Éléonore Fernaye - Escândalos de Elisabeth




Ficha técnica: Escândalos de Elisabeth (Scandaleuse Elisabeth)
Autora: Éléonore Fernaye
Editora Leque Rosa (Bezz)
Lançamento original: 20/setembro/2013
Lançamento BR: 07/dezembro/2016
276 páginas
20 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; Chick Lit

Protagonistas: Elisabeth Arsac; Félicité du Plessis; Henry Wolton; Louis Arsac
Local/ano: Paris; Passy; Nante, França; Estados Unidos/1778; 1780

"Paris, 1778.
A bela Elisabeth Arsac atrai milhares de olhares, porém, esta jovem mulher rejeita todos os pretendentes, porque quer preservar sua independência e evitar as inconveniências do casamento. No entanto, em um baile de máscaras, ela cai nos encantos de um americano sedutor, com quem trava uma galante conversa.
Então, ela se joga de cabeça em um caso clandestino, que é interrompido quando ele pede sua mão. Elisabeth não tem a menor intenção de aceitar um marido, mas o destino pode ter decidido de outra forma..."


Numa sociedade ainda em que a mulher não tinha direitos, era educada em convento e, ao sair, era com o objetivo de casar, Elisabeth ousava desafiar a família e rejeitar os pretendentes que lhe eram oferecidos, para consternação de sua mãe.

Sua melhor amiga, que conheceu na época do convento, Félicité du Plessis, havia saído do convento e casara-se com um homem 30 anos mais velho do que ela, mas agora, há dois anos, encontrava-se viúva.

Apesar de querer conhecer o prazer carnal, principalmente pelo que sua amiga lhe contava, Elisabeth não queria ser imposta a um casamento sem direitos, sem voz e sem amor.
Indo com a amiga a um baile de máscaras, conhecido por ser um tanto escandaloso mesmo para os moldes da sociedade francesa, Elisabeth só queria se divertir, e, quem sabe, flertar.

Enquanto dançava, ela se vê cativa pelo olhar de um desconhecido. Quando este se aproxima, ela percebe que ele era estrangeiro, americano, mas decidiram que se aproveitariam das máscaras para manterem o anonimato.
Conversaram um pouco e logo a conversa partiu para os beijos que ambos estavam ávidos por trocar.
O que poderia ir mais além, termina antes de começar e, mortifcada, Elisabeth vai embora sentindo-se entre frustrada e ofendida.

A certeza é de que nunca mais se veriam e essa vergonha, de quase ter se entregado a um completo desconhecido, Elisabeth guardaria para si só.

Mas pouco tempo depois, num jantar oferecido em sua casa, seu irmão, Louis, traz como convidado seu amigo e professor de inglês, Henry Wolton. Ele a reconhece pelo cordão que usava; ela o reconhece por suas palavras.

Uma relação de amor e ódio se faz ali.
A atração era tangível, e isso irrita um antigo pretendente de Elisabeth, Sr. de La Ferté, que apesar de já ter recebido várias rejeições da jovem, continuava a achar que ela lhe pertencia.
No entanto, a animosidade de Elisabeth pelo estrangeiro se dissipa quando, durante o jantar, ela expõe suas ideias de igualdade dos sexos; que as mulheres deveriam ter as mesmas chances que os homens nos estudos. Diferente dos outros convidados, que a ouvem por educação ou fazem pilhéria de suas ideias, Henry quer ouvir mais sobre o assunto e até mesmo concorda com ela.

Num próximo encontro, por coincidência, num dia frio, Henry acaba por dar carona à Elisabeth em sua carruagem.
Por tê-la encontrado numa região não muito própria a uma dama da estirpe dela, ele desconfia que ela tenha ido encontrar um amante, e a jovem não o dissuade de sua opinião, e ainda aproveita a oportunidade para fazer-lhe uma proposta: a de que eles poderiam se encontrar para uma tarde amorosa.

Se ela tinha um amante, por que não?

Mas após esse encontro, que mexeu com ambos mais do que gostariam de admitir, Henry descobre que ela era virgem, e como o cavalheiro que era, mesmo que estivesse em Paris a trabalho e por um curto período de tempo, ele teria de fazer a coisa certa e pedi-la em casamento. Mas quem disse que Elisabeth queria isso?
Como convencê-la?

