Eloisa James - Esse Duque é Meu (Contos de Fadas #5)




Ficha técnica: Esse Duque é Meu (The Duke is Mine)
Autora: Eloisa James
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2012
Lançamento BR: 10/abril/19
320 páginas
Prólogo + 33 capítulos + Epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de Época; Chick Lit; New Adult

Protagonistas: Miss Olivia Mayfield Lytton; Tarquin "Quin" Brook-Chatfield, Duque de Sconce; Rupert Forrest Gump Blakemore, Marquês de Montsurrey; Miss Georgiana "Georgie" Lytton
Local/ano: Londres; Kent, Inglaterra; França/1812; 1825.

Era uma vez, numa época não muito distante…

Para Olivia Lytton, seu noivado com o duque de Canterwick é mais uma maldição do que uma promessa de ser feliz para sempre. Pelo menos o título de nobreza dele ajudará sua irmã, Georgiana, a garantir o próprio noivado com o carrancudo – e lindo – Quin, o duque de Sconce, um par perfeito para ela em todos os sentidos.

Quer dizer, menos em um, porque Quin está apaixonado por Olivia. A curvilínea, teimosa e inconformista irmã gêmea de sua noiva desperta um desejo desconhecido nele. Mas Quin nunca coloca a paixão à frente da razão, e a razão lhe diz que Georgiana é a noiva perfeita.

Quando eles não conseguem resistir à paixão, correm o risco de colocar tudo a perder – o noivado de Olivia, a amizade dela com a irmã e o próprio amor dos dois.

Agora só há uma coisa capaz de salvá-los, e ela espera no quarto, onde um magnífico colchão guarda respostas transformadoras ao enigma mais romântico de todos.

No quinto livro da coleção Contos de Fadas, Eloisa James traz de volta à baila uma pergunta antiga: será que a perfeição tem alguma coisa a ver com o amor?


Livros anteriores:
A Bela e a Fera > resenha
Cinderela > resenha
O Patinho Feio > resenha
Rapunzel > resenha



Este é baseado no conto de fadas a Princesa e a ervilha, um conto não muito popular no Brasil.
Temos um verdadeiro balaio de gato.

Dois amigos de colégio que fazem a promessa de que seus filhos formariam um casal.
Bom, acontece que o que teve a filha trabalhou muito mais rápido. Na verdade, teve duas. Gêmeas. A mais velha, então, Olivia, cresceu e foi educada dentro da "duquesificação". Ou seja, criada para ser uma duquesa.

O outro amigo só conseguiu cumprir a sua parte no trato cinco anos depois.

Voltemos às irmãs.
Olivia e Georgiana ainda que gêmeas, não podiam ser mais diferentes. Muita coisa.
Georgie era magra, bonita, dentro dos padrões que a sociedade londrina ditava e tinha uma graciosidade que encantava todos ao seu redor.
Olivia era absurdamente fora dos padrões.
Não era gorda, mas tinha muito mais "carne". Tinha um jeito espirituoso em excesso e um sarcasmo que fazia sua mãe desmaiar.

O seu noivo era mais jovem do que ela, e, diziam as más línguas, um tanto "atrasado" mentalmente. Ou, como as irmãs o chamavam entre elas: NN - noivo nulo.

Mas Rupert (o tal noivo) não era de todo ruim. Adorava poesia; tinha uma cachorra horrorosa chamada Lucy, que ele amava incondicionalmente, e tinha uma única certeza: queria tornar-se um herói de guerra.

Para o seu pai, o Duque de Canterwick, isso era inadimissível. Rupert era seu único filho e herdeiro. Não poderia se expor ao perigo. Mas com a teimosia de Rupert, o pai fez um arranjo para que o rapaz fosse enviado a Portugal (a guerra estava na Espanha) com um pequeno contingente, apenas para se sentir útil.

Olivia, noiva desde que nasceu, já havia esperado por 23 anos, poderia esperar por mais um pouco.
Ela sabia que TINHA que se casar com um duque. Seus pais investiram tudo que tinham na criação dela (e Georgie também foi beneficiada) contando que a filha traria riquezas para todos. Georgie, inclusive, esperava ter um dote oferecido pelo seu cunhado, para que pudesse casar.

Mas, então, surge um outro duque na parada.
Ele já era um duque, e não tão novo quanto Rupert, que só tinha 18 anos.

