opção.

Mesmo sendo uma distopia e tendo tanta cena de guerra, não achei o clima deste livro tão pesado quanto Jogos Vorazes. Foi uma bela surpresa já que não sou fã do gênero, mas me arrisco a lê-lo.
O final traz várias surpresas e reviravoltas e agora os rebeldes estão a solta.
O livro #2 já foi lançado lá fora, agora é esperar chegar por aqui.


Abaixo o booktrailer:



5 ESTRELAS!!!

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