Um plano é colocado em ação. Um noivado de fachada ajudaria Elisabeth a se livrar de outros candidatos e daria tempo a Henry de terminar a sua missão política no país, e eles tinham certeza que o pai dela recusaria a proposta já que Henry não tinha título nobiliárquico.
Mas o plano deles lhes foge do controle, e eles teriam de lidar com um pretendente ciumento, uma conspiração familiar, uma tentativa de assassinato e emoções que eles não queriam encarar.

Quando o país que tanto preza a liberdade (Liberté, Égalité, Fraternité) se encontra com o novo país livre, quais as chances de eles tornarem-se cativos pela maior das razões?



O romance de época que teria tudo para ter um enredo interessante com uma narrativa água com açúcar, mas a autora preferiu apimentar a relação do casal trazendo algumas cenas um tanto mais quentes.
Mas esse não chega a ser o ponto forte da história, ainda que seja interessante.
O que mais intriga o leitor é como Henry conseguirá convencer Elisabeth de que eles deveriam ficar juntos.
Claro que a grande questão da protagonista era que ele estava fazendo aquilo pela honra, sem dar chance a ele de mostrar que havia algo mais, e é a partir daí que o leitor fica intrigado.

O plano fracassado, os amigos e familiares alcoviteiros, a questão política, que era a real razão da viagem de Henry a Paris, pelo fato de seu país ter se tornado livre há pouco tempo, ainda que os franceses ainda encarassem os Estados Unidos como uma "colônia".

Ainda que o enredo seja interessante, há pontos altos e baixos ao longo da história, mas que com o passar da leitura, surpreende.

Não conhecia a autora, até porque o original é em francês.
Sem cliffhanger.
4 estrelas.

*Foto: Estátua da Liberdade, nos Estados Unidos.

**Apesar de ter essa foto da estátua e se saber que ela foi um presente dado ao povo americano pelos franceses, a história do livro se passa mais de 100 anos antes da estátua existir.

Estátua da Liberdade (em inglêsThe Statue of Liberty; em francêsStatue de la Liberté), cujo nome oficial é A Liberdade Iluminando o Mundo (em inglêsLiberty Enlightening the World; em francêsLa liberté éclairant le monde) é uma escultura neoclássica colossal localizada na ilha da Liberdade no porto de Nova Iorque, nos Estados Unidos. A estátua de cobre, projetada pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, que se baseou no Colosso de Rodes para edificá-la, foi construída por Gustave Eiffel e dedicada em 28 de outubro de 1886. Foi um presente dado aos Estados Unidos pelo povo da França. A estátua é de uma figura feminina vestida que representa Libertasdeusa romana, que carrega uma tocha e um tabula ansata (uma tabuleta que evoca uma lei) sobre a qual está inscrita a data da Declaração da Independência dos Estados Unidos, 4 de julho de 1776. Uma corrente quebrada encontra-se  sob os pés. A estátua é um ícone da liberdade e dos Estados Unidos, além de ser um símbolo de boas-vindas aos imigrantes que chegam do exterior.
A cidade de Paris também possui três monumentos semelhantes a Estátua da Liberdade, que foram utilizados como modelos para a construção da estátua doada aos Estados Unidos. O maior deles fica na extremidade da Île des Cygnes, na altura da Ponte de Grenelle e está voltada para oeste, em direção à estátua original em Nova Iorque.
A estátua pode ser observada do rio Sena ou desde as proximidades da Ponte de Grenelle. Essa réplica de 11,5m e 14 toneladas foi doada à cidade em 1885 e inaugurada em 15 de novembro de 1889 na presença de seu criador, o escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi.
A segunda réplica está dentro dos Jardin du Luxembourg, e foi um presente de Bartholdi ao Musée de Luxembourg em 1900 - a estátua foi instalada definitivamente nos jardins seis anos mais tarde. Essa estátua é feita em bronze e serviu como modelo para a construção da estátua de Nova Iorque. Ela segura uma tábua com a inscrição "15 de novembro 1889" - referenciando a data de inauguração da réplica da Île des Cygnes. (Fonte > Wikipédia)


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