Erica Ridley - The Duke's Accidental Wife (The Dukes of War #7)





Ficha técnica: The Duke's Accidental Wife
Autora: Erica Ridley
Editora Intrepid Reads
Lançamento original: 1° Março/2016  LANÇAMENTO
Lançamento BR: ainda não
200 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de Época; Chick Lit

Personagens: Miss Katherine Ross; Tia Havens; Lawrence Pembroke, Duque de Ravenwood
Local/ano: Londres/1816

"Srta Katherine Ross é uma socialite rica, excêntrica, que sabe exatamente o que quer: Nenhum marido. Nada de filhos. Nada de conversinha tête-à-tête à luz de velas com o Duque insuportavelmente-sem-emoção de Ravenwood. Ela está convencida de que o coração dele é de gelo - até que ela toca aquele peito esculpido. Um lapso de julgamento é tudo o que é preciso para transformar a vida de ambos às avessas ...

O Duque de Ravenwood não é frio e altivo, mas é um romântico enrustido que sempre sonhou em se casar por amor. Em vez disso, ele encontra Srta. Katherine Ross - uma  ousada teimosa que pretende transformar o mundo ordenado dele num caos. Ele não sabe se a beija ou a estrangula. Podem eles sobreviver a companhia um do outro tempo suficiente para transformar um compromisso em amor?"


Último livro da série DUKES OF WAR.

Lawrence Pembroke, mais conhecido como o Duque de Ravenwood, mais conhecido ainda como Sua Graça, estava de saco cheio daquela sessão do Parlamento no Palácio de Westminster. Mas ele era um homem que levava a sério suas obrigações e, como duque, sua prioridade era o seu país.
Ele havia prometido à irmã que passaria na casa dela para o jantar, ainda que a sessão terminasse tarde, como de fato aconteceu.
Ele chegou à casa dela cansado e faminto, bem depois da meia-noite.

Mas Amelia, casada com Lord Sheffield (resenha - livro #1), não era uma pessoa que alguém conseguisse pegar de surpresa; ela sempre tinha tudo preparado. SEMPRE. Por isso, ela, o marido e convidados o esperavam.

Logo Ravenwood desconfiou que aquele jantar não era apenas um jantar, mas sim um pedido para algo. Principalmente ao ver que o casal de convidados era Major Blackpool e sua esposa Daphne, que era conhecida por fazer suas caridades (resenha - livro #4), e a amiga dela, Srta Katherine Ross.

Esta, então, Ravenwood estava cansado de ouvir histórias sobre ela já que ela era prima do Duque Lambley, que também atendia o Parlamento. Ela possuía um Museu e era conhecida por ter amizades com artistas de todos os tipos. Alegre e algumas vezes inconsequente, Kate era o exato oposto de Ravenwood, que detestava festas e multidão.

O pedido de fato veio. Daphne queria organizar um leilão para caridade e a presença de Ravenwood, avesso a esse tipo de coisas, iria atrair mais gente. Afinal, se até o ermitão Ravenwood estava presente, o evento deveria ser muito bom. O leilão aconteceria no museu da Srta. Ross. Ele aceita o convite, até porque estava cansado e com fome e queria resolver logo o assunto.

No dia do leilão, ele estava presente... em corpo. Mas não queria se misturar e queria fugir do barulho. Ficou boa parte do tempo escondido entre colunas. Katherine o viu e foi atrás dele. Acabaram se encontrando em outra sala, particular e, para variar, começaram uma discussão. Quando ela vai pegar um objeto numa estante, ele fala algo mais próximo a ela, que a assusta, ela perde o equilíbrio e ele a segura. Nesse exato instante, a tia-avó de Katherine, Havens, entra na sala e os flagra praticamente abraçados. A princípio ela age normalmente, mas ao sair da sala, ela fala em alto e bom som para outra pessoa que Katherine precisava de privacidade para lidar com um certo cavalheiro. A pessoa com quem ela fala não é ninguém menos do que o primo de Kate, o duque de Lambley, que entra na sala tomando satisfações pela honra da prima. Em questão de quinze minutos, a reputação de Ravenwood que ele tanto prezara virou pó. A fofoca foi desde que Katherine era sua amante até que ele a estava pedindo em casamento. E de fato foi o que ele teve que fazer.

Um desastre para ambos!!!

Katherine havia ficado órfã ainda criança e teve a sorte de ter tia Havens para ficar com ela. Passaram por muitas coisas juntas. Kate era rica, fazia o que gostava e, apesar da fama de ousada, nunca sequer havia sido beijada. Mas ela preferia assim porque quando mais nova e sua tia era parteira, ela ouvia histórias tristes de mulheres que não haviam conseguido na hora do parto, e tanto elas quanto as crianças morreram. Kate teve sua parcela em ver aqueles caixões pequenos com bebês dentro, e ela não queria aquilo para si.
Além disso, havia a questão de perder a autonomia de tudo que possuía. A partir do momento que casasse, todos os seus bens passariam para o marido, assim como ela mesma seria considerada uma mercadoria, e ela prezava a sua liberdade.

Do outro lado havia Ravenwood.
Quando perdeu os pais, ele e sua irmã Amelia tiveram como guardião o tio Blaylock. Este mudou-se para a casa ducal e fez questão de mudar tudo que pôde, começando pela mobília. Havia uma sala em especial, a sala da família, onde eles se encontravam para ler e conversar quando Ravenwood era criança, que o tio fez a maior das mudanças. Desfez-se de todos os móveis, retirou o retrato da família e transformou em sua sala de trofeus de caça, com cabeças de bichos nas paredes. Isso revoltou Ravenwood. Tão logo ele tomou posse de seu título, expulsou o tio de lá proibindo sua entrada e recuperou todos os cômodos como estavam antes. Entretanto, sua sala preferida não pôde ser recuperada porque todos os móveis foram vendidos ou destruídos. Agora, apenas o quadro estava na parede.

