J. R. Ward - Dearest Ivie (Black Dagger Brotherhood #15,5)



Ficha técnica: Dearest Ivie
Autora: J R Ward
Editora Ballantine Books
Lançamento original: 13/março/2018  LANÇAMENTO
Lançamento BR: ainda não
145 páginas - apenas em ebook
18 capítulos + epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance Contemporâneo; Fantasia

Protagonistas: Ivie e Montasilas "Silas"
Local/ano: Caldwell, NY/atual

"O último lugar que Ivie esperava ser abordada por um homem devastadoramente lindo era numa tabacaria lotada, toda enfumaçada, raramente frequentada por vampiros -, mas ali estava ele. Silas é hipnotizante, galante e, acima de tudo, misterioso. Ivie é qualquer coisa menos isso. Enfermeira na clínica do curador da raça e filha de um motociclista, Ivie está acostumada a falar o que pensa. É isso que ela faz. Como os aristocratas raramente se interessam por mulheres da classe baixa, Ivie pergunta a Silas que tipo de jogo ele pensa estar jogando.

Apesar de seu exterior protegido, Ivie se rende ao desejo feroz que sente por Silas. E, no entanto, conforme o namoro progride, ele revela que não pode durar, pois ele deve retornar ao Antigo País. O vínculo deles só se aprofunda à medida que aproveitam ao máximo seu precioso tempo juntos. Mas quando ela conhece a verdade, Ivie deve encontrar um milagre - antes que tudo esteja perdido..."



Continuação da série, já resenhada.

A história já começa com Ivie, nossa protagonista, numa tabacaria/bar, muito chateada, conversando com sua prima, Rubia "Rubes".
Ambas são enfermeiras e trabalham na clínica do Dr. Havers (irmão de Marissa).

Ivie havia ido numa entrevista de trabalho, para paciente particular, mas não teve qualquer chance de mostrar seu potencial. Foi dispensada por um dos empregados de algum velho muito rico.
Enquanto ela colocava para fora toda sua insatisfação, sua prima estava mais interessada em observar um homem muito bonito do outro lado do balcão do bar. E pelos gestos dele, tudo levava a crer que também era vampiro.
Este homem logo se aproxima e se apresenta a Ivie. 

Silas, filho de Mordachy, o Jovem.
Com sua roupa notadamente de boa qualidade e de marca, sua altura imponente e sua risada sexy, Ivie achou que ele era bom demais para ser real.
Silas não deixou dúvida de eu interesse por Ivie, o que fez Rubes sair de fininho muito feliz. A prima precisava "daquele" tipo de distração.
Ele convida Ivie para jantar na noite seguinte. Ela rejeita.
Mas na noite seguinte, ela se desmaterializa pontualmente em frente ao restaurante, e Silas estava lá.

A noite foi agradável.
Ela fica sabendo que ele é beeeeeeemmmmm mais velho do que ela (mais de 300 anos); vem do Antigo País; é muito rico, com ações da Apple, Amazon e Bitcoin.
No fim do encontro, um beijo arrasador ao lado do carro dele, ainda no estacionamento do restaurante, mas ela não deixa que ele a leve para casa.

Nos dias seguintes, ela espera que ele ligue.
Passam dois dias. No terceiro, ela sabia que havia acabado o que nem começou, até que ele liga, admitindo ter se segurado ao máximo para não procurá-la, e passa a chamá-la de "Dearest Ivie" (queridíssima Ivie).

Mais uma saída para jantar e ele oferece a ela uma espécie de "volta ao mundo gastronômico"; a cada dia, eles iriam num estilo diferente de comida.
Os dois se dão muito bem, mas, como previsto por Ivie, aquele romance não iria durar.
Silas fala que em breve terá de voltar ao Antigo País para sempre. Mas iriam aproveitar enquanto tivessem tempo.

Quando ele menciona um próximo encontro, ela diz ter uma festa de família para ir, e ele fica animado em acompanhá-la, mas ela acha isso estranho. O que um homem elegante, fino e milionário iria querer fazer numa fazenda de uma família de vampiros classe média, que já tinham passado fome, muitos sem grande educação?
Silas sente-se magoado pelo desprezo dela para a situação dele, como se ele tivesse culpa de ter tido oportunidades e ter dinheiro, e naquela noite, eles se despedem tristes um com o outro.

Mas a zanga não dura muito tempo. Só que quando ele aparece à casa dela, ele parecia doente, como alguém que estava no limite de "se alimentar", o que ela oferece a ele e, logicamente, todo aquele clima leva-os a, finalmente, transarem.

Silas a acompanha à festa de família, e tirando a encenação do pai dela em ir se apresentar com um facão na mão, deixando claro que não iria tolerar que Silas se aproveitasse da filhinha dele, a festa foi um sucesso, assim como o próprio Silas. Todos ficaram apaixonados por ele.
Ao irem embora - Silas havia sugerido que fossem e voltassem de carro, ao invés de se desmaterializarem, para terem mais tempo juntos -, mais uma rapidinha no carro.

Foi a partir daí que o caldo entornou...

