[Resenha] Lisa Kleypas - Uma Herdeira Apaixonada (Os Ravenels #5)



Ficha técnica: Uma Herdeira Apaixonada (Devil's Daughter)
Autora: Lisa Kleypas
Editora Arqueiro
Lançamento original: 19/fevereiro/2019
Lançamento BR: 11/novembro/2019
272 páginas
33 capítulos
POV: terceira pessoa
Gênero: romance de época; chick lit; new adult

Protagonistas: Phoebe Challon, Lady Clare, & Weston Ravenel
Local/ano: Hampshire; Essex; Londres/1877

Embora a bela jovem viúva Phoebe, Lady Clare, nunca tenha conhecido West Ravenel, ela sabe uma coisa com certeza: ele é mau e um valentão podre. Quando estava no colégio interno, ele fez da vida de seu falecido marido uma desgraça, e ela nunca o perdoará por isso. Mas quando Phoebe participa de um casamento de família, encontra um estranho arrojado e impossivelmente charmoso, que a abala com um choque de atração de fogo e gelo. E então ele se apresenta ... como ninguém menos que West Ravenel.

West é um homem com um passado manchado. Sem perdão, sem desculpas. No entanto, a partir do momento em que conhece Phoebe, West é consumido por um desejo irresistível ... sem mencionar a amarga consciência de que uma mulher como ela está fora de seu alcance. O que West não negocia é que Phoebe não é uma dama aristocrática. Ela é filha de uma Wallflower obstinada que há muito tempo fugiu com Sebastian, lorde St. Vincent - o libertino mais diabolicamente perverso da Inglaterra.

Em pouco tempo, Phoebe começa a seduzir o homem que despertou sua natureza ardente e demonstrou um prazer inimaginável. Sua paixão avassaladora será suficiente para superar os obstáculos do passado?

Só a filha do diabo sabe ...



Continuação da série:

Livro #1 ⇝ resenha
Livro #2 ⇝ resenha
Livro #3 ⇝ resenha
Livro #4 ⇝ resenha

Depois da deliciosa surpresa no livro #3, quando retornamos contato a um dos personagens mais carismáticos da autora - Sebastian St. Vincent -, conhecendo a família que ele formou com Evie, a amiga gaga entre as Folhas Secas, aqui, retornamos ao convívio de sua família através de sua filha mais velha, Phoebe.

Phoebe, que herdou os cabelos cor de fogo da mãe, casou-se com um amigo de longa data, Henry, lorde Clare.
Vizinho dos Challons, Henry sempre teve uma constituição física frágil. Quando foi enviado à escola, ficou pouco tempo e logo seus pais fizeram com que ele tivesse sua educação com tutores.
Nesse período escolar, ele teve uma péssima experiência, sofrendo bullying de vários garotos, mas um em especial tinha Henry como alvo.
Henry escrevia sobre os vários trotes que sofria através de cartas para Phoebe, e, por isso, por tabela, ela também passou a execrar esse outro aluno.

Apesar da relutância em aceitar casar-se com Phoebe - não por não gostar dela, mas por saber que seu estado de saúde só piorava -, Henry acabou entregando-se ao amor que sentia por ela. Casaram-se e tiveram dois lindos meninos, Justin e Stephen. O segundo, no entanto, não teve o privilégio de conhecer o pai.

Estando no final de seu período de um ano do luto, e passando esse tempo na propriedade dos pais, Phoebe iria participar do casamento de seu irmão Gabriel com Pandora Ravenel.

O sobrenome da moça já causava mal-estar em Phoebe porque foi um Ravenel o causador do período ruim de Henry na escola.
Ao acompanhar sua família - com exceção do irmão Raphael, que estava na América - ao Priorado Eversby para o casamento, ela meio que se preparara para encontrar esse homem horrível. Segundo as cartas que ela trocava com Henry, esse Ravenel era um bagunceiro, dado a jogos e bebida, um verdadeiro irresponsável.

Ao chegarem na propriedade, que ainda passava por reparos agora que Devon, conde de Trenear, possuía recursos para melhorias, ainda insegura em estar no meio social, com sua viuvez, Phoebe usa o filho mais velho como desculpa para se esquivar de estar entre outras pessoas.
Justin, uma graça de menino esperto, entrou na casa sem a supervisão de um adulto e logo se viu frente a frente a um homem que se comportava como o administrador da propriedade.

Alto, físico de quem não fugia do trabalho, pele morena, olhos brilhantes e muito simpático com o garoto, ele impressionou positivamente a Phoebe. Mas qual foi a surpresa dela quando ele se apresentou.
Não bastava ele ser um Ravenel, ele era O ravenel, aquele mesmo que tornou a vida de Henry um inferno. West Ravenel.

Como explicar o sentimento de amor e ódio que ela passou a sentir por ele nos dias seguintes?

O casamento de Gabriel e Pandora ocorreu bem, com a presença dos "tios" de Gabriel, cujas esposas faziam parte do Folhas Secas (Lillian, Daisy, Evie e Annabelle).
O casal viajou em lua de mel, mas a família de Sebastian, agora Duque de Kingston, ficou por mais alguns dias para estreitarem os laços de amizade.