O casamento deles tinha tudo para dar errado. Mas ele era um homem de palavra, e no dia seguinte, ele foi à casa dela para saber se ela preferia que os proclamas corressem normalmente ou preferia um casamento mais rápido com licença especial.

Casaram-se em poucos dias, apenas com os amigos mais chegados presentes.
Katherine agora era duquesa e estava casada com o homem que ela mesma em várias ocasiões mofara chamando-o de o Rei de Gelo.

Mas nada como a convivência para quebrar o gelo, e Kate passa a ver um lado de Ravenwood que ninguém conhece, a não ser a irmã dele.

Um dos maiores medo de Kate era que ele não aceitasse a tia dela que estava mostrando sinais de senilidade. Tia Havens dava os primeiros passos do Alzheimer e tinha alguns episódios. Mas Ravenwood aceitou-a como a criança que era. E pensava que talvez esse fosse o motivo de Kate não querer fihos, já que a tia era quase uma criança.

O maior obstáculo foi a noite de núpcias.
Claramente eles se desejavam. Como pessoas de boa aparência que eram, logicamente não seria um sacrifício consumarem o casamento. Até que Kate sugere que ele use preservativo porque ela não quer engravidar... Aí, o bicho pegou.

O maior sonho de Ravenwood era ter sua própria família. E como duque, precisava ter herdeiros ou seu título acabaria indo para o seu odioso tio. As palavras dela foram o banho de água fria que ele precisava.
E o casamento não foi consumado. E Ravenwood pensava seriamente na anulação.

No entanto, uma anulação não cairia bem para nenhum dos dois. Ela tinha uma fama não muito favorável e se se separasse dele, na certa a culpa cairia sobre ela. Ele, por levar sua palavra a sério demais, iria se sentir um fracassado. Então, os dois resolvem tentar de forma diferente. E nessa tentativa houve o conhecer segredos que abriram novos caminhos.
Havia algo em cada um que despertou no outro o carinho e a ternura que precisavam para seguir em frente. Juntando a isso, vinha a atração, o desejo daquilo que foi começado mas não completado.

Ele se orgulhava pelos planos que ela fazia em promover as Artes não para ganhar fama, mas para ajudar os outros; ela conheceu o lado sensível dele, aquele que mantinha um jardim privativo e escrevia poemas. E com essas revelações eles encontraram o caminho para o amor.

Mas ainda havia um obstáculo a vencer. O maior deles. E a solução veio quando um abriu mão de seus sonhos e o outro abriu as portas do seu coração...



Ravenwood aparece em praticamente todos os livros da série e sempre como um bom amigo, mas uma pessoa extremamente reservada. Aqui, temos desnudados todos os seus motivos para ser assim.
Ele era uma pessoa complexa, sofrida, responsável até o último fio de cabelo, e que guardava seus segredos para que ninguém os visse. Apenas sua irmã o conhecia de fato.

Quando Kate decide que vai fazer seu casamento funcionar, ela dá murros em ponta de faca algumas vezes porque não havia como saber a forma de chegar até o marido. Até que ela descobre que precisava ser a duquesa que ele tanto queria. Com a ajuda de Amelia e seus mais de 60 livros registros sobre tudo que se passava em Ravenwood House, Kate começa a mudança.
Sua noite de núpcias poderia ter sido um fracasso, mas aquilo foi apenas o primeiro passo, certo?

Semanas se passam até que Ravenwood comece a perceber as mudanças.

Ele também queria que seu casamento desse certo e para isso, ele teria que abrir mão de algumas resoluções.
Sua esposa era uma ótima anfitriã e gostava de receber visitas, coisa que ele detestava, mas até nisso ela foi sensível ao jeito dele.

Passo a passo eles vão se moldando. Há decepções, momentos alegres, pequenas descobertas. Mas acima de tudo, uma grande vontade de que tudo desse certo.

Haveria tia Havens tendo episódios cada vez mais frenquentes; haveria Jasper, o cachorro; haveria festas; haveria as sessões do Parlamento... Mas também haveria alegria; a sala da família; poemas; dálias; crianças e amor.

 "Ele a fez sentir-se irresistível. Imprudente.
Como se ela pudesse se perder nele... 
e achar alguma coisa ainda melhor"


Aqui termina a série.
Quatro amigos vão para a guerra. Um deles fica. Um pirata que não conseguiria viver em terra e uma mulher que administrava qualquer coisa com a precisão de um general em batalha.
Uma série que me cativou desde o primeiro livro e esperava cada lançamento com ansiedade.
Difícil dizer qual gostei mais porque mesmo quando o personagem não era o meu preferido, sempre havia algo na história que prendia, cativava. Mas definitivamente este livro aqui encerra com chave de ouro e mostra que um romance não precisa estar recheado de cenas de sexo para ser bom, prender a atenção do leitor.
Erica Ridley é uma autora não conhecida no BR mas que valeria a pena que dessem atenção a ela e sua obra.

5 ESTRELAS!!!

*ARC enviado pela editora, através do NetGalley, em troca de uma resenha de opinião honesta
**Gravura do casal >> Aleta Rafton

a autora





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