Ivie espera Silas ansiosamente para o próximo encontro gastronômico, mas, curiosamente, ele não apareceu. Ela teria de ir trabalhar para cobrir o turno de um amigo, e mesmo depois disso não havia nenhum recado de Silas.
Como mulher - e mulher sempre pensa essas M... -, ela já começa a imaginar que ele não queria mais nada com ela depois de ter conseguido o que queria e, principalmente, ter conhecido a família barulhenta dela.
Nesse momento, Rubes vai buscá-la e a leva de volta à clínica.

Rubes trabalhava na área VIP da clínica, onde Ivie não tinha acesso.
Ali, era onde os ricos da glymera iam cuidar de seus assuntos de saúde - e pagavam uma fortuna por isso -, fosse uma unha encravada ou uma doença terminal.
Com sua senha de acesso, Rubes leva Ivie pelos corredores, e lá ela se depara com um Silas enfraquecido.

Deixados sozinhos, ela descobre que ele não ia embora para o Antigo País coisa nenhuma, mas sim que ele estava morrendo.
Há uma doença para os vampiros chamada "Crane's lethargy", uma doença auto imune que só atacava os vampiros do sexo masculino, o que seria o equivalente (humano) ao lúpus e vasculite. Essa doença afetava o coração, pulmões, estômago, rins e fígado, de forma gradual. O pai dele já havia morrido disso. O estágio da doença era avançado.

Ivie já tinha certeza de que estava irremediavelmente apaixonada por aquele homem, e juntando isso ao seu lado enfermeira - que sabia lutar quando via uma pessoa doente -, ela decidiu arregaçar as mangas e lutar com ele.
A princípio Silas não deseja isso. Ele sabe o quão feio a doença vai deixá-lo, mas Ivie não está nem aí para a opinião dele. Até bater boca com Havers ela vai sobre a possibilidade de fazer qualquer coisa pelo homem que ela ama.
Mas como Havers, um médico tão dedicado, poderia fazer algo se não havia o que fazer?

E aí, você lembra do caso da Escolhida, Selena... (resenha aqui)



A partir daqui, não há como terminar de resenhar sem dar spoiler. Portanto, já vou avisando, vou contar tudo e levantar algumas questões em relação a este livro.
Se você prefere ser surpreendido(a), PARE DE LER.



Eu avisei...
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Lembra lá no início da resenha, quando Ivie estava p...da vida porque foi dispensada naquela entrevista de emprego?
Pois bem, aquela mansão era a casa de Silas.

Calma! Eles ainda não se conheciam mesmo.
Silas sabia da doença incurável. Com o passar dos anos sua saúde vinha se deteriorando, mas até então, era apenas mal-estar.
Até que um pouco antes daquela entrevista, ele havia tido uma crise bem séria. E, apesar de os médicos ainda não falarem o termo "terminal" para ele, ele sabia que o fim estava próximo.

Silas tinha uma secretária, Pritchard, cujo termo de trabalho na verdade é majordomo, que estava com ele desde seu nascimento.
Ela havia insistido em contratar uma enfermeira para Silas, para cuidar de seus remédios. Ele se negava a isso.
Quando Ivie apareceu para a entrevista, ele a viu de longe, sem que ela percebesse, e se encantou.
Pritchard percebendo o quão nova Ivie era, preferiu dispensá-la.
Mas Silas ouviu Ivie falando ao telefone com alguém e marcando de se encontrarem naquela tabacaria. Por isso ele apareceu lá.

Ele queria se aproximar dela não como enfermeira e paciente, mas como sua última chance de viver um pouco.
E eles acabaram mesmo se apaixonando.
Mas o fim estava chegando mais rápido do que ele previra, ele pensou ter um pouco mais de tempo.
Já pegou a caixa de lenço?



Até então, esta doença tocava o terror entre os vampiros.
Havers, um estudioso da raça, não tinha o que fazer.
Desesperada, Ivie se lembra de ter ouvido que a Irmandade da Adaga Negra contava com seu quadro médico próprio.
Ela requisita uma audiência com o Rei Cego e explica a situação. É prometido a ela que o caso de Silas seria repassado à Dra. Jane.

Os dias passam. Ivie decide que iria ficar todo o tempo que restava ao lado de Silas. Eles assistem TV, comem lanches que ela traz (ainda que ele, na verdade, não conseguisse comer), tentam rir.

Silas sofre uma parada cardíaca e entra em coma.

É tia Ward tocando o terror COM A GENTE!!!



Mas, daí, Havers aparece e pensa numa possibilidade.
E se eles dessem a Silas - e a seu sistema imunológico - a oportunidade de começar do zero?

Silas vinha de uma das Famílias Fundadoras. Estas costumavam casar com pessoas da mesma classe. O ideal para Silas seria fazer um transplante de medula óssea, mas vindo de alguém da classe plebeia, cuja genética havia passado por várias misturas. Obviamente ainda teria de ser do sexo masculino e ter a compatibilidade sanguínea.