Antes de casar, Gabriel havia colocado a irmã numa sinuca de bico, fazendo com que ela não pudesse evitar a companhia de West.
West tornara-se um administrador respeitável na região, sempre pronto a aprender e colocar em prática novas técnicas de plantio e criação de animais. Phoebe, como viúva de lorde Clare e mãe de seus herdeiros, deveria cuidar da herança do filho até que ele tivesse idade suficiente para tomar à frente. E nesses momentos de interação, um novo lado de West foi mostrado a ela, inclusive quando Justin se meteu numa confusão e West foi seu salvador.

Porém, enquanto se sentia mexida pela presença forte de West, Phoebe sentia-se traindo o primo de Henry, Edward Larson.
Edward e Henry eram unidos como irmãos, e conforme a saúde de Henry diminuía, Edward foi ficando responsável pela propriedade. Havia até mesmo uma certa combinação entre os três baseada num pedido de Henry a Phoebe, antes de morrer.
O mais importante da chegada de West na vida de Phoebe não foi só a parte romântica, aquela fascinação que um passa a sentir pelo outro, mas o fato de que West acreditava no potencial de Phoebe como administradora da herança. Ela era inteligente e capaz, e isso injetou um ânimo nela que há muito tempo Sebastian não via (e saiba que Sebastian estava sempre a par de tudo).

"Phoebe não conseguia entender por que ele parecia tão indignado.
- Se algum dia na minha vida eu tiver uma chance de beijá-la - disse ele carrancudo -, amaldiçoado seja eu se vai ser um beijo de segunda categoria. Um homem tem seus padrões.
- Eu não disse que foi de segunda categoria. Disse que foi agradável!
- Qualquer homem que se preze preferiria levar um tiro no traseiro a ouvir uma mulher qualificar seu beijo como 'agradável' (...) Agora tenho que corrigir (...) Senão, você vai pensar para sempre que aquilo era o meu melhor. Posso acabar com uma má fama.
- Sr. Ravenel...
- Prepare-se."


Os Challons partiram e Phoebe resolveu que era hora de tomar as rédeas de sua vida.
O embate com Edward foi inevitável, mas quando certos segredos vieram à tona, Phoebe mostrou bem que era filha não só do maior devasso que já existiu em Londres, como da mulher mais corajosa e determinada também.


Nesta história, você tem a viúva leal e o canalha regenerado. Tem as Folhas Secas reunidas e a família que cada uma constituiu. Tem a trupe atual e (já visualiza) a próxima geração. Tudo junto misturado, criando todo o tipo de emoções nas leitoras fãs destes personagens.
Mas vamos ao casal principal.

Phoebe, bela, inteligente, sempre sentiu que seu futuro era ao lado de Henry. Foram melhores amigos e por insistência dela, casaram-se. Viveram felizes por poucos anos, até que a fraca saúde de Henry o levasse a morrer.
Agora era chegada a hora de Phoebe voltar à vida normal, fora do luto, e isso ainda a assustava um pouco.

Enfrentar o maior inimido de seu marido, West, que a princípio nem se dá conta de que a vida dele e dela tinha Henry em comum, foi um desafio e tanto, que ela passa com louvor, graças à presença segura de seu pai, Sebastian, e do jeito cativante de seu filho, Justin.

O momento em que West fala a ela que se deu conta quem ela era e com quem ela casou é bem bonito, especialmente algo envolvendo livros e beijos em X.

Não sei se foi impressão minha, mas o romance dos dois não acontece em cenas arrebatadoras.
Ela realmente sentiu atração pelo belo homem (antes de saber quem ele era), mas não espere cenas de amor tresloucadas, como se a pessoa fosse morrer se não fizesse algo. Parece uma coisa mais madura, até mesmo a cena de amor deles.

Claro que sendo um Ravenel, West é teimoso como uma mula e precisou de uma "ajudinha" para seguir em frente, mas ainda assim, a cena é calma.
É um casal bonito de se ver.

Sobre os personagens secundários, são na maioria mais do que conhecidos por nós.
O aparecimento das quatro amigas - Lillian, Annabelle, Evie e Daisy - é bom de ver, especialmente por elas mesmas verem o quanto alcançaram na vida. Daisy até mesmo é uma romancista famosa!

Lillian teve a primeira filha com Marcus Westcliff, Merritt, que agora está casada. E tiveram outros filhos.
Annabelle e Hunt tiveram a menina, mas também os gêmeos Ashton e Augustos, com 14 anos.
E Evie teve cinco filhos, já apresentados no livro #3.

Sobre os filhos de Evie e Sebastian - os outros 3 que seguem solteiros - não sabemos se a autora pretende criar uma nova série ou se vai continuar pelos Ravenels, dando um salto no tempo. 
Mas sobre os Ravenels, sabemos que ainda resta uma história, a de Cassandra, e seu par será o empresário inescrupuloso, Tom Severin.








*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de resenha com opinião honesta.
**Capas originais dos livros em inglês

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