Mia Sheridan - O Coração do Leão (Signos do Amor #2)



Ficha técnica: O Coração do Leão (Leo)
Autora: Mia Sheridan
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2013
Lançamento BR: 2015
208 páginas
POV: primeira pessoa - Evie
Gênero: Romance contemporâneo; Chick Lit; Drama

Protagonistas: Leo McKenna; Evelyn Cruise; Jake Madsen
Local/ano: Cincinnati/atual (+8 anos antes; +7 anos depois) 

"Evie e Leo se conheceram ainda crianças, em um lar adotivo, e logo se tornaram grandes amigos. Com o tempo, a amizade se transformou em uma paixão avassaladora, e eles juraram ficar juntos para sempre.

Quando Leo foi inesperadamente adotado na adolescência e teve que se mudar para outra cidade, prometeu a Evie que entraria em contato com ela assim que chegasse lá e que voltaria para buscá-la quando ela fizesse 18 anos. Mas ele nunca mais deu notícias.

Oito anos depois, apesar das circunstâncias, Evie conseguiu dar a volta por cima. Tem um emprego, amigos e está feliz. Então, de repente, um homem chamado Jake Madsen surge em sua vida, alegando ter sido enviado por Leo para saber como ela está.

Evie não consegue evitar a atração que sente por esse homem sensual e misterioso. Mas será que ela pode confiar em um estranho? Ou será que ele está guardando um segredo sobre sua real ligação com Leo e os motivos que o levaram a sumir de sua vida anos atrás?"


Promessa feita. Promessa quebrada.
Oito anos se passam e Evie nunca mais ouviu falar em Leo.

Eles se conheceram num dos lares provisórios de adoção.
Evie tinha uma mãe viciada. Era do tipo que estava sempre tão chapada que não se importava se ou quando a filha era tocada por um dos muitos companheiros de uso de droga. Até que um dia um vizinho chamou a polícia, e o cara que estava junto a Evie não teve chance - ou reflexo - para tirar a mão dela de onde estava.

Leo era a prova viva de que sua mãe havia traído o marido. Com isso, o seu suposto pai fazia dele saco de pancada, e quando não o atacava, usava o filho menor, Seth, para atingir Leo.
Seth era autista e tinha um profundo caso de retardo mental. Leo cuidara dele praticamente desde que nasceu. Alimentava-o, trocava suas fraldas. E era o ponto fraco dele junto ao padrasto. E por causa disso, num dia de surra severa, Leo acabou indo parar no mesmo lar que Evie.

Com eles havia a pequena Willow. Da mesma idade, mas pequena, com cara de fada, Willow tinha o medo estampado nos olhos. Ela queria sempre passar desapercebida.

Eles iam e vinham de lares provisórios. Lares cujos responsáveis estavam mais interessados no dinheiro pago pelo governo do que em criar as crianças; casas que acabavam tornando-se verdadeiros depósitos de crianças escravas.

O tempo passou e a amizade entre Evie e Leo tornou-se paixão de adolescente. Quando chegaram aos 15 anos, uma coisa rara: uma família quis adotar Leo. Isso seria fantástico se a família não estivesse para se mudar para San Diego, do outro lado do país.
Leo jurou escrever sempre e quando ela fizesse 18 anos, idade para sair de qualquer lar provisório, ele estaria lá para buscá-la, e mais uma promessa:

"Vou beijá-la agora, Evie, e quando isso acontecer vai significar que você é minha. Não me interessa a distância que haverá entre nós. Você. É. Minha. Vou esperar você. E quero que me espere também..."


Leo vai embora no dia seguinte... e Evie nunca mais ouviu falar nele.

Evie tem 22 anos. Mora numa quitinete; trabalha como camareira no hotel Hilton de dia e em algumas noites ou fins de semana, como garçonete num bufê. É doce com todos e querida pelos vizinhos. Apesar da vida dura, não deixou que o amargor da vida a atingisse. Ela sente falta de Leo, mas ja se acostumou a viver sem ele. E agora, estava se dirigindo ao enterro de Willow.
A linda e pequena Willow que na verdade já havia se deixado morrer há anos. Finalmente tivera coragem de partir graças a uma agulha enfiada no braço.
Ao levantar-se para fazer o discurso de elogio ao falecido - quem mais o faria para uma viciada? -, Evie repara que alguém ao longe observava tudo encostado numa árvore.
Ela não sabia o nome desse alguém, mas sabia que era lindo e a vinha seguindo há mais de uma semana. E, sinceramente, se ele fosse algum tipo de detetive, deveria melhorar seu método de perseguição.

Naquela semana, enquanto saía em seu dia de folga para aproveitar e fazer o que mais gostava - ir à biblioteca -, Evie consegue enganar seu perseguidor, dar a volta na quadra e aparecer atrás dele, confrontando-o.

Ele conseguia ser mais lindo de perto, mas ela não o conhecia. Ele se apresenta como sendo um antigo amigo de Leo e traz uma má notícia: Leo havia morrido no ano anterior num acidente de carro.
Para Evie uma segunda perda de seu passado. Definitiva. 
No fundo ela ainda esperava o dia que Leo apareceria e lhe diria por que demorou tanto para entrar em contato. Mas isso já não seria possível.

Por outro lado, parecia que o que quer que Leo tenha falado sobre Evie para Jake, deixou uma baita impressão porque este queria saber mais sobre ela, e uma amizade começa dali.

Os dias passam e eles saem para comer, passear e gastam longas horas falando...sobre Evie. Quando finalmente ela tem chance de perguntar a ele sobre Leo, pouco lhe é dito. Eles tinham sido colegas, não amigos de trocarem confidências.

Evie sente-se cada vez mais atraída por Jake, e, de certa forma, estranhamente confortável na presença dele. Mas poderia ela voltar a confiar num estranho?

Certas coisas começam a acontecer... Evie vê mulheres rondando-o, mas quando tentava partir, ele dava um jeito de convencê-la a ficar.
E nesse jeito Evie acabou por entregar-se por completo.

Jake era rico. Seu pai era dono de uma empresa de tecnologia de raio X para aeroportos, e agora Jake era o presidente, desde a morte do pai.
Evie não estava deslumbrada pelo que ele tinha, mas por ele, e isso a tornava ainda mais fascinante aos olhos dele.

Mas havia inveja. Havia um passado ainda não enterrado de todo por Evie. Havia um leão e uma contadora de histórias. E quando tudo isso se encontra, talvez o resultado seja forte demais para Evie suportar...

"Por que vocês está olhando para mim?
Porque eu gosto de seu rosto"



O enredo traz histórias de sofrimento, superação e segunda chance.
Os personagens são fortes, mas às vezes há diálogos bem simplórios.
O mais interessante na narrativa desta autora é que ela consegue pegar histórias simples e alternar o simplório com falas absolutamente marcantes. Em alguns momentos você se pega emocionado(a) por determinada ocorrência com os personagens. E acredite, tem momentos  pesados.
A história é previsível - acho que você já sabe a que me refiro.
O ritmo é bom.

Este livro, diferente do anterior lançado pela ed Arqueiro, recebeu um outro volume, trazendo o POV de Leo. Lançamento no Brasil em 2016.




4 estrelas.

*Livro cedido pela editora, em parceria, em troca de uma resenha de opinião honesta.







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