Tessa Dare - A Bela e o Ferreiro (Spindle Cove #3,5)



Ficha técnica: A Bela e o Ferreiro (Beauty and the Blacksmith)
Autora: Tessa Dare
Editora Gutenberg
Lançamento original: 2013
Lançamento BR: abril/2016
137 páginas
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de Época: Chick Lit

Protagonistas: Srta Diana Highwood e Aaron Jacob Dawes
Local/ano: Spindle Cove; Summerfield; Hastings, Sussex, Inglaterra/1815

"Diana Highwood estava destinada a ter um casamento perfeito, digno de flores, seda, ouro e, no mínimo, com um duque ou um marquês. Isso era o que sua mãe, a Sra. Highwood, declarava, planejando toda a vida da filha com base na certeza de que ela conquistaria o coração de um nobre. 

Entretanto, o amor encontra Diana no local mais inesperado. Não nos bailes de debute em Londres, ou em carruagens, castelos e vales verdejantes O homem por quem ela se apaixona é forte como ferro, belo como ouro e quente como brasa. E está em uma ferraria

Envolvida em uma paixão proibida, a doce e frágil Diana está disposta a abandonar todas as suas chances de um casamento aristocrático para viver esse grande amor com Aaron Dawes e, finalmente, ter uma vida livre! Livre para fazer suas próprias escolhas e parar de viver sob a sombra dos desejos de sua mãe. Há, enfim, uma fagulha de esperança para uma vida plena e feliz. 

Mas serão um pobre ferreiro e sua forja o felizes para sempre de uma mulher que poderia ter qualquer coisa? Será que ambos estarão dispostos a arriscar tudo pelo amor e o desejo?"


Continuação da série SPINDLE COVE (livros #1, #2 e #3 já resenhados)

Diana Highwood era belíssima, a mais bela entre as três irmãs Highwood.
Como Charlotte, a caçula, gostava de pontuar, ela era o espírito da família, Miranda era o cérebro, mas Diana era a personificação da beleza. E essa opinião era uma unanimidade na pequena cidade de Spindle Cove.

A Sra. Highwood, viúva, havia se mudado para a cidade há alguns anos por causa da saúde fraca de Diana. Ela sofria de asma e durante muitos anos a família assistiu a pobre menina ter crises pavorosas, com a dificuldade de fazer algo simples como respirar.
Diana teve uma infância diferente, sem poder sofrer grandes emoções ou sair, correr, suar e se sujar como qualquer criança.

O ar da pequena cidade em Sussex a ajudou a melhorar. As amizades também. Mas uma das coisas que mais afetou Diana não foi o ar, ou as amizades, ou as aulas de piano, ou de tiro, mas um certo ferreiro...

Aaron Dawes era o ferreiro da cidade, e como bem pontuado pelo própria Diana:

(...)um ferreiro é indispensável a uma comunidade. Ele cuida dos cascos dos cavalos dos fazendeiros e conserta os toletes dos barcos dos pescadores. Quando os vizinhos precisam, ele até arranca dentes e endireita ossos. Os cravos forjados em sua oficina sustentam a vila toda."

Mas além disso, Aaron era o estilo de homem "tipão". Com todo aquele trabalho braçal por anos, seu físico desenvolveu; ele era alto e os pulsos dele eram mais grossos do que os tornozelos dela.
Oh, sim! Ela passava bastante tempo observando-o, especialmente quando levava algo para ele consertar com o simples pretexto de ficar olhando-o.

Eram dois anos de paixão platônica. Até que Aaron percebeu e resolveu dar o próximo passo.
Sem saber como agir, acostumada a apenas olhar, Diana fugiu. Mas uma série de acontecimentos levam-na a reavaliar a sua vida. O que ela queria era diferente do que a mãe queria.
Miranda, a irmã do meio, acabou casando-se com um homem nobre. E mesmo a Sra. Highwood querendo algo semelhante para Diana - quem sabe um duque? -, Diana queria... Aaron.

Por outro lado, ela sendo uma dama, ficar com um trabalhador braçal como ele poderia colocar o futuro de Charlotte em cheque. As pessoas ainda viviam de aparências e das boas relações sociais.
Como, então, Aaron e Diana poderiam ficar juntos sem prejudicar aqueles que amavam?



O livro é curto, originalmente lançado apenas em ebook, mas a história é meiga, romântica e engraçada.
O casal já não é mais tão jovem para os padrões de casamento das jovens da época - ela já tinha quase 24 anos, mas ainda assim, Diana não tinha muitas experiências já que passou boa parte de sua vida protegida em uma bolha por conta de sua saúde frágil.

Aaron tinha um pouco mais de experiência, mas sua vida, desde a morte do pai quando ele tinha 17 anos, foi tomar conta da mãe e das irmãs até que estas casassem, tocando a oficina. Quando Spindle Cove tornou-se um reduto de moças problemáticas, que não se encaixavam nos padrões rígidos da sociedade londrina, muitos homens reclamaram, mas Aaron achou bom. Isso não só significava mais trabalho para ele, como o tornava quase como um irmão mais velho para todas aquelas damas. Exceto a Srta Highwood. Esta ele nunca sentiu carinho fraternal.
Mas ele sabia qual era o seu lugar e estava conformado com isso. Entretanto, quando ele percebeu a quantidade de vezes que ela aparecia em sua oficina para fazer algum conserto, o que era desconfiança tornou-se certeza, e daí, a dor do que ele desejava mas não poderia ter era maior.

Os personagens são fofos. Há um mistério a ser resolvido. O ritmo é bom. E apesar de lamentar de o livro ser tão curto, por outro lado, achei a história perfeitamente satisfatória, sem enrolação. Sem cliffhanger.





*Livro cedido pela editora em troca de uma resenha de opinião honesta.

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