Começa a caçada ao doador. Todos dão o alarme. Vários parentes de vampiros do pessoal do hospital e fora se oferecem para fazer o exame de sangue.
E você sabe quem é o doador? Quem? Quem?

RUHN, o namorado do advogado Saxton (mais uma resenha cheia de spoilers, sorry! > resenha aqui)


Detalhe: para passar por esse processo, Silas teria de ser submetido a quimioterapia e depois aos medicamentos preparatórios (como alguém que tem câncer, talvez????).

Quando Ruhn chega ao hospital, acompanhado pela Dra. Jane e Dr. Manelo (eles que iriam fazer o processo de retirada da medula, já que, como médicos humanos, estavam mais acostumados a esse processo - lembrando que vampiro não tem câncer), Ivie não se aguenta e abraça Ruhn em agradecimento.

Todo o processo é feito e, agora, eles teriam de esperar se o organismo dele iria aceitar a nova medula e se recuperar.




Levando em consideração que o organismo dos vampiros se recupera mais rápido do que de um humano, apesar de não apresentar nenhum quadro de melhora, quatro dias depois, Silas acorda e levanta os braços.

Ele estava terrivelmente magro - é descrito como em estado quase cadavérico -, mas a medula nova havia aderido ao seu organismo e ele seria curado.



Os dias passam, ele contrai pneumonia, mas seu sistema imunológico responde bem, e três semanas depois, Silas recebe alta.
Ivie tira o mês de férias e vai morar com ele.
Ruhn passa a ser mais do que um amigo do casal, afinal, sem "ele" não haveria "eles".

Todo mundo feliz?
Yep...



Agora, vamos analisar.
A história é fofa.
Apesar do sufoco que o leitor passa, achando que mais um casal será separado por conta de uma doença terminal aos vampiros, tudo acaba bem.

Mas daí, você começa a se perguntar:

➽Na época da doença de Mary, que era um câncer, por que Havers não teve a mesma ideia?
➽Sobre a doença de Selena - ok, era outra doença, mas -, por que tia Ward não tirou um coelho da cartola parecido com este aqui? Por que ela nos fez gastar caixas e mais caixas de lenço de papel?
Por que ela mata as mulheres (não vamos esquecer de Wellsie!) e salva os homens?

➽E qual a importância desta história água com açúcar à Irmandade?
Apesar de ser mencionado que Ivie pediu uma audiência com o rei, Wrath não aparece.
Dra. Jane e Dr. Manolo aparecem apenas naquele instante de chegada no hospital.

NINGUÉM da Irmandade aparece.
Não há um ataque lesser.

Qual é a relação deste livro com a IAN?

Duas coisas que me deixaram com a pulga atrás da orelha:

➽1ª - o pai de Ivie.
Diferente do resto da família dela (não conto a prima porque esta teve importância NESTA história, pois, foi ela quem levou Ivie a Silas na ala VIP), apenas o pai de Ivie tem nome. Hirah.
Além disso, Ward dá uma descrição bem detalhada dele, dizendo que era um homem rústico, alto, com corpo cheio de tatuagens, parecendo um motoqueiro. Isso até mesmo é mencionado na sinopse. 
Tem a cena engraçada quando ele tenta intimidar Silas, na festa, mas, ainda assim, achei o foco dado a ele muito suspeito.



➽2ª - Silas tem um irmão que está desaparecido e ele o está procurando há algum tempo.
A princípio fica parecendo que Silas o procura porque como esta doença é hereditária, o fato de Silas ter sido curado, há uma chance do mesmo ser feito pelo irmão.
Mas, QUEM É ESSE IRMÃO? Alguém da Irmandade? Alguém importante para a Irmandade? Seria Assail? Ou seria um dos Bastardos?

Minha opinião sobre o livro:

➽Acredito que estes dois últimos pontos - sem respostas - sejam importantes para a série mais adiante, mas até o momento, achei o livro totalmente descartável.
Se fosse o caso, a história do casal poderia vir como uma história secundária no livro de alguém.
➽O casal é fofo, não me leve a mal, mas é um romance romântico, SÓ-IS-SO!
E ainda que eu tenha ficado feliz pela cura, me deu raiva pelo fato de Selena ter morrido.
No fundo, tia Ward é a Virgem Escriba, e tomei ranço dessa personagem, e não foi à toa que ela desapareceu e deixou Lassiter no lugar dela.



3 estrelas

Comentários

  1. Eu mal posso esperar pra lançarem aki, serinho, ta parecendo o melhor romance da Ward que eu li(só li IAN e o 1°de Fallen angel). Silas já tem meu coração e sim, eu pulei os spoilers pq saber da doença dele já foi muito tenso. Sabe quando vão lançar aki?

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  2. maravilhosa sua resenha... amo seu blog, os gifs são ótimos... acho q a tia ward esta deixando a desejar com os livros, matando fêmeas maravilhosas e deixando outras que não tem uma GRANDE importância para a historia... ta na hora de fazer livros sobre os bastardos... isso sim me deixa ansiosa.

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  3. Gostei do formato divertido que você usou na sua resenha. Parabéns. eu amei e ri. Amei também suas questões levantadas. beijos

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