[Resenha] Julia Quinn - Um Marido de Faz de Conta (Os Rokesbys #2)




Ficha técnica: Um Marido de Faz de Conta (The Girl with the Make-Believe Husband)
Autora: Julia Quinn
Editora Arqueiro
Lançamento original: 2017
Lançamento BR: 14/janeiro/2019
304 páginas
22 capítulos + Epílogo
POV: terceira pessoa
Gênero: Romance de época; New adult

Protagonistas: Cecilia Anne Harcourt e Edward George Rokesby
Local/ano: Ilha de Manhattan, Estados Unidos; Kent, Inglaterra/1779

Enquanto você dormia…

Depois de perder o pai e ficar sabendo que o irmão Thomas foi ferido durante uma batalha nas colônias, Cecilia Harcourt tem duas opções igualmente terríveis: se mudar para a casa de uma tia solteira ou se casar com um primo vigarista. Então ela cruza o Atlântico, determinada a cuidar de seu irmão pelo tempo que for necessário. Só que, após uma semana sem conseguir localizá-lo, ela acaba encontrando seu melhor amigo, o lindo oficial Edward Rokesby. Ele está inconsciente, precisando desesperadamente de cuidados, e Cecilia promete salvar a vida desse soldado, mesmo que para permanecer ao lado dele precise contar uma pequena mentira...

Eu disse a todos que era sua esposa

Quando Edward recobra a consciência, não entende nada. A pancada na cabeça o fez esquecer tudo que aconteceu nos últimos três meses, mas ele certamente se lembraria de ter se casado. Apesar de saber que Cecilia Harcourt é irmã de Thomas, eles nunca foram apresentados. Mas, já que todo mundo a trata como esposa dele, deve ser verdade.

Quem dera fosse verdade…

Cecilia coloca o próprio futuro em risco ao se entregar completamente ao homem que ama. Mas quando a verdade vem à tona, Edward talvez também tenha algumas surpresas para a nova Sra. Rokesby.




Continuação da série > livro 1 > resenha aqui

Edward Rokesby estava na Colônia, em época de guerra, a serviço de Sua Majestade como capitão do exército.
Ele acorda num hospital e se vê diante de uma mulher desconhecida que alega ser sua esposa.

Ainda que ele não a conhecesse pessoalmente, já há algum tempo ele a conhecia por cartas, as mesmas cartas que ela religiosamente trocava com seu irmão, Thomas Harcourt.

Mas o que estaria Cecilia Harcourt fazendo na Colônia, ao lado da cama dele e se dizendo ser sua esposa?

Ele não tinha - ainda - essas respostas, mas na realidade, ele não tinha várias. Sua memória estava apagada para os acontecimentos dos últimos três meses.

Edward sabia que havia saído em missão, mas o que havia acontecido após isso era um enorme buraco em sua mente.
E para piorar, o seu melhor amigo, Thomas, irmão de Cecilia, estava desaparecido.
Teriam os dois acontecimentos alguma ligação?

De fato, Cecilia não deveria estar ali, mas na Inglaterra.
O pai dela havia morrido há pouco tempo, e poucos dias depois, ela leu a carta enviada para o pai comunicando do acidente ocorrido com Thomas, o único familiar com quem ela poderia genuinamente contar.
Ela tinha um primo, Horace, que era uma pessoa horrenda por dentro e por fora. Se algo acontecesse ao irmão dela, Horace seria o herdeiro da propriedade, e só de pensar em vê-lo se insinuando para ela já lhe dava ânsia.
Então, ela decidiu fazer algo impensável: iria atrás do irmão.

Mas ao chegar a Nova York, uma mulher solteira sem acompanhante não era bem-vista. Suas tentativas em descobrir o paradeiro de seu irmão foram infrutíferas.
Foi quando ela soube da presença do Capitão Rokesby, amigo de seu irmão (e este havia elogiado muito a Edward, ainda que fosse de família abastada, filho de conde e irmão de visconde), e teve a ideia de se passar por sua esposa.
Pronto, o tratamento dado a ela modificou-se instantaneamente.

Para Edward, assim que acordou, ela alegou que eles haviam se casado por procuração, a pedido de Thomas.
Tudo parecia tão surreal para ele, mas em nome de seu velho amigo, ele aceitou a explicação.
E tão logo teve alta do hospital, ele foi à caça de recuperar os fragmentos de sua memória, assim como o paradeiro de seu amigo.


Edward sabia que o casamento dele com Cecilia não havia sido consumado, e o interesse dele por ela era verdadeiro.
Depois de tanto tempo lendo as cartas que ela enviava a Thomas, e também quando ela passou a escrever-lhe algumas linhas, Edward se sentia encantado por ela desde antes desse encontro.

"- Não sou o homem com quem você se casou.
- Eu provavelmente também não sou a mulher  com quem você se casou...
- Vamos continuar casados... Porque você é minha." 

E conforme a investigação prossegue, o casal se vê compartilhando momentos mais íntimos.
Porém, chega uma hora em que a memória de Edward retorna.
Ainda que ele saiba que Cecilia mentiu descaradamente para ele, os sentimentos dele por ela não eram falsos, e ele sabia que ela correspondia.

Só que havia a razão de sua missão em Connecticut; havia a real situação de Thomas; e havia um sentimento forte demais para ser ignorado e deixar que partisse.
Qual dos dois seria o primeiro a admitir os enganos, as emoções, a esperança de um futuro?



Quando terminei de ler o livro anterior, sabendo que Edward se encontrava em meio a uma guerra, sabia que ele deveria estar vivo e ferido em algum lugar.
Imediatamente me veio à mente uma outra história bem parecida, de Mary Belogh, LIGEIRAMENTE PECAMINOSOS (resenha aqui).
Soldado/oficial ferido e com amnésia, ao lado de uma mulher que precisa da ajuda dele, ainda que por motivo diferente da do outro livro.

Mesmo com um enredo parecido, a história de Edward e Cecilia é interessante porque o meu foco não foi a amnésia dele (que eu sabia que mais dia, menos dia iria se resolver), ou o lado romântico da coisa (já que ambos estavam apaixonados via carta há um bom tempo), mas sim, o mistério sobre a missão dele e o desaparecimento de Thomas.

O outro ponto também seria a respeito do retorno dele para Kent e seu confronto da possibilidade de ele se casar com Billie (sim, Billie já estava casada com George, mas Edward não sabia, certo?). E Cecilia sabia através das cartas que havia esse arranjo entre as duas famílias vizinhas.

Obviamente que tudo se resolve bem, e com o trecho do próximo livro (ainda sem capa ou data de lançamento), a gente quer saber no que Andrew se meteu (e ele também vai ter a sua própria dose com uma outra Srta. Bridgerton).

O romance é fofo. Sem cliffhanger.
A cena mais empolgante para mim é quando ele salta para um navio indo atrás de Cecilia.

Neste livro há uma nota da editora bem interessante sobre um novo vício adquirido pela autora em sua passagem pelo Brasil (coisas que só o Brasil tem, e isso parece nos aproximar mais da autora, criando uma cumplicidade brejeira).


4 estrelas

*LIVRO cedido pela editora, em parceria, em troca de resenha de opinião honesta.
**Foto dos livros Instagram da editora

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