[Resenha] Jill Mansell - Onde Mora o Amor



Ficha técnica: Onde Mora o Amor (Don't Want to Miss a Thing)
Autora: Jill Mansell
Editora Arqueiro/ Coleção Romances de Hoje
Lançamento original: 31/janeiro/2013
Lançamento BR: 09/setembro/2019
368 páginas
55 capítulos
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance contemporâneo; Chick Lit; Drama; New Adult

Protagonistas: Dexter Yates; Molly Hayes; Frankie Taylor; Amber Taylor; Henry Baron; Sam Jones; Delphi
Local/ano: Londres; Briarwood, Cornualha, Inglaterra/atual

Dexter Yates adora sua vida despreocupada em Londres. Além de lindo e rico, mora em um apartamento chique e está sempre acompanhado de belas mulheres. Mas tudo se transforma da noite para o dia quando a irmã morre, deixando a pequena Delphi, de apenas oito meses.

Sem a menor ideia de como cuidar sozinho de um bebê, ele resolve se afastar da correria da cidade grande e se muda para sua casa em Briarwood.

Dex não está acostumado ao ambiente intimista do vilarejo, em que todo mundo se conhece e todas as histórias se entrelaçam. Os moradores o recebem de braços abertos, sobretudo sua vizinha de porta, a talentosa quadrinista Molly, que se oferece para ajudar com Delphi. Ela tem um passado amoroso catastrófico e muita cautela, mas nasce entre os dois uma inegável conexão.

Se Dex vai conseguir se adaptar a essa nova vida e encontrar o amor de verdade, ele primeiro terá muito a aprender: sobre Molly, sobre Delphi, sobre os segredos dos outros e, principalmente, sobre si mesmo.


Coleção Romances de Hoje (podem ser lidos em qualquer sequência):

➽ A Pequena Livraria dos Sonhos, de Jenny Colgan ➽  resenha
➽ A Padaria dos Finais Felizes, de Jenny Colgan ➽ resenha

➽ O Café da Praia, de Lucy Diamond ➽   resenha

Dexter tinha a vida de solteiro que muitos homens almejam e invejam: um ótimo trabalho, um apartamento bem localizado e mulheres caindo aos seus pés. A aparência bonitona o ajuda bastante nesse último quesito.
Uma coisa que Dexter não procura: relacionamentos duradouros e namorada ciumenta.
Por isso, quando ele recebeu um telefonema necessário tarde da noite, mas sua agenda telefônica acusou que era um nome feminino, e sua companhia deu chilique... Opa! Hora de abortar a missão.

O telefonema veio de Laura, irmã bem mais velha de Dexter, que estava para lá de feliz porque finalmente tinha conseguido que sua 'produção independente' desse certo, e a sobrinha dele, Delphi, tinha acabado de nascer.

O que Dexter não contava oito meses depois era que o papel que havia assinado, se colocando como guardião de Delphi na falta de Laura, iria ser colocado em prática.
Laura morreu de repente, e lá estava ele responsável por um bebê.

Primeiro pensamento: o que um homem solteiro sabe sobre bebês? Muito melhor dá-la para adoção. Mas Laura ficaria tão desapontada... Criar um bebê num apartamento também não seria o ideal, e como ele havia juntado um bom capital em seu trabalho de investidor, decidiu que era hora de uma mudança radical. Pediu demissão e foi viver em Briarwood, em sua casa recém reformada.
A casa comprada para ser um point apenas de verão, agora seria o seu novo lar.
E o mais interessante era a vizinha...

Molly era cartunista e finalmente, depois de várias tentativas, erros e acertos, um de seus quadrinhos ficou famoso nos jornais. Boo era uma it-girl da California, e Boogie, seu adoravel e sardônico chihuahua.
Isso não lhe garantia uma rende espetacular, por isso, ela dava aulas de caricatura e quadrinhos à noite, no Café da amiga, Frankie.

Seu namoro de três meses com Graham não estava indo nada bem. Graham era um cara legal, mas sua paixão pelo rúgbi acabava fazendo com que ele exagerasse na bebida, nas gandaias e nas amizades perigosas.
Cansada de ter de estar à disposição das confusões em que ele se metia (a última foi ele ter quebrado os dedos dos pés e telefonado para ela ir buscá-lo no hospital de madrugada), ela terminou o namoro.
Graham tentou convencê-la a voltar dando-lhe um peixe recém pescado. Mas o peixe estava com uma cara muito estranha, e um cheiro pior ainda.
Ela, então, decidiu jogá-lo no quintal do vizinho, cuja casa estava vazia há meses (quem sabe algum animal o comeria de noite), mas o barulho que o peixe fez não foi o de cair no chão, mas sim, o de bater na cara de alguém.
E foi assim que Molly e Dexter se conheceram.

Ele comprou a casa, fez uma bela reforma e agora, estava ali se aclimatando à nova cidade, numa vida mais calma.

Mas quem disse que morar em cidade pequena não traz emoções?

Henry, melhor amigo de Dexter do antigo trabalho, recebe uma foto do amigo, que estava ajudando no Café da Frankie, e por alguma razão inexplicável, ficou absolutamente fascinado pela dona do local. Mas tinha um problemão: Frankie era casada.

Frankie e Joe eram casados há vinte anos e tinham uma filha adolescente, Amber.
A casa deles havia sido usada, há um tempo, como locação de uma série da TV, Next to You, que foi um tremendo sucesso.
A protagonista da série tinha um Café no local, o que levou Frankie a fazer o mesmo, já que os visitantes pediam para ver a casa e se decepcionavam ao descobrir que o Café era cenográfico.
Havia pelas paredes do Café várias fotos e objetos da série.

A vida da família Taylor mais parecia propaganda de margarina... até que não parecia mais. E essa seria a grande chance de Henry.

Foto IG da editora


Desastres para uns, sorte para outros, Jill Mansell tem um jeito delicioso de contar uma história.
Na verdade, ela conta várias histórias ao mesmo tempo.
O que percebi é que apesar de na sinopse ter um casal em destaque, todos os personagens dela ganham atenção igualmente, e ainda assim você não se perde.

Aqui, então, temos a história do namorador Dexter (que apesar de ter interesse em Molly, não perde a chance de sair/transar com outras mulheres); Molly, que parece não dar muita sorte com homens, mas tem um coração de ouro; Amber, a adolescente que tem como tipo preferido para namorado os badboys, mas quando aparece um rapaz todo certinho na aula de desenho que ela frequenta, a curiosidade sobre ele fala mais alto; e Frankie, que tinha uma vida perfeita, mas viu seu castelo de cartas ruir de forma fenomenal.

Você vai lendo e virando cada páginas, torcendo pelos personagens, pelos casais, pelas soluções. É viciante. E altas emoções, gente!!! Teve um momento ali que meu queixo foi no chão. COMO ASSIM???!!!
E o melhor de tudo, a autora gosta de histórias completas; sem cliffhangers ou livros seriados.

O romance é leve, sem cenas eróticas. Ótimo ritmo. Personagens carismáticos; plot twist interessante.
Vale muito a pena conhecer essa coleção da editora Arqueiro. É uma surpresa boa atrás da outra.








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