Quin, Duque de Sconce, 32 anos, já havia sido casado. Seu casamento se deu de forma avassaladora, quando se apaixonou perdidamente por Evangeline, com quem teve um filho, Alfie.
No entanto, Evangeline era o tipo de mulher que vivia para a paixão, e logo passou a achar o marido frio demais. Ela passou a ter casos - e todos sabiam que o duque tornara-se corno.
Ela decidiu fugir com o amante, levando o filho e a babá, e todos morreram num naufrágio.

Quin teria de se casar de novo. Havia um ducado para cuidar.
Sua mãe passa a cuidar de escolher uma noiva para ele. Alguém adequado para o papel de duquesa.




Na ausência de Rupert, Olivia acompanha sua irmã a Littlebourne Manor, casa de campo do Duque de Sconce, onde a duquesa viúva escolheria dentre as candidatas, a que melhor se encaixasse ao papel.
Quin deixaria que sua mãe escolhesse sua nova esposa.

Mas, daí, surge Olivia.



Com tudo aquilo que a mãe dele não aprovaria para uma duquesa e, por isso mesmo, cheio de vida e paixão.
E paixão foi o que explodiu entre eles.





Porém, não esqueçamos de que havia um noivo "quase herói" e uma irmã cogitada pela duquesa viúva a se casar com Quin.
Como Quin e Olivia poderiam ficar juntos sem magoar outras pessoas queridas?

Então, entra a segunda parte.
Georgiana, a filha obediente e meiga, se revela, para surpresa - e gratidão - de Olivia.
Quanto a Rupert, ele de fato se torna um herói, e, ao mesmo tempo, dá chance a Quin de também viver a sua aventura em terras inimigas.



O romance entre Quin e Olivia acontece de forma avassaladora.
Ele era bem do tipo que ou não se interessava nada, ou se jogava de cabeça. Ele parecia ter "dedo podre" para escolher uma boa duquesa. Pelo menos com Evageline isso tinha se mostrado certo.
Com Olivia, entretanto, a cada dia ela se provava ser a pessoa certa. Para ele.

Ela estava presa a um compromisso firmado por outrem, com um rapaz muito mais novo e que também não tem qualquer interesse por ela.
Rupert era jovem, idealista, sensível, e tinha muitos planos para sua vida que, no momento, não incluía uma esposa.
Não pense mal dele. Ele gostava de Olivia; ela era uma das poucas pessoas que gostava de Lucy como ele, mas a época era a errada. E Olivia o entendia, de verdade.

Atente-se à cena na qual o casal tenta miseravelmente ser pego numa situação comprometedora e falha.

Quin precisava de uma esposa, herdeiros, mas, também, de alguém que lhe desse vida.
Desde a morte de seu filho, Alfie, ele não imaginava que alguém conseguiria lhe fazer rir ou querer gozar plenamente da vida.
Olivia trouxe aventura à porta dele, e não se deixava afetar pelas convenções impostas pela sociedade.
Alguém tão imperfeita era perfeita para ele!!

Com este livro, os livros principais da série se findam (como eu disse em outra resenha, há 3 contos. Ainda não sabemos se a editora brasileira irá trazê-los:

#1,5 - STORMING THE CASTLE
#2,5 - WINNING THE WALLFLOWER

#4,5 - SEDUCED BY A PIRATE

O estilo da autora é tão diferente, que tal elencarmos algumas características desta série?



⇨ a autora se mostra uma aficcionada por filmes e séries. Alguns de seus personagens são homenagens a personagens da tela, como o livro 1, cujo personagem masculino principal é inspirado no Dr. House, e neste aqui, temos o nome de Rupert como uma homenagem a Forrest Gump;

⇨ os nomes/sobrenomes dos personagens são bem diferentes e exóticos dos usualmente usados em romances de outras autoras; e ela gosta, particularmente, de sobrenomes hifenados: Warl-Marbug-Maasfeld, ou ainda, Brook-Chatfield;

⇨ França. A autora adora, até morou (ou ainda mora) lá. Então, sempre tem um personagem relacionado àquele país;

⇨ Mocinhas que se relacionam com mocinhos muito mais novos, você encontra nos livros dela;

⇨ Justin Fievbre, personagem secundário neste livro aqui, foi inspirado - acredite se quiser - em Justin Bieber. A filha da autora é muito fã dele;

⇨ Há um "crossover" em um dos livros da série com um livro de Julia Quinn, do Quarteto Smythe-Smith;

⇨ Adaptar os contos de fadas para romances veio como inspiração o próprio pai da autora, que gostava de "reelaborá-los". Nada como um desafio em trazer uma história mundialmente conhecida numa roupagem nova e conseguir surpreender.

Seja você também surpreendido(a) por cada um deles.





*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de uma resenha de opinião honesta.

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